A Amazon anunciou ontem a abertura de três novos centros logísticos no Brasil, abrindo caminho para sua marca no país que teve um grande impulso no comércio eletrônico nos últimos meses, alavancado por conta da pandemia de Covid-19.
Os novos centros têm espaço total de cerca de 75mil metros quadrados em conjunto, com possibilidade de expansão caso seja necessário, e estão localizados em Minas Gerais (Betim), Distrito Federal (Santa Maria) e Rio Grande do Sul (Nova Santa Rita), pontos estratégicos no país para facilitar a distribuição e entrega dos produtos. Com estes novos locais Amazon passa a possuir oito centros de distribuição no Brasil.
O objetivo da Amazon é expandir o número de municípios que podem receber produtos com entrega rápida. Sem revelar o investimento, esta é a maior expansão da empresa no Brasil, desde que chegou no país em 2012. Os novos centros de logística devem criar mais de 1.500 empregos diretos. Os outros centro de logística que a empresa já possui-a no país estão localizados na Grande São Paulo com quatro unidades, uma em Cabo Santo Agostinho e uma Pernambuco.
A estratégia de expansão ocorre semanas antes da Black Friday, que ocorre no fim de novembro e que precede o Natal, visando também a migração de vários comerciantes para o comercio eletrônico devido as medidas de isolamento social causado pela pandemia de Covid-19, que também tem influenciado fortemente o aumento da receita do comercio eletrônico na América Latina. Só o Mercado Livre, líder de comércio eletrônico da América Latina, anunciou na semana passada que sua receita líquida na região disparou 148,5% em moedas locais. A operação no Brasil, 55% do total, subiu 112,2% em reais.
A expansão da Amazon já poderia ser prevista, com este ambiente em crescimento, além de que rivais diretas e indiretas da empresa no Brasil, como Magazine Luiza, GPA e Via Varejo vem realizando aquisições de startups de logísticas e apoio à digitalização de pequenas empresas.