Os hackers do grupo Anonymous invadiram a conta do grupo americano e racista Ku Klux Klan (KKK) no Twitter. A briga entre a KKK e os hackers começou com a distribuição de panfletos com ameaças à comunidade negra pela KKK na região de Ferguson, Missouri. Na cidade, a população afro-americana estava protestando contra a morte do jovem negro Michael Brown, morto pela polícia mesmo estando desarmado.
Nos panfletos, o grupo, que tem um histórico de racismo no Sul dos Estados Unidos, ameaçava usar "força letal" contra os manifestantes.
Os hackers usaram outro perfil no ciberataque, o Operation KKK (#OpKKK), através do qual revelaram as identidades dos membros da KKK na área do Missouri. Após a ação, o Anonymous ressaltou que a invasão não foi uma "brincadeira". E que, a razão para o ataque seria por "liberdade", "respeito" e para "parar com o racismo e com a violência".
A Ku Klux Klan respondeu com ironia, em seu perfil no microblog, à divulgação das identidades. Eles disseram que a "komunidade" não tem medo dos ataques dos Anonymous e finalizou o tuíte com uma mensagem em prol da supremacia branca. Em outro post, o grupo racista afirmou: "Estamos esperando os ataques #covardes #decapuz (em referência ao símbolo racista da organização, o capuz branco)".
O Anonymous tomou o controle da conta da KKK no Twitter durante o último domingo. Foi trocada a imagem do grupo e posts foram publicados pelos invasores.
Na primeira mensagem após a invasão, o grupo hacker afirmou: "Tomamos o controle do @KuKluxKlanUSA. Nós dissemos que iriamos contra-atacar. #OppKKK #SemCapuz".