13 animes que são referência em qualidade de animação

Cenas fluidas, detalhes impressionantes e animações que vão além do esperado em certos animes.

A animação em um anime vai muito além de desenhos bonitos: ela é responsável por transmitir emoções, intensidade das cenas de ação, sutilezas de cores e texturas, além de dar vida ao universo criado.

Além de encantar pelos traços e cores, uma animação de alta qualidade aprofunda a conexão com a história. Ela reforça a personalidade dos personagens, cria empatia e torna cada cena inesquecível. Se você ainda não viu algum desses animes, prepare-se para apreciar o que o anime tem de melhor em termos de arte em movimento.

Violet Evergarden da Kyoto Animation

Violet Evergarden é um dos maiores exemplos de animes de como a animação pode tocar profundamente o espectador. Produzido pelo estúdio Kyoto Animation, o anime acompanha Violet, uma jovem ex-soldado que, após o fim da guerra, passa a trabalhar como “Auto Memory Doll”, alguém que escreve cartas para clientes que não sabem expressar seus sentimentos por escrito.

O que chama a atenção logo nos primeiros minutos é a atenção aos pequenos detalhes: o movimento dos fios de cabelo de Violet, o brilho que percorre cada lágrima, o leves reflexos de luz nos objetos de vidro ao seu redor. Cada ambiente, de um salão aristocrático a uma simples casa de campo, é pintado com um nível de realismo quase fotográfico, mas sem perder o toque delicado e intimista que define toda a atmosfera da obra.

Mob Psycho 100 da Bones

Mob Psycho 100, produzido pelo estúdio Bones e baseado no mangá de ONE (o mesmo criador de One Punch Man), é um verdadeiro espetáculo de criatividade e energia. A obra aposta num traço propositalmente imperfeito em várias cenas, que, longe de enfraquecer o visual, confere personalidade e ritmo únicos a cada luta.

Logo de início, o que chama a atenção é o contraste entre o desenho simples e expressivo de Mob, nosso protagonista de olhar contido e traços quase minimalistas, e as explosões de cores e formas que acontecem quando ele libera seus poderes psíquicos. Nesses momentos, as linhas se multiplicam, o quadro treme, e efeitos abstratos de tinta, fumaça e eletricidade se fundem numa dança caótica, mas absolutamente hipnótica.

Fate/stay night: Unlimited Blade Works da Ufotable

Fate/stay night: Unlimited Blade Works é um verdadeiro cartão de visita do que a animação digital pode alcançar quando unida a um traço tradicional cuidadoso. A obra adapta o arco Unlimited Blade Works do visual novel original, mergulhando o espectador em combates mágicos de intensidade quase cinematográfica.

A obra apresenta uma fluidez impecável nas trocas de golpes durante as batalhas, onde o equilíbrio entre câmera lenta e movimento acelerado realça tanto a técnica de espada quanto a brutalidade dos impactos. As cenas de ação misturam cortes dinâmicos e planos abertos, valorizando tanto a atmosfera urbana quanto o impacto sobrenatural das magias.

Solo Leveling da A‑1 Pictures

A obra adapta fielmente o estilo do manhwa original, com proporções realistas, sombreamentos angulares e uma paleta de cores rica em tons profundos de azul, dando aos personagens uma presença quase tangível em cena. As sequências de combate são coreografadas com precisão cinematográfica, alternando planos fechados e panorâmicas para manter cada impacto nítido e emocionante.

A luta de Sung Jin Woo contra o Rei Hormiga atingiu um ápice técnico: foram usados cerca de 17.000 quadros (contra a média habitual de 8–10 mil), resultando numa sequência visceral, repleta de partículas coloridas e reflexos que transmitem o poder do protagonista.

Cowboy Bebop da Sunrise

Cowboy Bebop é um clássico de 1998 que ainda impressiona pela sua animação impecável e pelo estilo visual inconfundível. Ambientado num futuro noir, cada episódio equilibra habilmente cenas de ação, seja numa perseguição em alta velocidade pelas ruas de Marte, seja num tiroteio num salão de beira de estrada, com momentos de calma que exploram cenários ricos em detalhes.

Desde becos sujos e iluminados por néons até vastas paisagens desérticas, tudo é pintado com uma paleta que equilibra tons quentes e frios, reforçando o clima melancólico da obra. Contrastes marcantes entre luz e sombra dão profundidade aos personagens e ambientes, criando composições visuais que dialogam com a trilha sonora jazzística e blues que embala cada cena.

Mushoku Tensei da Bind

Mushoku Tensei é um marco técnico que prova como investir em animação pode transformar um isekai em algo muito mais imersivo. O estúdio Bind usa tomadas aéreas e movimentos de câmera fluídos, seja sobre vastos campos de grama ou penetrando em florestas densas, dando a sensação de “voar” junto com os personagens. cada transição é suave, sem perder nitidez ou cair em cortes secos.

Ao contrário de muitos animes que entregam CG colado ao 2D, aqui o trabalho digital se mistura de forma orgânica: feitiços que criam trilhas de luz tridimensionais, criaturas mágicas modeladas em CG que reagem ao ambiente 2D sem destoar, e efeitos de vento e pó que dançam entre camadas de desenho.

Flip Flappers da 3Hz

Flip Flappers mistura de estilos de animação, do traço fofo de slice‑of‑life a sequências psicodélicas de ação, tudo em transições fluidas que parecem brincar com as cores e formas da paleta. Cada mundo alternativo ganha identidade própria, com design de produção ousado e cenários sempre diferentes que desafiam a percepção.

Em episódios em que as protagonistas exploram mundos de papel rasgado e neons ondulantes, a animação chega a fluir a 60 FPS em algumas cenas, valorizando cada movimento de câmera e cada dobra de papel, criando uma sensação de imersão gráfica rara em animes.

To Be Hero X da Pb Animation, LAN Studio e Paper Plane Animation Studio

To Be Hero X se destaca por sua animação de altíssima qualidade, resultado de uma colaboração entre vários estúdios de animação. A obra combina animação 2D e 3D, sendo frequentemente comparada a filmes de animação ocidentais como Spider-Verse e Arcane, graças à sua qualidade cinematográfica.

A obra apresenta uma animação fluida e visualmente deslumbrante, com uma qualidade de nível filme, mas entregue em um formato semanal. A direção de arte diversificada, que utiliza múltiplos estilos de animação para diferentes perspectivas, também é um aspecto impressionante.

Kill la Kill da Trigger

Kill la Kill apresenta uma animação hiperativa e cheia de personalidade, que usa traços angulares, cortes bruscos e deformações gráficas para traduzir o ritmo acelerado da trama em pura adrenalina visual. As lutas parecem coreografias de dança, com movimentos exagerados, câmera sempre em movimento e efeitos de explosão que enfatizam cada golpe e investida.

Além disso, há roupas vivas (literalmente), que esticam‑se e achatam‑se em sincronia com as expressões dos personagens, criando um humor único e reforçando a estética cartoon mesmo num anime de ação. Os fundos muitas vezes simplificados ou com traço solto durante as cenas de maior frenesi, para que o foco fique inteiramente na energia e nas poses dinâmicas dos personagens.

One Punch Man da Madhouse (1ª Temporada)

One Punch Man é a prova de que um herói que derrota qualquer adversário num soco só pode ser ainda mais interessante quando cada golpe é animado com capricho extremo. Os momentos de comédia usam traços simples e expressões soltas que realçam o humor Saitama, mas basta surgir um vilão para a animação disparar em riqueza de detalhes.

As lutas acontecem em múltiplos atos: tomadas amplas estabelecem o cenário, cortes medianos focam no impacto, e closes detalham rachaduras no asfalto. A câmera vibra, desacelera e volta ao ritmo normal num fluxo que mantém você grudado. Quando Saitama desvia de um ataque, deixam-se linhas de velocidade e estilhaços pra todo lado, tudo em 2D desenhado à mão.

Shingeki no Kyojin da Wit Studio / MAPPA

Em Shingeki no Kyojin, o uso do equipamento de manobra tridimensional permite ângulos dinâmicos, mergulho entre as pernas dos titãs, que dão sensação de voar e capturam a velocidade brutal do combate. Enquanto os personagens e cenários são desenhados à mão com traços marcantes, os titãs e alguns efeitos (como sangue e entulho) usam CG pontual, perfeitamente bem implementado para não destoar do estilo artesanal.

A batalha na Floresta das Árvores Gigantes, o resgate de Eren no distrito de Trost e, sobretudo, o cerco à Muralha Maria, cada uma delas exibindo cenas cinematográficas e cortes que mantêm o espectador entretido. Shingeki no Kyojin elevou o padrão técnico de animes de ação, combinando direção de arte apurada com uma animação visceral que faz cada luta parecer um evento épico e aterrador.

Made In Abyss da Kinema Citrus

Cada camada do abismo é um mundo à parte, com texturas e detalhes minuciosos, desde as cavernas cristalinas até as florestas subterrâneas luminescentes, criando uma sensação vertiginosa de profundidade. O design fofo de Riko e Reg combina com ambientes muitas vezes sombrios e ameaçadores, ampliando o impacto emocional quando a leveza dos traços encontra os perigos ocultos.

Movimentos de câmera lentos e amplos são acompanhados por composições suaves que sobem em intensidade conforme os perigos surgem. Quadros parados muitas vezes funcionam como pinturas, enquadramentos simétricos, paletas de cores cuidadosamente escolhidas e detalhes nos objetos de fundo (mossas, fungos, crateras) que contam histórias próprias.

Noragami da Bones

Em Noragami, o estúdio Bones equilibra animação tradicional 2D com efeitos digitais discretos, como partículas espirituais e flashes de aura, garantindo que o sobrenatural apareça com nitidez sem destoar do traço principal. As cenas de combate, em especial os confrontos entre deuses e espíritos perdidos, usam cortes rápidos e enquadramentos imprevisíveis.

Cada personagem tem um estilo único: Hiyori aparece com movimentos suaves e linhas leves, enquanto Yato ganha contornos mais marcantes nos momentos de luta. As expressões faciais mudam sutilmente, destacando desde o humor involuntário até o desespero de um duelo.

Na sua opinião, qual anime tem a animação mais impressionante? Conta pra gente nos comentários!

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