04 situações que você já se deparou com celulares no passado

04 situações que você já se deparou com celulares no passado

De ringtones pagos a baterias substituíveis, relembre algumas situações que já foram corriqueiras com os celuares
#Artigos Publicado por wrplaza, em

O fim da década de 90 e início dos anos 2000 foi fantástico para a finlandesa Nokia. Numa reviravolta histórica, a empresa que começou a fincar suas bases no mercado de celulares nos anos 80, ultrapassou a Motorola e assumiu a dianteira no segmento mobile, alcançando feitos notáveis como a marca de 160 milhões de unidades vendidas do Nokia 3210 em 1999 e emplacando no ano seguinte o sempre lembrado - e que foi inclusive foi relançado há alguns anos numa versão repaginada - um dos clássicos da era “tijolão dos celulares, o Nokia 3310.

Foi justamente nessa época, quando o Nokia 3310 estava “vendendo igual água”, que muitas pessoas - estou nessa lista - tiveram o primeiro contato com um celular. Você também é dessa época? Já parou pra pensar como o mercado de celulares mudou radicalmente em 21 anos? Neste artigo resolvi pinçar 4 fatos que faziam parte da rotina de quem usava um celular em meados dos anos 2000.

Pagar por ringtones

Em meados dos anos 2000 dois elementos estavam sempre na cabeça dos usuários quando o assunto era personalizar o celular: a troca de imagens de fundo, o papel de parede, e conseguir novos ringtones, os toques de campainha.

Por mais maluco que isso possa parecer hoje, diversos serviços cobravam (aliás, era bem caro) por esses toques personalizados. Lembre-se, estamos falando de um momento que limitações do aparelho e até mesmo a baixa disseminação da web tornavam esse tipo de mercado totalmente viável e altamente lucrativo.

As próprias operadoras oferecem ringtones de maneira paga. A TIM, por exemplo, em 2004 tinha uma seleção de 300 ringtones, versões para músicas famosas e até hinos de futebol. Cada ringtone custava entre R$ 1,99 a R$ 3,99.

A Vivo é outro exemplo. Neste mesmo ano, a operadora oferecia o Crazy Tones. Por R$ 2,99, o usuário podia escolher sons aleatórios, como o latido de um cachorro, como toque para o celular.

Atualmente, o número de plays em uma plataforma de streaming como o Spotify e Sua Música, ou views no Youtube, determinam a popularidade de um artista no meio da música, mas, na época dos ringtones, um dos parâmetros mais alardeados pelos artistas era a popularidade de suas músicas como toques de celular. O número de downloads daquela trilha barulhenta que fazia a vez de campainha nestes telefones de mão.

Trocar a bateria

Ainda existe, como o XCover Pro, lançado pela Samsung no ano passado, mas celulares com baterias substituíveis já saíram de moda faz tempo. Alguns defendem que esse conceito precisa voltar a ser a regra do mercado, para que, entre outras coisas, fique mais barato e prático o ato de trocar uma bateria que já não rende tanto quanto no momento em que o aparelho foi comprado.

Um dos principais fatores que faz com que o usuário perca o interesse em seu celular é a queda no rendimento em relação à autonomia da bateria (não confunda isso com vicio de bateria, isso não existe há muitos anos). Devido aos smartphones do formato unibody, todo selado, e o custo para trocar a bateria dos aparelhos neste formato, o ato de descartar um celular e ir em busca de um novo modelo foi potencializado. Situação que era mais maleável na época em que as baterias podiam ser removíveis. Lembro como se fosse hoje meu pai com um daqueles carregadores coloridos na parede com uma bateria carregando, enquanto a outra estava no próprio aparelho

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Era muito comum esse ato de remover a tampa traseira do celular e trocar uma bateria pela outra, ou até mesmo viajar com mais de uma bateria. Além da bateria, também era corriqueiro abrir o celular pra colocar o chip da operadora ou inserir o cartão de memória.

A ascensão de materiais como o vidro e metal e a queda no uso do plástico tornaram a bateria removível um item em desuso.

Nos últimos anos o caso mais emblemático envolvendo um resgate do uso da bateria removível foi com o LG G5, e seu conceito de modularidade. No entanto, essa possibilidade foi totalmente mal-empregada, esteticamente estranha, e contribuiu para o fracasso deste modelo.

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Cabos com padrão proprietário

Padrões proprietários irritam qualquer um. Quando o assunto são cabos essa raiva é potencializada. No passado, essa farra da falta do padrão era ainda mais comum no mercado de celulares.

Nokia, Samsung e Sony Ericsson tinham cabos de carregamento proprietários. Era comum a situação de visitar uma pessoa e não poder compartilhar o mesmo cabo de carregamento do telefone de uma outra marca.

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Embora não fosse uma solução muito segura, nesta época da zona dos padrões era comum encontrar cabos USB e suas bifurcações com diversos tipos de conectores.

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O mais irritante eram os padrões proprietários que eram levemente modificados em relação às soluções mais usuais. Um exemplo é um conector USB proprietário adotado pela LG. Era similar ao Micro-USB mas era 50% maior.

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Teclado T9

Confesso que eu adorava os celulares com teclado físico. Uma das soluções nesse sentido era o Text on 9 keys, oT9. Um agrupamento de caracteres em cada tecla individual e com a característica de adotar o fator preditivo, mostrando e completando palavras com base em um variado dicionário integrado.

Observe o Nokia 3310. Vamos pegar como exemplo a teclado do número 2 do aparelho. Há três letras nela: a, b, c. Para que o b fosse acionado era necessário pressionar a tecla numérica duas vezes; já que na primeira iria aparecer a letra a e no próximo toque a letra b.

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Caso você não tenha utilizado, pode parecer truncado, mas, com um pouco de prática, ficava cômodo digitar um texto com base neste sistema.

O co-criador do T9, Cliff Kushler, também esteve envolvido em outra revolução em termos de interação no mercado de celulares. Ele foi um dos responsáveis por desenvolver o app Swype, que permite inserir textos em aparelhos com tela touch deslizando os dedos pelo teclado, “desenhando” as palavras.

Você lembra mais algumas características marcantes que eram comuns nos celulares? Conta aí pra gente nos comentários.

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William R. Plaza #WrP

Editor-chefe do Hardware.com.br, integrante do staff do GameVicio, e aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Instagram: @plazawilliam

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