Líder da fusão entre as operadoras, Christian Gebara afirma que imposição de limites na internet fixa é "tendência mundial"
Usuários de serviços de streaming de vídeos como Youtube e Netflix terão que pagar mais pela internet. Na última sexta-feira (8), o executivo responsável pela fusão entre Telefônica/Vivo e GVT, Christian Gebara, declarou que impor limite de dados em internet fixa é uma "tendência mundial", motivo para a operadora ter dado o 'pontapé' inicial na prática em fevereiro deste ano.
"Essa é uma tendência mundial. Grandes operadoras no mundo, inclusive do Grupo Telefônica, já estão acabando com o tráfego ilimitado e adotando franquias. A ideia é que o consumo seja como uma conta de luz, onde o cliente pagará apenas o que precisar", disse Gebara em entrevista ao 'Tecnoblog.
O problema é que os planos oferecidos pela operadora estão vinculados à velocidade de tráfego de dados e não à maior capacidade de transferência. Os usuários passam a navegar sempre em baixa velocidade após o fim da franquia.
"Isso irá atingir uma porcentagem muito baixa dos nossos usuários, e beneficiará quem faz uso leve, como emails e navegação. Quem faz uso de streaming de vídeos, por exemplo, naturalmente terá que pagar mais", explicou.
Os planos, com fidelização de 12 meses, são ofertados como combo pela operadora, é preciso assinar TV a cabo e telefone fixo. O pacote mais alto permite download de somente 300 MB por cerca de R$ 200. Um filme em alta resolução chega a 'pesar' até 2 GB, ou seja, a franquia mensal pode acabar em até 3h de um único dia.