Xbox 360 Wanted: Weapons of Fate

Enviado por The mercenarie², em

"Wanted: Weapons of Fate" é um jogo que vem um pouco tarde, baseado no filme "O Procurado", que estreou nos cinemas brasileiros em agosto do ano passado e já está até disponível em DVD. No longa, vimos James McAvoy na pele de Wesley Gibson, um sujeito comum que descobre ser um assassino nato ao ser recrutado por uma fraternidade de assassinos - composta por Morgan Freeman, Angelina Jolie e outros nomes menos estelares.

O game começa no final daquela história. Gibson é atacado por um grupo de assassinos franceses e parte para a Europa para descobrir os motivos. Aparentemente se trata de algo relativo a seus pais - também matadores profissionais - e uma nova disputa de poder na divisão francesa da tal fraternidade. A ação então se divide em fases com o protagonista e seu pai, no passado, até que as duas linhas narrativas se encontram para revelar toda a trama.

O interessante é que a sueca GRIN conseguiu não só misturar elementos originais do filme, mas também adicionou várias referências que ligam o jogo ao quadrinho que deu origem a tudo. Um bom exemplo é o novo uniforme de Gibson, mas a maior contribuição aparece mesmo nos diálogos e narração, que capturam a acidez das falas originais escritas por Mark Millar na minissérie - que também foi lançada no Brasil.

Curvando a bala

Apesar da narrativa repleta de mistérios e dos bons diálogos, a mecânica não é das mais sofisticadas. "Wanted: Weapons of Fate" é um jogo de tiro em terceira pessoa bastante comum, que pega emprestado elementos de títulos como "Gears of War" ou "Dark Sector". A diferença é que aqui o ritmo é mais puxado, forçando o jogador a correr muito e buscar por cobertura a todo instante - com um sistema que permite que você aponte o local para onde deseja ir em seguida, ligando um ponto de proteção a outro.

Os tiroteios ficam mais variados quando o game passa a permitir certas facilidades. Há algumas seqüências em câmera lenta, que funcionam como um jogo de pistola em que se controla apenas a mira com tempo limitado. Não poderia faltar também a possibilidade de curvar os tiros; basta travar a mira em algum inimigo protegido e traçar a curvatura da bala com o analógico, soltando a trava para disparar.

São efeitos que tornam a ação visualmente mais interessante, quebrando a rotina de correr, se proteger e atirar. Ainda assim são recursos utilizados com pouca imaginação, que apenas dão novo sabor a situações comuns. E não são suficientes para manter a curiosidade ou empolgação depois que você já matou centenas de inimigos pelas fases - incluindo os chefões. Ã um esquema que se reveza até seu desfecho, que pode ser alcançado em poucas horas e sem muito suor.

A apresentação é outro aspecto bastante familiar. Embora o game pegue emprestado elementos visuais e efeitos sonoros do filme, os gráficos são bastante comuns e poderiam ser confundidos com componentes de vários outros jogos medianos do mercado. Os modelos ao menos parecem ter vida e compartilham certa semelhança com os atores originais, mas em contrapartida, os cenários exploram locações banais e escondem de maneira óbvia os inimigos. Ao menos, tal falta de grandes efeitos ou idéias inovadoras permitem que o jogo rode de maneira bastante satisfatória, sem grande problemas de performance.

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