Super Nintendo completa 20 anos

Enviado por Anônimo, em

Em 1991, entrou no campo de batalha o co-protagonista da guerra mais ferrenha da história dos consoles: o Super Nintendo. Batendo cabeças com o Mega Drive, da Sega, que já estava no mercado desde 1989, o Super Nintendo ajudou a polarizar o mercado nos anos 1990. Até 1992, os consoles dividiam quase igualmente os jogadores, mesmo com a vantagem de lançamento do Mega Drive, maior biblioteca de jogos e preço mais baixo. Eventualmente, o console da Nintendo prevaleceu e marcou a primeira experiência de milhões de jogadores.

O Super Nintendo pode ser o videogame com a melhor linha de lançamento da história. Quando o console chegou às prateleiras, já estava escorado por games de peso, como F-Zero e Pilotwings, que viriam a se tornar franquias da Big N. Dentro da caixa, o jogador já encontrava "Super Mario World", que marcou a última vez que a empresa colocou um jogo do encanador bigodudo em um kit de lançamento para seus consoles.

Completava o rol de títulos os "shoot "em ups" "Super R-Type" e "Gradius III". Em pouco tempo, os jogadores ganharam "Final Fantasy IV", "Actraiser", "Final Fight", "Super Ghouls & Ghosts", "UN Squadron" e "Super Castlevania IV", entre muitos outros.

Clássicos não faltaram no Super Nintendo. Além do título de lançamento do console, Mario ganhou a versão "All-Stars", que trazia remakes atualizados de suas aventuras no NES, incluindo o "Super Mario Bros. 2" japonês, batizado no ocidente de "Super Mario Bros: The Lost Levels". Link deu as caras com o aclamado "The Legend of Zelda: A Link to the Past", Samus entrou na briga com o sombrio e profundo "Super Metroid" e Donkey Kong foi atualizado na franquia "Donkey Kong Country", que encarou a geração 32-bits a partir de 1994.

O Super Nintendo também serviu de lar para alguns dos maiores clássicos da história dos RPGs. Além do já citado "Final Fantasy IV" (lançado como "Final Fantasy II" nos EUA, o que gerou uma das cronologias mais confusas da história dos games), o console garantiu que títulos como "Illusion of Gaia", "Secret of Mana", o peculiar "Earthbound" e o incrivelmente denso Chrono Trigger chegassem às mãos de jogadores.

Até no controle o Super Nintendo teve influência decisiva no futuro dos consoles. O layout dos botões de rosto (na época, X, Y, A e B), são usados até hoje no Xbox 360 e nas três encarnações do PlayStation. Também no Super Nintendo surgiram os botões R e L, amplificados pela Sony na geração seguinte para R1 e R2, L1 e L2.

Com 49,1 milhões de consoles vendidos no mundo todo, o Super NES botou a Nintendo no topo do mundo. Com um controle versátil e perfeito para sua geração, clássicos empanturrando uma já robusta biblioteca e um charme indelével, o sistema é provavelmente o mais querido do mundo. Não era uma revolução, não tinha truques.

Era simplesmente um videogame, uma evolução natural do NES. Nesses 20 anos que separam o SNES do Wii, a Nintendo passou duas gerações amargando derrotas e perdendo parceiras de desenvolvimento, como a Square e a Rare. Mas os fãs do SNES permaneceram fiéis ao lado da empresa, carregando a Big N em suas fases mais sombrias, em um misto de gratidão e reverência por um dos melhores consoles de todos os tempos.

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