Mais de 30 funcionários atuais e antigos da Activision Blizzard se manifestam sobre os relatos de abuso e sexismo
Aviso de gatilho: A matéria a seguir cobre um extenso assunto que contém descrições de assédio sexual e abusos.
Há muitos anos a Activision Blizzard não se envolvia em alguma grave polêmica que causasse tanto alarde e despertasse a fúria da comunidade e dos meios jornalísticos de videogames contra a editora.
O último caso assim em que a empresa passou foi em 2010, quando o na época CEO da Activision Publishing, Mike Griffith, foi responsável por arquitetar os planos da empresa de causar uma grande quebra (breakdown) na Infinity Ward, um caso que durou 3 anos para se resolver e até hoje é tratado com muita delicadeza devido as gravidades que mesmo em 2021 é sentida pelo desastre.
Dessa vez o assunto não abrange somente a Infinity Ward e como a Activision fez seu estúdio de ouro cair em ruína, mas sim de toda a estrutura geral da Activision Blizzard, englobando a divisão Blizzard Entertainment, conhecida por World of Warcraft, Diablo, Overwatch e StarCraft.
Como você já deve estar sabendo, o Governo da Califórnia processou a Activision Blizzard por má gestão com seus funcionários, onde inclui casos de abusos e assédio sexual. Neste sábado, no Twitter, aqueles que trabalharam com a empresa por algo entre 2 e 13 anos estão ecoando as alegações do processo e indo além.
Essas declarações mostram um longo quadro de sexismo normalizado, agressão sexual, pressão dos colegas para usar drogas e consequentemente, as carreiras das vítimas sendo interrompidas como resultado de tudo isso.
"Ir para o RH não era uma opção. Você só ia para o RH se quisesse que seu caso fosse imediatamente compartilhado para todo o resto da empresa."
Também apoiando o processo está Cher Scarlett, que estava com a Blizzard por um ano. Scarlett alega:
Esse tipo de comportamento vem de algum tempo atrás, quando Stephanie Krutsick explica como ela foi assediada na BlizzCon em 2013. Isso supostamente tomou a forma de um membro sênior da equipe bebendo em eventos de trabalho e, em seguida, tentando beijar colegas do sexo feminino, bem como chamar elas por nomes depreciativos.
O processo alega que ele foi repreendido verbalmente pelo presidente da Blizzard J. Allen Brack em várias ocasiões, mas foi “autorizado” a agir assim com “pouca ou nenhuma repercussão”.
Esses funcionários não falam apenas sobre assédio sexual, mas também sobre o sexismo aparentemente normalizado. Alex Ackerman diz que reduziu seu tempo com a Blizzard logo depois que o estresse resultou em sua queda de cabelo.
Isso se deveu ao fato de seu chefe alegar que ela estava tendo um desempenho insatisfatório, enquanto ela afirma ter evidências do contrário.
Isso é ecoado por Shaynuh Chanel, que diz:
Ela também afirma que ouviu a gerência declarando que uma mulher só tinha seu emprego por causa de sua aparência, e que os funcionários do sexo masculino eram mais bem pagos, independentemente de sua atuação no estúdio.
Essas alegações são apoiadas por Kevin Meier, que falou sobre o abuso que experimentou e testemunhou quando trabalhava como gerente de pessoal em 2012. Várias pessoas ainda na empresa também expressaram apoio, com Christie Golden da Blizzard afirmando: “Eu sou solidária com minhas irmãs de trabalho".
Um grande fã de jogos e filmes dos gêneros Stealth e Ficção-Científica.
Tenho uma paixão imensa pela franquia Metal Gear Solid, na qual considero a minha favorita, porém também sou um grande amante das sagas Halo e StarCraft.