Ao contrário da geração passada onde os próprios desenvolvedores se provocavam, agora são os fãs que lutam para ver qual console é o mais potente, mas é sempre bom ver a opinião de alguém que trabalha com isso.
Atualmente, existem várias discussões em toda a internet sobre o hardware dos consoles da 8ª geração - apesar de não sabermos todos os detalhes, muitos se baseiam no desempenho de jogos em cada um dos consoles e argumentam usando isso. Mas é bom vermos o que alguém que já trabalhou com eles tem à dizer.
O site GamingBolt conversou com o fundador da Celtoys, Don Williamson, que é uma desenvolvedora de motores gráficos e recursos técnicos. Eles foram os responsáveis pela engine de Splinter Cell - Conviction, Fable e atualmente estão ajudando em vários projetos e até mesmo criando seu próprio jogo. Durante a conversa, foi perguntado sobre a GPU dos consoles e detalhes técnicos, além de se os números realmente importam.
Informações desse tipo não importam, já que hardwares com especificações diferentes podem conseguir os mesmos efeitos de forma diferente. Além disso isso, tem o fato de que existem várias engines sendo desenvolvidas para tirar vantagem de cada peculiaridade dos videogames. Os números só importam se você for montar gráficos de informações randômicas para tentar provar qual é o melhor.
O motivo dessas comparações são que ambos consoles usam GPUs com arquiteturas modificadas baseadas na GCN, chamadas de Liverpool e Durango, isso quer dizer que são parecidos e é mais fácil de comparar do que nas gerações passadas.
Voltando, um grande exemplo desses números que nem sempre importam é o velho PlayStation 2: você tinha 2MB de VRAM após o frame buffer ser armazenado. O Dreamcast tinha 8MB e o Xbox 64MB de RAM compartilhada. Naquela época, todo mundo ficava tentando demonstrar a inferioridade do PS2 em comparações. Era difícil explicar que o sistema de DMA do PS2 era tão rápido que se fosse esperto o bastante, poderia usar ele de forma que conseguiria quase 32MB de VRAM.