Há uma guerra em curso?

Há uma guerra em curso?

Há um confronto nessas manobras aquisitivas de Sony e Microsoft?
#Artigos Publicado por Antonio, em

Já faz algum tempo desde a notícia da compra da controladora da Bethesda pela Microsoft. A resposta da Sony veio em seguida com a compra da Blue Point. Há pouco mais de uma semana, a gigante de Redmond anunciou o maior negócio tecnológico, pagando pela Activision Blizzard uma cifra próxima da metade do valor cotado de venda da Sony. A empresa japonesa contragolpeou logo em seguida ao adquirir a Bungie, criadora de Halo e de Destiny. Levando-se em conta o objetivo de cada negócio, pode-se afirmar que há um confronto nessas manobras aquisitivas das duas empresas?

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A aquisição da Bethesda trouxe à Microsoft, em grande maioria, jogos icônicos cujo foco principal é o singleplayer. The Elder Scrolls e Doom, por exemplo, escreveram capítulos memoráveis na história dos games. Esse último, em sua sequência, renovou a franquia e despertou o lado sedento por sangue de demônios de jogadores antigos e novos. Já o primeiro, temos dele apenas um trailer da E3 de 2018; porém, o suficiente para animar os fãs. Esses games e outros da Bethesda logo foram adicionados ao gamepass e encorparam o catálogo do serviço.

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Apesar do poder do dinheiro, o mundo se surpreendeu quando a Microsoft anunciou a compra da Activision Blizzard. Muitas franquias icônicas foram adquiridas, como Starcraft, World of Craft, Diablo, Crash, Overwatch, dentre outros. O destaque é Call of Duty, a máquina de fazer dinheiro. O game, que tem lançamento (polêmico) anual, performa resultados astronômicos em vendas. Em breve, os jogos da Activision Blizzard chegarão ao catálogo do gamepass, o que consolidará o serviço.

O que há em comum entre essas manobras aquisitivas da Microsoft é o objetivo de fortalecer os serviços de games, Gamepass e Xcloud, com a adição de grandes franquias. E, por tabela, retirar dos rivais as receitas de grandes IPs. É claro que essas aquisições também implicarão renovações de franquias, renascimento de outras, criação de novos jogos e em melhorias estruturais dos estúdios. Mas a visão de negócios da criadora do Xbox é bem clara.

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Já a Sony, que possui um modelo de negócios diferente na indústria gamer, adquiriu a Bluepoint após o sucesso do trabalho da developer no remake do icônico jogo Demons Souls. A desenvolvedora tem um histórico de parcerias com a Sony. A compra não surpreendeu; porém não deixou de ser relevante, pois trouxe profissionais de excelência para trabalhar em produtos remasterizados e em remakes. Não é de hoje que a Sony demonstra interesse em relançar algumas de suas principais franquias; e, para tanto, nada melhor do que incorporar ao time uma developer como a Blue Point.

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A aquisição da Bungie pela Sony teve um ar de resposta a Microsoft pela proximidade do anúncio das transações. Para os fãs de Playstation, essa visão se consolidou pelo choque do negócio feito pela empresa dona do console tido como rival. Para a Sony, essa resposta poderia acontecer de muitas formas, não necessariamente com uma aquisição. A compra da criadora de Halo e Destiny, nas palavras do próprio CEO, tem como objetivo ajudar na criação de jogos como serviço, um setor órfão ou sem expressão no catálogo de jogos exclusivos do Playstation.

É possível perceber que as manobras aquisitivas da Sony têm o intuito de anexar características diferentes a seus serviços, no caso dessa última compra. E de qualificar a produção de jogos a serem relançados, no caso da compra da Bluepoint. É possível ver nessas aquisições um caráter pontual. A Sony foi ao mercado para se fortalecer e reiterar ao seu público as ideias vinculadas a seus produtos.

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Então, pode-se dizer que a compra de uma é resposta a outra? Não quando se tem por foco o objetivo destacado de cada empresa. O público consumidor de cada console pensa assim? É óbvio que não; pois, são apaixonados por suas plataformas e deixam-se guiar por um olhar passional. Por mais que as provocações de cada lado produzam situações hilárias, elas não são capazes de afetar os negócios das duas empresas.

Esse período de aquisições reforça ao público o comprometimento de Sony e Microsoft com a indústria gamer, de acordo com seus modelos de negócios. De maneiras diferentes, seus trabalhos atingem os consumidores. Comprar o produto de um ou de outra é também comprar a sua ideia. Há quem se limite a seguir apenas um caminho; e há quem prefira deliciar-se com todos eles. Não há o caminho melhor, mas existe opção.

Antonio
Antonio #a.marcio
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