Os 08 piores livros do mundo

Os 08 piores livros do mundo

Conheça obras que influenciaram negativamente a humanidade
#Curiosidades Publicado por el_asesino, em

"Não existe livro ruim, existe leitor indisposto a ler."

A pessoa que inventou esta frase muito provavelmente nunca chegou a conhecer as pérolas desta lista. Desde livros que escancaram o ódio e preconceito de seus autores a verdadeiros manuais de intolerância, cada obra listada aqui tem algo de ruim a nos mostrar.

Quase todas foram escritas em épocas na qual o prazer da leitura era um luxo que poucos dispunham e seu acesso limitado permitiu que pessoas mais influentes usassem de seus conhecimentos deturpados para manipular massas, o que tornou o efeito de alguns desses livros devastador até os dias de hoje.

O tempo das fake news nasceu junto com a comunicação humana, e continua vivo até então. Mas acredite, esse tempo já foi pior...

Ensaio Sobre a Desigualdade das Raças Humanas
Autor: Joseph Gobineau – Escrito em: 1855

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Da autoria de um diplomata do governo de D. Pedro II, o livro defende a crença da superioridade de algumas raças sobre as outras. Gobineau odiava a miscigenação entre as sociedades pois acreditava que isto piorava as supostas limitações das raças inferiores (as consideradas não-brancas, na visão do dito cujo).

O livro foi usado para sustentar o tráfico negreiro durante anos e (acredite) ainda há quem defenda essa obra.

O Martelo das Feiticeiras (Malleus Maleficarum)
Autor: Jacob Sprenger - Escrito em: 1485

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Se você não faltou às aulas de história deve se lembrar das menções sobre a "caça às bruxas", que teve seu início na Idade Média e se estendeu por mais alguns séculos, dizimando a vida de dezenas de mulheres.

Pois bem, O Martelo das Feiticeiras, com o apoio de representantes das Igrejas Católica e Protestante, meio que serviu como um manual para que fanáticos religiosos identificassem, perseguissem e matassem quem estivesse enquadrado nos seus procedimentos. Se a mulher tivesse um envolvimento maior com gatos já era considerada suspeita.

Com o avanço do Iluminismo, o livro e a sua onda de perseguição generalizada foram perdendo força.

O Homem Delinquente
Autor: Cesare Lombroso - Escrito em: 1876

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O médico e cientista italiano Cesare Lombroso defende neste livro a tese de que algumas pessoas já nascem para serem criminosas, e de acordo com a tese isso seria determinado por traços físicos como nariz curvo e testa fina, característicos de uma parcela da população árabe e judia.

A obra influenciou o direito penal e, de bônus, reforçou teorias racistas e o antissemitismo. Hoje em dia é uma tese ultrapassada mas, assim como ocorre com o Ensaio Sobre as Desigualdades Humanas, ainda existem pessoas que a defendem com unhas e dentes.

Minha Luta (Mein Kampf)
Autor: Adolf Hitler - Escrito em: 1925

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Pelo autor você já deve ter uma ideia do que encontrar aqui. Pois bem, o livro tem 2 volumes, sendo que o primeiro foi escrito na prisão, quando Hitler tinha sido preso por uma tentativa de golpe de Estado. Já o segundo volume foi escrito quando o sujeito já estava fora da prisão.

Mesmo tendo sido escritos em épocas tão distintas, eles escancaram o racismo de seu autor, que via o judaísmo como um dos males do mundo. A obra expôs o desejo do ditador em transformar a Alemanha num novo tipo de Estado que abrigasse a raça pura ariana e que o tivesse como um líder extremamente poderoso. Era um aviso para o mundo, mas na época ninguém de fora da Alemanha deu muita atenção.

A Sedução dos Inocentes
Autor: Frederic Wertham - Escrito em: 1954

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Assim como os videogames foram acusados, até alguns anos atrás, de serem os principais responsáveis por 'n' atrocidades cometidas por jovens problemáticos, houve uma época em que os quadrinhos foram o bode expiatório de qualquer má conduta praticada por crianças.

Quem ajudou a criar esse estigma que até hoje surte efeito na indústria de HQs foi o psiquiatra Frederic Wertham. Na sua obra mais famosa o autor defende a ideia de que as histórias em quadrinhos eram responsáveis pela delinquência, abandono dos estudos, etc. A real é que até o governo dos EUA queria proibir a venda de HQs na época pois havia o temor de que os jovens fossem tomados por ideias comunistas.

A editoras não tiveram outra escolha além de criar o Comics Code Authority, que é um código de autocensura das HQs que existe até hoje.

Meu Filho, Meu Tesouro
Autor: Benjamin Spock - Escrito em: 1946

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O pediatra Benjamin Spock revolucionou a educação ao defender uma postura mais flexível dos pais no seu best-seller Meu Filho, Meu Tesouro. Em contrapartida, o seu conselho de colocar os bebês para dormir sob seus estômagos (de barriga pra baixo) teria sido o responsável pela morte de mais de 50 mil criancinhas.

Spock acreditava que se os bebês dormissem de costas poderiam sufocar no seu próprio vômito – levando à morte. Os cientistas, mais tarde, finalmente descobriram que o conselho de Spock realmente levava a mais mortes por asfixia.

Os Protocolos dos Sábios de Sião
Autor: Mathieu Golovinski - Escrito em: 1898

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Aqui temos um livro cuja estrutura remete ao formato de ata. E essa ata teria sido redigida por uma pessoa em um Congresso que aconteceu com portas fechadas em uma assembleia de Basel (Suíça) em 1897, com judeus do mundo todo discutindo a criação de um Estado próprio. Porém, segundo o texto dos Protocolos, o objetivo da reunião era outro: dominar o mundo.

Existem inúmeros motivos para classificar 'Os Protocolos' como um dos piores (senão o pior) livros de todos os tempos mas vamos por partes:

  1. De fato ocorreu em 1897, em Basel, um congresso sionista coordenado pelo jornalista e ativista Theodor Herzl, que tinha como objetivo a criação de um Estado independente para os judeus. Inclusive, foi a partir deste (e de outros congressos sionistas que surgiriam ao longo dos anos) que o Estado de Israel tomou forma.
  2. O livro na verdade foi redigido por Mathieu Golovinski a mando do czar Nicolau, pois o mesmo pretendia pôr a culpa dos males econômicos e sociais da Rússia nos judeus.
  3. Alguns trechos do livro são plágio de O Diálogo no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu e do romance Biarritz.
  4. Ainda em 1921, o jornal The Times desmentiu o conteúdo da obra em uma matéria e em 1935, na Suíça, um julgamento contra os nazistas apontou a farsa dos Protocolos.

Apesar da descoberta da farsa, muitos usaram o livro como justificativa para praticar o antissemitismo, sendo o Holocausto o ato de preconceito contra judeus mais covarde e cruel já cometido até então.

365 DNI
Autora: Blanka Lipińska - Escrito em: 2018

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Em uma tentativa de salvar seu casamento em crise, Laura planeja uma viagem de aniversário para a Sicília, mas as coisas dão errado quando ela é sequestrada pelo mafioso Massimo e mantida em cativeiro em sua vila. Massimo então dá a Laura sua tarefa final - ela deve se apaixonar por ele em 365 dias. Se isso não acontecer ela ganha a sua liberdade de volta.

Aqui a mulher praticamente tem todo o seu poder de decisão anulado e é forçada a passar um ano inteiro a mercê de um abusador. Mas isso é minimizado intencionalmente pela própria história pois o sequestrador é um homem bonito e rico.

Resumindo, 365 DNI é uma verdadeira atrocidade em forma de papel, onde uma mulher é tratada como objeto submisso ao seu dono enquanto o abusador tem sua figura enaltecida durante toda a trama. Uma trágica glorificação à síndrome de Estocolmo.

Consideração final

Nesta lista não foram incluídos livros religiosos como a Bíblia e o Alcorão pois, apesar das atrocidades que muitos ainda cometem em seus nomes, são obras passíveis de interpretação por cada indivíduo, não sendo diretamente culpadas pelas más influências de alguns de seus seguidores

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el_asesino
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"As pessoas costumam amar a verdade quando esta as ilumina, porém tendem a odiá-la quando as confronta." – Santo Agostinho

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