Governo da Califórnia faz alegações sobre assédio e abuso sexual envolvendo a Riot Games

O processo da Activision Blizzard pode estar fazendo a maior parte dos alvoroços nos dias de hoje, mas um processo muito semelhante foi movido contra a Riot Games pelo tipo exato de discriminação de gênero e assédio sexual que supostamente está ocorrendo na Blizzard Entertainment.

O Departamento de Fair Employment and Housing (DFEH) da Califórnia começou a investigar a Riot Games por práticas injustas no local de trabalho, discriminação de gênero e assédio em 2018, culminando em uma ação coletiva em que ex e atuais funcionários processaram a Riot. Um acordo foi alcançado em agosto de 2019 por US$ 10 milhões, no entanto, o DFEH está dizendo que os termos desse acordo violam a lei.

Uma declaração divulgada pela DFEH (e relatada pelo Kotaku) disse que a decisão da Riot de fazer um acordo privado com "aproximadamente 100 mulheres que renunciaram às suas reivindicações e direitos vai em conflito com as disposições anti-retaliação e anti-interferência do Fair Employment e Lei de Habitação."

A declaração prossegue apontando que tais acordos e acordos de trabalho que impedem a discussão com a DFEH em investigações em andamento têm "um efeito inibidor sobre a disposição dos indivíduos de apresentar informações que podem ser importantes para a DFEH, uma vez que ela busca avançar o interesse público na eliminação da discriminação e do assédio no trabalho ilegal.''

A DFEH disse que vinha pedindo os termos dos "acordos secretos" da Riot nos últimos 18 meses, com os tribunais até ordenando que a Riot apresentasse esses documentos. A revolta acabou fazendo isso em abril de 2021, quando a DFEH descobriu que "os funcionários não podiam falar voluntária e abertamente com o governo sobre o assédio sexual e outras violações e obter alívio nas ações do governo".

Em uma declaração ao Kotaku, a Riot negou as alegações de que impediu os funcionários de auxiliar na investigação do DFEH. “Avisos estão sendo enviados a ex-funcionários para confirmar que os acordos rescisórios da Riot nunca de forma alguma proibiram falar com agências governamentais”, diz a declaração.