Novos detalhes continuam a emergir sobre o intenso processo judicial que colocou a Epic Games e a Apple cara-a-cara em um confronto direto que já dura meses. Depois de muitas revelações em Abril, mais polêmicas ressurgem.
Já sabíamos que a Epic Store era administrada com prejuízo pelos autores de Gears of War e Fortnite, porém hoje estamos sabendo de alguns detalhes adicionais a respeito do assunto. A defesa da Apple quis sublinhar a diferença que se passa entre a App Store, um mercado digital que visa o lucro imediato, e a Epic Games Store, que em vez disso sabemos bem representar um investimento a longo prazo.
"E não será nos próximos anos, se isso acontecer. A Epic perdeu US$ 181 milhões para a EGS em 2019 e está projetada para perder cerca de US$ 273 milhões em 2020. Ela investiu US$ 444 milhões no mínimo garantido, mesmo com "crescimento significativo", apenas resultou em US$ 401 milhões de receita."
"A Epic reconheceu que essa tendência deve continuar no futuro próximo. Uma perda de US$ 139 milhões é esperada em 2021. Na melhor das hipóteses, a Epic espera a Epic Store see torne lucrativa não antes de 2027."
Este último ponto vai contra a tendência das declarações anteriores de Tim Sweeney, segundo as quais a loja teria parado de oferecer seu serviço com prejuízo entre 2023 e 2024.
Os advogados da Apple explicaram então porque o pedido de redução dos custos de comissão de 30% para 12% como na Epic Games Store é de fato viável para a empresa:
"Na Epic Store, ainda faltam milhares de recursos integrados que tornam a App Store uma plataforma desejável para consumidores e desenvolvedores."
Entre os novos detalhes que surgiram das disputas legais em que a empresa de Tim Sweeney está envolvida, também descobrimos que o Google pensou em adquirir a Epic Games para resolver o problema relacionado ao Fortnite no Android (que é o mesmo no qual a Apple está lutando).