Electronic Arts demite o designer principal de Apex Legends por ter feito ''comentários racistas e sexistas''
Uma das principais e mais importantes cabeças por trás de Apex Legends, Daniel Z. Klein, será demitido da Respawn Entertainment, conforme anunciado pela Electroic Arts.
Klein confirmou via Twitter que havia sido demitido na sexta-feira, com seus comentários sugerindo que a decisão foi baseada principalmente em comentários que ele fez em um blog em 2007 (época em que ele estava na Infinity Ward, estúdio de propriedade da Activision Blizzard).
A postagem, intitulada "I am Daniel's Angry Rant", contém observações sexistas, como sugerir que nenhuma mulher jamais se comportou racionalmente, sugerindo que XX são os "cromossomos idiotas" e que uma mulher em particular deve ser ignorada porque "é apenas sua vagina falando."
Os jogadores do Apex Legends também trouxeram à tona outras postagens de Klein dessa época que incluem comentários racistas, fazendo uma piada sobre os africanos.
Pedindo desculpas pelo Twitter, Klein disse:
"Eu dediquei muita energia para me tornar uma pessoa melhor desde então, e agora estou muito deprimido porque sinto que nunca serei capaz de compensar quem eu era."
Mais tarde, ele acrescentou que a Electronic Arts e a Respawn estavam "absolutamente dentro de seus direitos de me demitir, por mais que eu discorde dessa decisão".
De acordo com a Fanbyte, as postagens ressurgiram na época do processo da Activision Blizzard que acusava a editora Call of Duty de discriminação e assédio a mulheres, bem como violação de direitos civis e leis de igualdade de remuneração.
A postagem de Klein em 2007 foi compartilhada nas redes sociais depois que ele expressou solidariedade a todos os que sofreram na Activision Blizzard. Em 27 de julho, ele reconheceu as postagens via Twitter e assumiu "total responsabilidade" e "se desculpou sem reservas por elas", novamente enfatizando que tem trabalhado para ser uma pessoa melhor.
Em 2018, Klein falou em defesa da Riot Games (na época empresa onde ele trabalhava) depois que a criadora do League of Legends excluiu os homens de workshops de recrutamento destinados a "apoiar mulheres e pessoas não binárias interessadas em entrar nos jogos profissionalmente".
Na época, ele disse que os homens são "ridiculamente representados demais no jogo", enquanto as mulheres de League of Legends são ignoradas, assediadas ou tratadas como objetos sexuais. Apesar de sua evolução de pensamentos e conduta ao longo dos anos, o seu passado de 2007 o fez sofrer tal demissão pela EA.
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