Jogo Brasileiro: conheça o trabalho e os criadores de Die Noob Die

#Notícia Publicado por Anônimo, em .

Produtora nacional prepara seu primeiro lançamento para três plataformas

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Desenvolver games pode parecer tarefa simples para muita gente, mas definitivamente dedicação e esforço são preceitos básicos para qualquer um que sonha em trabalhar na indústria de jogos. Este com certeza é um mantra que faz parte da brasileira DreamEx e de seus integrantes.

"Trabalhamos juntos no desenvolvimento de jogos desde 2005 (salvo engano) na extinta Techfront (Curitiba) que posteriormente tornou-se Quepasa Games em 2010/11 até ser dissolvida em 2012. Durante esses sete anos viemos trabalhando no desenvolvimento de jogos para outras empresas no conhecido sistema de Work for Hire", explica Juliano Santana, Game Designer e Produtor da DreamEx.

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No processo todo, o time aprendeu a desenvolver para plataformas como Nintendo DS, Wii, PC, browser e até mesmo alguns protótipos de Xbox 360. Mas se por um lado ter a chance de aprender a desenvolver em várias plataformas (e para produtoras internacionais, como foi o caso do grupo com empresas como Spil Games, Real Arcade, eGames, Destineer e 505), por outro o sonho de produzir algo de autoria própria ainda era forte nos desenvolvedores.

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Foi este sonho em produzir um game que pudessem de chamar 100% de "nosso", que levou o grupo a formar a DreamEx. "A DreamEX surgiu do interesse por parte da nossa equipe em continuar trabalhando com jogos e de um investidor que acreditou e acredita que somos capazes de fazer algo legal nesse mercado", explica Juliano.

O time hoje é formado por Juliano Santana, Herlygenes Pinto, Allan Apolo Jhones, Fernando Salmon, Gabriel Steinkirch e Raphael Martins; Ou, como eles gostam de se chamar:

Juliano, Game Designer/ Level Designer/ Produtor e Pitaqueiro Sênior;

Herly, Programador e Sound Designer (pelo menos ele acha que é);

Allan, Modelador 3D, Level Designer, Eletrecista e Mestre de Obras;

Fernando, Artista 3D, Animador e Sociopata (oi?);

Teddy, Artista Gráfico 2D e Chefe Gourmet;

Gabriel, Programador 3D

Luiz, que faz a correria burocrática da DreamEX, tentando atrair investidores e conversando com produtoras.

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"Die Noob Die", segundo seus criadores, "...surgiu como um escape para o tradicional bichinhos fofinhos, história de salvar a princesa e o bem vence o mal...". Desenvolvido em Unity 3D, a meta da DreamEX é lançá-lo simultaneamente para Facebook, Android e iOS ainda neste mês de outubro.

"DnD" coloca o jogador no papel de Francis, um típico "troll" da internet, aquele que não pensa duas vezes antes de humilhar seus adversários em jogos online ou simplesmente ser o responsável por tirar qualquer um do sério em um ambiente online beneficiado do anonimato (todo mundo conhece uma pessoa assim na internet, não é mesmo?).

Na história, Francis tem o azar de cometer um deslize desses com um verdadeiro nerd que cria um sistema que transporta Francis para dentro de um jogo (que batiza o título, inclusive) no qual Francis precisa sobreviver a todo custo.

"Queríamos um personagem que fosse o contrario do estereótipo do herói e que fosse engraçado ver ele com outras roupas e darmos risada com ele se ferrando", explica Juliano.

Em outras palavras, "Die Noob Die" é um típico jogo do gênero "runner", no qual precisamos dominar todos os desafios dos cenários, correndo com o protagonista pelo maior percurso que conseguirmos.

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Concebido como um piloto da empresa, "DnD" foi fundamental para que o time aprendesse com todos os processos de produção de um jogo multiplataforma, aprendendo a construir o próprio processo de trabalho, lidando com burocracias previstas (ou não) e até aprendendo a lidar com a criação de um banco de dados integrado no desenvolvimento. "Até agora estou muito envolvido no desenvolvimento da parte de servidor do jogo. O trabalho como programador ainda é novidade pra mim. Gosto de aprender coisas novas", explica o programador Herly.

Entre os principais desafios no desenvolvimento do jogo, o grupo aponta diretamente a dificuldade em desenvolver para três plataformas simultaneamente. "Assim como em qualquer jogo, a performance. São vários aparelhos e sistemas diferentes, fazer com que o jogo funcione igual para todos é um desafio", comenta o artista e animador Fernando Salmon.

Além disso, "DnD" também foi o primeiro projeto no qual a equipe pode trabalhar junta. "A adaptação à diferentes formas de trabalho sempre é uma das grandes dificuldades do início, e sempre requer algum tempo para ser sanada", explica Allan Apolo, modelador do time que também relembra do desafio de garantir a mesma qualidade do jogo em aparelhos mais antigos: "...o desenvolvimento da arte para ser jogável na plataforma com configurações mínimas para rodar o nosso jogo (no caso o iPhone 3GS) e ainda assim ser bonita tanto nessa plataforma quanto nas outras que possuem telas maiores, tem sido um desafio grande também".

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As influências em outros jogos e formas de entretenimento também fazem parte do ambiente formado pela DreamEx.

Fã de jogos de terror e de produtoras como Pixar e Dreamworks, o Level Designer da DreamEx sempre manteve o foco nos aspectos artísticos e narrativa dos jogos. "Como profissional em relação à modelagem tenho uma enorme admiração pelo trabalho do brasileiro Alex Oliver, que inclusive já trabalhou na Blizzard", comenta.

O mesmo também pode ser dito de quem cuida do áudio de um jogo como "DnD". " No meu trabalho como áudio designer procuro estar sempre atento a todo tipo de mídia. Tenho o hábito de guardar propagandas televisivas com áudio que julgo interessante, partes de filmes, trilhas sonoras de outros games. Também acompanho o trabalho de vários outros áudio designers", explica Herly.

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Há quem diga que trabalhar com games no Brasil não tenha mudado nada desde a chegada dos primeiros consoles no final da década de 1980. Mas o cenário é completamente outro. "O mercado brasileiro está em sua melhor fase, tanto para os desenvolvedores de jogos, quanto para os consumidores. Lógico que estamos longe do ideal (assim como para diversos outros mercados dentro do Brasil) porém o investimento interno nesse mercado vem com muita força", explica Juliano com otimismo.

Muito deste pensamento vem do atual ecossistema que a indústria no Brasil está se transformando. "Hoje temos a disposição lançamentos de jogos e aparelhos simultâneos com os de outros países, além de localização em PT-BR para os títulos blockbusters, congressos e palestras de nível internacional para desenvolvedores de jogos e profissionais da indústria", relembra Juliano.

Ainda assim, trabalhar desenvolvendo jogos no país é tarefa para os que realmente se esforçam. "Falando especificamente sobre as dificuldades de ser um produtor de jogos no Brasil, eu diria que os maiores são, preços de equipamentos, softwares e cargas tributárias", resume Juliano.

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Mas muito do desafio também está ligado a dedicação de disciplina que a equipe precisa ter. "Saber equilibrar seu tempo. Você não pode produzir games o tempo inteiro sem estar se atualizando, ou até mesmo coletando referências em jogos de diferentes gêneros. Quem sabe equilibrar isso sem ainda esquecer completamente da vida social, tem tudo para se dar muito bem na área", pontua Allan.

Outra poderosa ferramenta para quem está buscando investimento no desenvolvimento de jogos está ligada a atual onda dos serviços de crowdfunding em sites como Kickstarter e o nacional Catarse. Produtores com décadas de experiência utilizam os serviços com grande sucesso, como foi o caso recente de Keiji Inafune, ex.Capcom e criador de franquias como Mega Man.

Para o time da DreamEX a não opção pelo acesso de investimento através de crowdfunding ocorreu unicamente pela dedicação que a equipe teve no desenvolvimento que impediu que eles avaliassem opções como o crowdfunding. "Vejo que esse sistema de crowdfunding está dando oportunidade de termos jogos que nunca veriam a luz do dia de outra maneira", comenta Juliano. "Creio que ela inspira e ajuda vários developers iniciantes e/ou entusiastas a criarem projetos interessantes e divertidos para o mundo dos games. É algo que com toda certeza enriquece e muito a qualidade dos games produzidos hoje", completa Allan.

Quer saber mais novidades sobre "Die Noob Die"? Então fique de olho no site oficial da empresa e nas próximas novidades que traremos no POP Games.

Anônimo
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