A Epic Games aumentou a aposta em sua luta contínua com a Apple ao entrar com um pedido específico contra seu braço australiano.
Tal como acontece com o processo já aberto na Califórnia, a Epic está argumentando que a prevenção da Apple de sistemas de pagamento alternativos que não incluem a comissão de 30% que recebe em todas as transações através da App Store é anticompetitiva.
A Epic introduziu pagamentos diretos, evitando a taxa de 30%, para Fortnite em agosto. A Apple prontamente retirou o jogo da App Store, ao qual a Epic voltou a concordar com um processo.
Nos EUA, a firma Fortnite se concentrou em um caso antitruste, mas agora a empresa também está argumentando que a política da Apple viola a lei do consumidor australiana.
De acordo com o Sydney Morning Herald, a Epic não está pedindo indenização, mas quer uma decisão judicial que abrirá plataformas móveis - especificamente da Apple, para lojas de terceiros e pagamentos diretos para desenvolvedores de aplicativos.
Em declarações ao jornal, o CEO da Epic, Tim Sweeney, disse que a decisão de entrar com o processo na Austrália também se origina dos fortes sistemas legais e regulatórios do país.
"Duvido que haja um único desenvolvedor na Austrália que lucre mais com seus próprios jogos do que a Apple e o Google com seus jogos."
A Apple divulgou um comunicado defendendo seu corte de 30% e observando que a Epic já é um dos desenvolvedores de maior sucesso no iOS, "crescendo em um negócio multibilionário que atinge milhões de clientes iOS em todo o mundo, incluindo a Austrália."
A declaração continuou:
O julgamento da Califórnia entre a Epic e a Apple está marcado para maio de 2021.
A Epic também entrou com um processo semelhante contra o Google, embora o Google tenha sido inflexível que isso deve ser mantido separado do caso contra a Apple.
A sugestão do Google de que este caso fosse adiado até outubro de 2022 foi rejeitada por um juiz, com a Epic pressionando por um julgamento em fevereiro de 2021.