Microsoft considera retirar Activision do Reino Unido para fechar acordo da Activision Blizzard

O presidente da Microsoft Corp., Brad Smith, se reunirá com o Chanceler do Reino Unido, Jeremy Hunt, na próxima semana para expressar sua frustração com a decisão surpreendente do órgão regulador de concorrência britânico de bloquear sua aquisição da Activision Blizzard por US$ 69 bilhões.

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Brad Smith deve se reunir com Jeremy Hunt, chanceler do Reino Unido, bem como funcionários da Competition and Markets Authority (CMA), a agência que emitiu o veto em 26 de abril, de acordo com pessoas familiarizadas com as conversas.

Espera-se que Smith destaque os benefícios da aquisição para os jogadores e se oponha à decisão de bloquear a maior fusão da indústria - uma decisão que em breve será decidida em um tribunal antitruste especial do Reino Unido. Jeremy Hunt criticou anteriormente o veto da CMA, dizendo em uma conferência empresarial recente que os órgãos de fiscalização da concorrência devem "compreender suas responsabilidades mais amplas".

Apesar dos comentários de Jeremy Hunt, uma das fontes disse que os ministros do governo estavam "insatisfeitos" com algumas das críticas de Brad Smith à CMA em entrevistas, nas quais ele afirmava que a União Europeia - que aprovou a aquisição - era um lugar melhor para fazer negócios do que o Reino Unido. O governo não desempenha um papel formal na aplicação das regras de concorrência do país, mas os membros do conselho da CMA são nomeados pelo departamento de negócios do Reino Unido.

Brad Smith também se reunirá com os representantes jurídicos da Microsoft para discutir a estratégia da empresa para enfrentar a decisão da CMA, apresentando uma série de opções que a empresa poderia tomar para salvar o acordo.

Uma opção extrema poderia ser contornar a ordem do Reino Unido e prosseguir com o acordo, ou retirar a Activision do mercado do Reino Unido, disse uma das fontes, confirmando relatos anteriores da Mlex, uma agência de notícias regulatórias.

A empresa também provavelmente usará as conclusões da União Europeia em seus argumentos jurídicos contra a CMA, depois que as autoridades europeias de fusões aprovaram condicionalmente a fusão histórica de jogos no mês passado.

As discussões confidenciais ocorrerão enquanto Smith participa da London Tech Week, um evento destinado a impulsionar a indústria de tecnologia do Reino Unido.

Embora a CMA tenha dito que a fusão reforçaria a vantagem da Microsoft no mercado de jogos em nuvem, a chefe de competição da UE, Margrethe Vestager, a chamou de "pró-competitiva" e disse que poderia "impulsionar" o mercado de streaming em nuvem.

Após o bloqueio do regulador, a Microsoft apelou para o Tribunal de Apelação de Concorrência do Reino Unido. Uma audiência inicial sobre o mérito do recurso da Microsoft está marcada para a semana que começa em 24 de julho.