Processo da Epic Games no Google revela que a empresa tem interesse em "possuir o domínio da indústria de videogames"

2021 é um ano cheio de processos e denúncias dentro da indústria de jogos, e um dos principais nomes nesse centro é a Epic Games, disputando no tribunal contra o Google e a Apple, e esse caso ainda continua a trazer a tona vários relatórios interessantes da indústria.

Nesse sentido, o processo envolvendo os criadores da Unreal Engine, Gears of War e Fortnite possibilitou o acesso a documentos contendo detalhes sobre os ambiciosos planos do Google. O documento em questão, de 70 páginas, fala sobre como o Google queria criar uma plataforma universal baseada no Android que ''monopolizasse a indústria de jogos'' graças a qual os jogadores pudessem usar seus produtos em qualquer dispositivo.

Na verdade, um dos objetivos do Google no documento é se tornar o grande líder e dominante dos jogos, fazendo dessa plataforma universal não apenas algo que suporte o Windows, mas também ao MacOS. De acordo com o documento, os desenvolvedores teriam facilidades para publicar seus produtos no Android e para jogar esperava-se que comercializassem um controle universal e barato também compatível com televisores, facilitando a chegada de AAAs como um Call of Duty e FIFA.

É provável que esses planos, que têm alguns por trás deles, tenham evoluído ao longo do tempo e que a ideia do Android tenha sido substituída pelo Google Stadia, cujo fracasso resultou no fechamento da divisão Stadia Games & Entertainment, demitindo todos seus 150 funcionários.

A ideia do Google lembra muito a visão de Phil Spencer no Xbox, porém a Microsoft parece menos agressiva quanto sua ambição, que está se tornando realidade graças ao Xbox Game Pass e Xbox Cloud Gaming, um par de serviços que permite que você jogue independentemente do Console Xbox ou de um Windows 10 PC, podendo aderir ao Android e iOS com o Game Pass Ultimate.