Mark Darrah, ex-diretor de Dragon Age, faz críticas a BioWare e sua cultura de crunch-time
Depois de ganhar uma grande reputação no mundo dos jogos por séries de RPG como Baldur's Gate, Dragon Age e Mass Effect, a BioWare, infelizmente, foi o centro de diversas manchetes negativas nos últimos anos por um ser ambiente de trabalho menos do que ideal para seus desenvolvedores, e o grande motivo estaria ligado a sua obsessão pelo uso de Crunch-Time e má gerência do estúdio pela EA.
Quem veio falar novamente dos problemas organizacionais do estúdio canadense foi Mark Darrah, que até 2020 era conhecido como produtor executivo da série Dragon Age, sendo diretor criativo do Dragon Age: Origins e Dragon Age II, abandonando a BioWare de vez em Dezembro daquele ano (junto de Casey Hudson, criador de Mass Effect).
O tema da discussão foi principalmente a chamada "magia da BioWare", que é a horrível fase final do desenvolvimento de jogos da BioWare durante a qual os desenvolvedores conseguem terminar o desenvolvimento rapidamente e respeitar os prazos de trabalho. Antes a BioWare via isso como positivo (pois salvou jogos como Mass Effect 3 e DA Inqusition de um lançamento trágico), mas nos últimos anos isso se tornou o seu pior inimigo, uma vez que a tão falada "BioWare Magic" causou fracassos como Mass Effect: Andromeda e Anthem.
Ao longo dos anos criou-se uma espécie de mito ligado a esta prática, sustentado também pelo sucesso obtido por alguns títulos concluídos pela BioWare desta forma. Basicamente a BioWare sempre desenvolveu seus jogos em um ambiente extremamente caótico, mas por alguma obra do destino, usando do Crunch-Time, eles eram lançados e classificados como jogos aclamados e de grande sucesso crítico e comercial.
No entanto, as coisas não correram bem nos casos de Mass Effect: Andromeda e principalmente em Anthem, que ofereceu performances muito abaixo das expectativas da sua dona, Electronic Arts (EA), e também dos fãs.
Darrah, no entanto, faz questão de apontar o verdadeiro problema: a "magia da BioWare" nada mais é do que uma maneira de suavizar o momento trágico e crítico que os desenvolvedores do estúdio são forçados a ter de passar no Crunch-Time, apenas para concluir o desenvolvimento de um projeto que passou anos em Development Hell.
Tal prática é considerada altamente prejudicial a saúde física e mental para os funcionários e que muitas vezes é necessária devido a má organização nas etapas iniciais do desenvolvimento de um jogo. A exemplo disso, em 2019 foi revelado pelo Kotaku e Jason Schreier que a sede da BioWare conta com uma sala reservada unicamente para os trabalhadores entrarem, fecharem a porta, e chorar, uma forma de "extravasar" seus sentimentos diante dos períodos de Crunch-Time que o estúdio passa ao criar seus projetos.
O ex-autor de Dragon Age hoje condena a prática não apenas na BioWare, mas em toda a indústria de jogos. Então aqui está outro nome que é particularmente importante para o gênero RPG:
Um grande fã de jogos e filmes dos gêneros Stealth e Ficção-Científica.
Tenho uma paixão imensa pela franquia Metal Gear Solid, na qual considero a minha favorita, porém também sou um grande amante das sagas Halo e StarCraft.