A Ubisoft, desenvolvedora e editora de videogames, foi objeto de escrutínio após relatos generalizados de agressão sexual e má conduta, levando a vários executivos a serem suspensos e o CEO Yves Guillemot anunciando mudanças estruturais para combater a toxicidade na empresa.
Hoje, essas mudanças foram intensificadas, com a renúncia de três executivos, de acordo com um comunicado de imprensa da Ubisoft, incluindo o diretor de criação Serge Hascoet.
Hascoet ocupa esse cargo na Ubisoft desde 2006, de acordo com uma biografia mantida pela Bloomberg News, cujo repórter Jason Schreier confirmou via Twitter que ele está deixando a empresa inteiramente, não apenas seu papel atual.
Guillemot assumirá o cargo de CCO interino até que seja feita uma nova contratação e, de acordo com o comunicado à imprensa, ele "supervisionará pessoalmente uma revisão completa da maneira como as equipes criativas colaboram".
Yannis Mallat, diretor administrativo do estúdio canadense da Ubisoft, e Cecile Cornet, chefe global de RH, também se demitiram imediatamente, e ambos serão substituídos quando a empresa "estiver reestruturando e fortalecendo sua função de RH", fornecendo mais meios de relatar e lidar com a má conduta.
Essas renúncias foram anunciadas pela Ubisoft seguem outras, como o ex-diretor e criador de Splinter Cell, Maxime Béland.
Outras grandes empresas de videogame estão passando por investigações e mudanças semelhantes à medida que a indústria vem lidando com seu histórico de problemas sistêmicos nas últimas semanas.
A Electronic Arts também vem conduzindo investigações de agressão sexual e de má conduta, por exemplo. Comunidades de fãs em torno de jogos como Super Smash Bros. também têm sido notícia por membros serem expulsos por abuso e pedofilia.
No entanto, a Ubisoft tem sido talvez o mais vocal sobre seus esforços para limpar a casa e tentar melhorar.
No comunicado de imprensa de hoje, a empresa afirma que as iniciativas estabelecidas no início deste mês estão guiando um "compromisso renovado de promover um ambiente do qual seus funcionários, parceiros e comunidades possam se orgulhar".