Trabalhadores dos Correios estão discutindo a possibilidade da realização de uma greve para manifestar o posicionamento contrário da categoria ao projeto da privatização da empresa. A aprovação do Projeto de Lei põe fim ao monopólio da estatal e abre o espaço para a privatização.
De acordo com o deputado federal Gil Cutrim, a votação do projeto deve acontecer nesta quarta-feira.
Disse o mesmo à revista Exame.
José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Fentect, diz que a privatização dos Correios se sobrepôs aos debates da campanha salarial.
Afirma José Rivaldo.
Segundo José Aparecido Gandara, presidente da Findect, o governo esta pressionando os correios para afim de incitar novas greves, com intuito de denegrir ainda mais a imagem dos correios.
Diz José Rivaldo.
Segundo os sindicalistas, o governo se recusa a dialogar com a categoria, o que pressiona deliberadamente os trabalhadores para provocar uma greve e desgastar a imagem da classe.
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos alerta que a venda da estatal é inconstitucional.
Ressalta o secretário de Comunicação da Fentect, Emerson Marino, à CUT.
Os Correios são classificados como de utilidade pública. Sendo assim, o serviço postal deve ser mantido como patrimônio do Estado, para garantir o acesso à toda a população. A eventual entrega ao serviço privado acarretará em benefício exclusivo do comprador, com prejuízos em relação ao direito dos brasileiros a um serviço postal abrangente e com custos baixos.
Declarou o deputado Daniel Almeida (PCdoB-SE).
A privatização da Empresa de Correios e Telégrafos já vem sido tratada há anos pelo governo federal e o processo sofreu uma aceleração na administração de Jair Bolsonaro. A estatal está entre as empresas públicas inseridas no Programa Nacional de Desestatização.