Recentemente ocorreu o lançamento oficial de Black Myth: Wukong, um dos maiores sucessos do ano com 20 milhões de cópias e que foi desenvolvido por um estúdio da China, o Game Science.
Agora, parece que temos mais um grande projeto da China vindo aí, que é Phantom Blade Zero, o primeiro jogo de grande orçamento da desenvolvedora S-Game, que segundo os devs não é um souls-like, mas sim um kung fu-punk.
Durante uma entrevista, o atual CEO da S-Game, Liang Qiwei, que também é produtor de Phantom Blade Zero, disse que as diferenças culturais não são uma barreira nos jogos, mas sim uma vantagem.
Leia Também:
- Microsoft remove teste de 14 dias do Xbox Game Pass antes do lançamento de Call of Duty: Black Ops 6
- The Lake House, expansão para Alan Wake II, teve sua data de lançamento vazada
Ao ser questionado sobre por que a S-Game escolheu temas culturais que poderiam ser potencialmente difíceis para o público global entender completamente, o CEO sugere que apresentar algo obscuro faz parte do apelo.
“Se olharmos para títulos recentes, Black Myth: Wukong teve um obstáculo cultural muito maior para superar do que o nosso jogo, pois é completamente baseado em uma obra clássica da literatura chinesa. Então a Game Science pode enfrentar esse problema de jogadores não entenderem o contexto cultural. Mas, na minha opinião, a qualidade e a experiência de jogo são o núcleo.”
“Se você conseguir alcançar alta qualidade e uma experiência de jogo envolvente, acho que um tema difícil pode ser, na verdade, uma vantagem, e não uma desvantagem. Se o seu jogo for divertido, os jogadores vão perceber temas desconhecidos como algo novo”, diz o CEO.
Liang Qiwei observa que Black Myth: Wukong já confirmou sua opinião de que temas desconhecidos só podem aumentar a imersão e o interesse do jogador.
“A razão pela qual nós, jogadores chineses, conhecemos a cultura ocidental e japonesa é porque tivemos jogos ocidentais e japoneses muito divertidos como porta de entrada. Aos poucos, nos acostumamos com elas.”
“Duvido que os jogadores chineses soubessem muito sobre os samurais japoneses no começo, e não acho que eles tivessem um interesse especial neles. Mas, como havia muitos bons jogos sobre samurais, eles agora são basicamente reconhecidos como um tema pop.”
“Então, para repetir, se o jogo em si for interessante, o fato de seus temas serem estrangeiros pode ser uma vantagem, em vez de uma barreira. Acho que isso é um grande ponto positivo que atrai mais jogadores.”
Phantom Blade Zero ainda não tem data de lançamento, mas está em desenvolvimento para PC e PS5.