Análise | Slime Rancher

#Análises | Uma forma diferente de gerenciar um rancho
Sr Oriem

Slime Rancher foi lançado em 2017 e desenvolvido/publicado por um estúdio indie chamado Monomi Park. Ele foi lançado para PlayStation, Xbox e PC e possui uma aprovação muito grande entre os jogadores conforme os dados mostrados pelo Metacritic e Steam.

Mas falando sobre o jogo em si, ele é um típico jogo simulador de fazenda, porém com uma pequena diferença e essa que o torna realmente interessante, os slimes. Slime Rancher possui toda aquela mecânica de jogos de fazenda/rancho em que se gerencia os recursos, busca por novidades e faz com que o jogador sempre tente crescer sua propriedade.

O jogo inicia com o jogador recebendo um lugar de presente de uma pessoa, anteriormente dona do local. A partir daí, o jogo incentiva o crescimento do rancho e a descoberta tanto do ambiente em si quanto da história da própria protagonista. O ambiente no geral não possui os melhores gráficos, mas a arte é tão coerente e bonita que é fácil de gostar e de achar surpreendente quando se descobre um local novo. Os lugares que são desbloqueados são totalmente diferentes uns dos outros, possuindo diferentes vegetações, traços do passado/história e uma variedade de slimes que o representam, e isso me incentivou a sempre querer buscar por lugares novos.

Sobre a história da personagem principal, ela não é profunda e dependendo nem mesmo muito interessante, mas as informações deixadas pelo dono anterior do rancho (também faz parte da história principal) certamente trouxeram interesse em saber mais sobre o que ele havia descoberto sobre o local. As notas as vezes foram meio sem sentido, outras vezes interessante e algumas até mesmo engraçadas, mas era sempre bacana de ler para saber um pouco mais sobre o que o autor tinha descoberto daquele lugar.

O foco principal são as criações de slime e certamente são de longe a melhor parte do jogo. O jogador não só descobre que pode criar slimes para alimentá-los e gerar dinheiro com seus plorts (recompensa ao alimentar um slime), mas pode juntar dois slimes e gerar uma mistura gigante dos dois. Os slimes gigantes geram 2 plorts, um de cada slime usado na fusão, e isso facilita muito pois gera mais plorts e consequentemente mais moedas. Além do benefício financeiro e facilitador, é bem interessante gerenciar quais serão as misturas porque cada slime tem uma característica e comportamento diferente, e quando se juntam 2 slimes, o slime resultante assume as características dos dois utilizados para a fusão.

As únicas dificuldades que vi no jogo (nem são complicadas de verdade) é a exploração e o tratamento dos slimes. Menciono a exploração mais porque o jogador tem que descobrir as coisas por si só, sem muita explicação por parte do jogo, ou buscar por um guia na internet, e isso demanda um tempinho. A dificuldade sobre criação dos slimes se trata mais sobre a desorganização do jogador do que a dificuldade em si, já que se o dono der alguma brecha para os slimes o rancho inteiro pode ser perdido. Na verdade faltou um pouco mais de desafio nesse jogo, por isso ele acaba sendo muito mais tranquilo e focado na exploração/busca por coisas novas.

Um problema do jogo que eu achei bem chato foi o level design para o progresso da história principal e sobre caminhos escondidos. Sobre o progresso do jogo até o fim da história, não consegui criar tantos itens e slimes antes de o jogo acabar, então só podia criar essas coisas no pós-jogo que, se o jogador não quiser explorar mais o mundo, nem faz sentido continuar jogando. Então muito conteúdo ficou sem utilização porque só se encontrava no fim do jogo ou era muito caro de se fabricar.

O jogo também possui uma mecânica parecida com o gênero metroidvania em que, dependendo de algumas habilidades, é possível do jogador descobrir lugares e coletar itens que antes não eram possíveis. O problema entra nesse ponto, porque muitos caminhos escondidos (as vezes até bem extensos) simplesmente não possuem nada de interessante e recompensador para o jogador. Era melhor não existir aquele caminho já que o jogador não irá aproveitá-lo.

Sobre a economia do jogo, se trata basicamente sobre vender plorts dos slimes pelo melhor preço que conseguir. Alguns jogos já utilizaram essa mecânica do preço dos itens variarem conforme o dia, e isso acaba sendo bem interessante no jogo porque ele te motiva a armazenar os plorts e gerenciar recursos para se obter o melhor lucro possível. Isso acaba fazendo também com que o jogador priorize algumas fusões para obter os plorts que geralmente rendem maior quantidade de moedas. Uma observação interessante é que os slimes que geram esses plorts geralmente mais caros, são mais difíceis de criar por causa de alguma característica específica dele, e se por algum acaso o jogador decidir fundir com outros para maximizar o lucro, a criação só complica cada vez mais.

O jogo também entrega “missões diárias” vindo de algum npc e que têm limite de tempo para a conclusão. Sinceramente, só fiz algumas no início e nunca mais nem cheguei perto porque as recompensas não estavam valendo os esforço. As vezes chegava a parecer que eu estava trabalhando e entregando a melhor recompensa pra eles.

Além do modo aventura, o jogo também possui um modo mais casual para quem não quer ter preocupações com aparições de plorts que atacam. Outro modo existente é o "Rush", em que o jogador tem que coletar o máximo de plorts possíveis dentro de um período específico. Outros conteúdos extras são apenas focados em estética e brinquedos para os slimes.

No geral o jogo é bem divertido e interessante, trazendo uma nova perspectiva para jogos do mesmo gênero. Como mencionado, algumas coisas poderiam ser melhores, mas a exploração e as novidades entregues a cada avanço acabam segurando os jogadores mais curiosos por novidades daquele mundo. Para quem gosta do gênero de simulação de fazenda/rancho acredito que achará bem divertido a criação dos slimes e as características individuais de cada um.

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