Franquias Desaparecidas: Resistance

Franquias Desaparecidas: Resistance

You are the Resistance!
#Artigos Publicado por Billy Butcher, em

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Resistance é uma franquia de jogos de tiro em primeira pessoa em um universo Steampunk, desenvolvidos pela Insomniac Games, e publicado pela Sony Computer Entertainmnet para o console PS3. Alguns títulos Spin-off da franquia também foram desenvolvidos pela Bend Studio, lançados para o PSP e PS Vita.

Originalmente, a franquia foi criada com o propósito de ser a franquia Halo da marca PlayStation. Em 2012, Ted Price, CEO da Insomniac Games, disse ter ficado frustrado pela IP não ter conseguido atingir esse patamar, e que anteriormente, a franquia Resistance tinha o objetivo de conter diversos jogos, sejam paralelos, sejam da linha original do tempo da franquia, com Spin-Offs e outros modelos de jogos, no mesmo modelo de Halo 2, mas após o desastre receptivo pelos fãs em Resistance 2, a franquia acabou sofrendo um baque que até hoje a fez ficar no limbo.

Estúdios da franquia

Sony Computer Entertainment

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A Sony Computer Entertainment (SCE) conhecida hoje como SIE (Sony Interactive Entertainment), é a publicadora, editora e dona da IP Resistance, desenvolvida pela Insomniac Games. Sua sede Europeia contém cerca de 60% da franquia, enquanto os outros 40% pertencem a divisão americana da empresa, que também atuou na parte de desenvolvimento dos jogos da franquia, como em Resistance: Retribution, onde um estúdio First-Party da empresa desenvolveu, o jogo, no caso, a Bend Studio.

Insomniac Games

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Insomniac Games é um estúdio americano de jogos situado em Burbank, na Califórnia. A empresa foi fundada por seu atual CEO, Ted Price, quando ainda se chamava Xtreme Software, e trabalhou anos com a Sony nas franquias Ratchet & Clank, Spyro, e na trilogia Resistance para o PS3.

Em 2013, como parte de alto-independência, a Insomniac Games partiu para novos ares, deixando de lado a Sony e criando FUSE, um jogo Sci-fi de ação em colaboração com a EA. Depois disso, em 2014, a empresa fez uma parceria com o Xbox e a Microsoft Studios, para criar Sunset Overdrive, um exclusivo do Xbox One de ação e aventura de tiro em terceira pessoa muito cômico. Após o retorno da parceria com a Sony em 2016 e 2018, a empresa foi adquirida pela Sony em 2019.

Quanto a Resistance, em 2012, logo após o lançamento de Resistance 3, Ted Price, CEO da Insomniac, anunciou que o estúdio não trabalhará mais na franquia, principalmente pelo fato de que produzir esses 3 jogos foi muito estressante para o estúdios, pelo fato da difícil programação deles para o console PS3 da Sony, e a Sony também não se mostrou mais interessada em criar mais jogos da IP, o que fez ela ficar em hiato até hoje.

Com isso, seu principal criador e diretor, Drew Murray, que também dirigiu Sunset Overdrive e Marvel's Spider-Man, deixou a empresa para se juntar á The Initiative, o novo estúdio do Xbox para produção de jogos na plataforma.

Jogos da franquia

2006 - Resistance: Fall of Man

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Resistance: Fall of Man é um jogo de Tiro em primeira pessoa de Ficção-científica. É primeiro título da franquia Resistance, foi desenvolvido pela Insomniac Games e publicado pela SCE, exclusivamente para o PS3. O jogo foi originalmente apresentado na E3 2005 com uma demonstração quando ainda se chamava I-8, e durante a GDC 2006, seu nome foi alterado para Resistance: Fall of Man, e o principal objetivo da franquia era se tornar o Halo da marca PlayStation.

Antes de partir direto ao ponto do enredo de Fall of Man, temos de dar um pequeno contexto do que acontece antes dos inícios do evento do jogo, que se iniciam em 1900, quando uma raça alienígena semelhante a inseto, conhecida como Quimera, chega à Rússia. Usando tecnologia avançada, eles infectam centenas de civis inocentes e os submetem à evolução artificial, criando um exército diversificado de criaturas que variam de simples soldados a gigantes aranhas.

Em 1949, toda a Europa caiu na Quimera. No ano seguinte, uma vasta força de invasão escava um túnel sob o Canal da Mancha, conquistando grande parte da Inglaterra e deixando apenas bolsões dispersos de resistência humana. Em 1951, os Estados Unidos, apesar de assumirem uma posição de neutralidade no conflito, envia uma força-tarefa para ajudar o Reino Unido como parte da Operação Libertação, que é o ano de início do jogo.

O jogador assume o papel do sargento deste exército, Nathan Hale. No entanto, logo após o desembarque em York, ele e seu esquadrão são emboscados pelas tropas inimigas, que os infectam com o vírus Chimera. Hale, o único sobrevivente, descobre que ele tem uma resistência inata à infecção completa. Em vez disso, ele ganha força e reflexos aumentados, a capacidade de curar instantaneamente ferimentos leves e íris douradas, uma característica comum da Quimera.

Enviado para um centro de conversão de Quimera em Grimsby, Hale conhece a oficial de inteligência britânica Capitão Rachel Parker e a ajuda a escapar. Por sua vez, Parker permite que ele acompanhe as forças britânicas que lançam uma ofensiva em Manchester para recuperar um tanque desaparecido.

Em sua gameplay, seguindo títulos de sua época como Halo 2, Resistance: Fall of Man um sistema de tiro e mecânicas de um jogo de Ficção-Científica, mesmo se tratando de uma trama que se passa no passado de forma Steampunk, e muitos de seus recursos de jogabilidade resultam disso, principalmente as armas, algumas delas são baseadas em armas reais por volta dos anos 50, enquanto outras são futuristicamente alteradas de acordo com o enredo do jogo.

Também existem pontos de habilidade que podem ser ganhos durante a campanha. São concedidos por determinadas ações sugeridas por seus títulos, no entanto, os detalhes específicos não são revelados até que o ponto de habilidade seja realmente ganho. Existem pontos de habilidade genéricos que podem ser obtidos durante um único nível, e alguns são específicos para determinados níveis do jogo. Cada tarefa vale um número diferente de pontos que são usados ​​para desbloquear conteúdo adicional para o jogo.

Fall of Man também possuí componente multiplayer, onde variam de diversas formas, com seu principal modo sendo com até 40 jogadores e 4 jogadores Offline. Existem modos competitivo e cooperativo, baseado captura de bandeira, aniquilação nas quimeras, e outros, além de uma fila dedicada ao modo ranqueado, focado no puro competitivo. Além disso, no Offline, Fall of Man apresenta a possibilidade de jogar em tela dividida em até 6 modos de jogo: Deathmatch, Team-Deathmatch, Capture a bandeira, Breach, Assalto, Meltdown, e Skirmish.

Recebido de forma ligeiramente positiva, Resistance: Fall of Man foi o destaque do lançamento para o PS3, sendo considerado pela crítica e pelos jogadores como um dos melhores títulos de lançamento para um console já criados, seja pela sua evolução gráfica perante vários jogos de mesma época, ou pela sua ousadia em misturar elementos Futuristas/Passados em um modo Pós-Apocalíptico em estilo Steampunk. Mas como nem tudo são flores, também foi questionado um pouco dessa parte, como uma certa falta de fidelidade no universo do jogo, onde acontece algumas cenas incoerentes de acordo com a tecnologia da sua época pra um ano como a década 20.

Mesmo com tudo isso, Resistance: Fall of Man conseguiu registrar uma excelente nota de 86 pela crítica, além de ter vendido 3 milhões de unidades ao longo de sua vida corrida. Não emplacou no mercado como Halo: Combat Evolved fez em 2001, que era objetivo principal da Insomniac e Sony com a IP, mas foi considerada um marco importante dali em diante na vida útil do PS3, que ainda recebeu mais 2 jogos da franquia, além de ter concebido 2 Spin-Offs para PSP e PS Vita futuramente.

2008 - Resistance 2

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Cá entre nós, Resistance 2 não é um jogo ruim, longe disso, até porque ele obteve uma nota maior que o jogo anterior da franquia, mas sua mudança brusca de um jogo de FPS sobre Ficção-científica para um FPS Survival-Horror não foi bem aceita, ainda mais quando há alguns trechos que o jogo se aproxima a uma guerra militar, muito parecido com o CoD: World at War lançado no mesmo ano que ele.

Resistance 2 foi mais uma vez desenvolvido pela Insomniac Games e publicado pela Sony Computer Entertainment, para o PS3. E apesar de uma evolução no quesito enredo e universo, o jogo não foi tão bem aceito pela comunidade de jogadores da franquia, que não aceitaram bem o baque grande que foi essa mudança na jogabilidade de uma sequência para a outra. Falaremos mais a respeito disso ao longo deste bloco.

Em R2, você volta aos papel de Nathan Hale, que agora saí do Reino Unido e vai para o EUA, combater novamente a Quimera, que lançou uma invasão em larga escala das costas leste e oeste. Neste jogo, Hale faz parte de uma força de elite de soldados chamada The Sentinels, que, como ele, está infectada com o vírus Quimeran e deve mante-ló sob controle através da aplicação regular de inibidores.

Em sua gameplay, R2 inclui muitas das armas de Resistance: Fall of Man, bem como novas armas, como o Marksman e uma mini-arma chamada HVAP. As armas são uma mistura de tecnologia humana dos anos 50 e tecnologia alienígena mais avançada. Ao contrário do primeiro jogo, onde não havia limite no número de armas transportadas, o R2 limita o jogador a apenas duas armas em um determinado momento, além de um número mais limitado de granadas.

Resistance 2 também não usa uma barra de saúde na campanha, como usou na primeira, mas usa um sistema de saúde regenerativo automático, pelo qual os jogadores devem ficar fora da linha de fogo para recuperar a saúde. Além disso, há sistemas de customização e melhorias próprias pra cada arma, como um Survival Horror, além de sistemas de inventário para suprimentos, uma das maiores críticas feitas pelos jogadores nesta sequência.

No multiplayer, a sequência trás duas variações. Ambos os modos acompanham o desempenho do jogador, ganhando experiência e levando a benefícios e recompensas, além de atribuir ao jogador um ranking de habilidades. Diferente de Fall of Man, Resistance 2 não oferece coop para a campanha. O modo cooperativo apresenta um modo de campanha separado, definido entre 1952 e 1953, na lacuna na linha do tempo da campanha original. A campanha cooperativa suporta de dois a oito jogadores, assumindo o papel de um grupo de forças especiais chamado Spectre Team.

Como uma evolução do jogo anterior, o modo competitivo apresenta suporte para até 60 (40 no jogo anterior) jogadores durante o modo Skirmish, que permitia o maior número de jogadores em um jogo online do PlayStation 3 no momento do lançamento, mas foi superado em 2010 quando outro título exclusivo do PS3, MAG, foi lançado, onde suportava até 300 jogadores.

Sua história inicia logo após os eventos de Resistance: Fall of Man, Nathan Hale e sua equipe são transportados para um local negro norte-americano na Islândia, mas logo são abatidos pelas forças Quimerianas. Em um movimento desesperado, Blake libera Daedalus, um líder quimérico, ignorando os avisos de que ele não pode ser controlado. Dédalo logo escapa e o SRPA é forçado a abandonar sua base.

Blake então explica a Hale que ele faz parte do Project Abraham, um esforço secreto para criar soldados humanos infundidos com o vírus Quimera, conhecido como Sentinels. Dois anos depois, Hale é promovido a tenente e recebe o comando do Echo Squad, composto pelo sargento Ben Warner, especialista Aaron Hawthorne e o cabo Joseph Capelli, na qual falaremos mais tarde.

Em 15 de maio de 1953, uma armada quimera lança uma invasão dos Estados Unidos, dominando a maioria das cidades povoadas restantes. Entre os alvos está um posto avançado da SRPA em San Francisco, onde Hale está programado para receber tratamento inibidor para evitar que o vírus Chimera o domine completamente. Com Blake fornecendo backup, Hale supervisiona uma evacuação completa e recupera amostras de inibidores para os Sentinels.

Os sobreviventes recuam para o Centro Oeste, onde rastreiam uma Nava Quimeriana danificada até Orick, Califórnia. Roubando um transporte inimigo, Hale embarca no navio e rouba informações enquanto Echo Squad lança explosivos para destruí-ló. Usando as informações, eles descobrem que os quimeras planejam atacar o perímetro de defesa da SRPA em Twin Falls, Idaho. Assim que a frota está pronta para iniciar seu ataque, os Sentinelas ativam duas torres de defesa, resultando em uma barragem de artilharia que interrompe a ofensiva.

Como era uma aguardada sequência após o ótimo jogo anterior, a Insomniac Games e a SCE usaram de um marketing bem agressivo e forte, com campanhas e comerciais de TV com um protótipo de jogo chamado Project Abraham, que é parte da trama da franquia e história dos jogos, o que fez o jogo receber altíssimas expectativas pela comunidade do PlayStation.

Lançado em novembro de 2008, na mesma data de Gears of War 2 da Epic Games para o Xbox 360, Resistance 2 foi recebido de forma muito positiva pela crítica e de forma mediana pelos jogadores. A crítica gostou das grandes mudanças implementadas na gameplay e na forma que transformaram o jogo em um Shooter Militar/Survival-Horror, mas a comunidade não gostou, principalmente porque os elementos de Ficção-científica eram o ponto alto da franquia, e isso foi tremendamente diminuído na sequência. No fim, Resistance 2 obteve uma média de 87, e vendeu cerca de 2 milhões de unidades, uma média acima do jogo anterior, porém vendas piores que ele.

A partir daqui, a franquia conseguiu escalar novamente para o sucesso crítico e da comunidade, mas após R2, todos os outros jogos da franquia tiveram vendas muito abaixo de R2 e Fall of Man, muito devido ao Resistance 2 em específico, pela sua drástica mudança e direção na franquia, e pela morte do principal protagonista da franquia nesse jogo, Nathan Hale, e que agora, nos futuros jogos, controlaremos Joseph Capelli e James Grayson, que foram apresentados na história de R2.

2009 - Resistance: Retribution

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Resistance: Retribution é um Spin-off da franquia, que diferente dos dois jogos anteriores, abandona o formato FPS para se tornar TPS (Tiro em Terceira Pessoa). O jogo foi lançado poucos meses depois de Resistance 2, foi desenvolvido pela Bend Studio com supervisão da Insomniac, e publicado pela SCE para o PSP. No jogo, o protagonista é James Grayson, um tenente da British Royal Marine, apresentado em Resistance 2.

A trama de Retribution se dá inicio dois meses antes da torre central das Quimera em Londres ser destruída e seus exércitos serem derrotados na Grã-Bretanha, o Tenente da British Royal Marine, James Grayson, encontra seu irmão Johnny parcialmente convertido em uma quimera, enquanto em uma missão para destruir um dos centros de conversão quiméricos. Grayson segue relutantemente o protocolo relativo a soldados infectados e mata Johnny, mas isso faz com que ele sofra um colapso nervoso e deserte suas tropas, liderando sua própria vingança pessoal contra as Quimera. Depois de destruir 26 centros de conversão, Grayson é capturado pelos britânicos e levado a julgamento por crimes capitais, onde é sentenciado à morte por deserção.

Na noite anterior à sua execução, Grayson é visitado pelo tenente Raine Bouchard, membro do movimento de Resistência europeu continental conhecido como Maquis, que oferece uma indenização a Grayson em troca de sua ajuda e conhecimento em centros de conversão. Grayson é inicialmente relutante, mas fica mais interessado quando descobre que Bouchard e seu pai estão desenvolvendo um soro para combater o vírus Quimera. Grayson concorda com o acordo, embora ele exija a jaqueta de seu irmão como uma condição extra, e é libertado como um mercenário contratado pelos Maquis.

Na jogabilidade de Resistance: Retribution, o sistema de mira é projetado de maneira diferente. Em vez de pressionar os botões para travar a tampa, ele trava automaticamente o jogador para cobrir quando ele se aproxima da tampa. A assistência à mira, como observado em Resistance: Fall of Man, também está presente em Retribution, o que foi um retorno as origens. Retribution apresenta novos armas e ambientações, bem como uma barra de vida sem reabastecimento.

Além disso, o jogo oferece partidas multiplayer online para 8 jogadores com modos que incluem Team Deathmatch, Capture the Flag, Conttainment, Free For All e Assimilação. Estes 5 modos são parte dos 7 modos presentes em Resistance 2, porém dessa vez retrabalhados para o formato de Third Person Shooter, e também ajustados para uma gameplay mais próxima de Fall of Man, do que a de Resistance 2. Seu suporte deve duração de 6 anos no mercado, sendo oficialmente encerrados em Maio de 2015.

Resistance: Retribution foi bem recebido pela crítica, o jogo foi elogiado pela sua trama mais próxima ao que víamos em Fall of Man, além da mudança de FPS para TPS ter sido bem encaixada e apresentar elementos únicos de gameplay que só essa câmera poderia oferecer, mostrando que não foi uma mudança simplesmente por fazer, e sim algo com propósito e bem construído. O jogo obteve uma média de 80 pelos críticos, e vendeu 1.3 milhões de unidades, se configurando como o título da franquia mais rentável no portátil.

2011 - Resistance 3

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Com Resistance 3, a Insomniac Games elevou todos os patamares de construção narrativa e de ambientação em um Shooter de Ficção-Científica de Terror. O jogo retorna ao formato anteriormente visto na franquia no primeiro título, agora com um novo protagonista, Joseph Capelli, parente de Nathan Hale, que foi apresentado em Resistance 2. Foi publicado pela SCE, lançado para o PS3, e foi o jogo despedida da Insomniac para a franquia.

Temos que falar mais por partes deste soberbo título. Nos termos de Direção Narrativa, ele funde o que há de melhor em Fall of Man e Retribution, com amplos e densos momentos de sobrevivência num ambiente de Ficção passada com tecnologias avançadas, o Steampunk, ao mesmo tempo que contém grandes momentos de ação como um Shooter Militar e Survival Horror trazidos de R2, porém de forma reduzida e bem trabalhada dessa vez, servindo como cortesia para o desenvolvimento de sua história, se tornando fórmula perfeita que a franquia sempre precisou.

O jogo mantém principalmente a mesma mecânica de FPS que seu antecessor, embora com várias mudanças. A roda da arma e a barra de vida do primeiro jogo da franquia retornam. Também existem novos objetos ambientais, como plantas de quimera, que explodem quando atingidos. O jogo vê uma mistura de armas novas e antigas. As armas de retorno incluem o Bullseye, Magnum, Rossmore, Auger, Marksman e Carbine. Novas armas incluem o Mutator, que dispara uma névoa biológica que faz com que os inimigos explodam, causando dano por respingos, o rifle sniper Deadeye e um novo explosivo à base de lata de comida, a granada de estilhaços, que libera uma chuva de unhas quando explode.

Resistance 3 apresenta, assim como os outros títulos da franquia, um componente multiplayer competitivo online para 16 jogadores, com os mesmos 5 modos de jogos de Resistance: Retribution. Além disso, o modo cooperativo, no qual os jogadores podem se juntar para jogar no modo história, online ou em tela dividida está de volta, o que era um dos maiores pedidos de retorno da franquia, dando um belo gosto nostálgico de Fall of Man.

Indo para o enredo do jogo, Resistance 3 inicia no ano de 1953, logo após a morte do tenente Nathan Hale, o cabo Joseph Capelli, o único membro remanescente dos Sentinelas, é desonrosamente dispensado por executa-ló, apesar de o ter feito por ter se transformado em quimera. Quatro anos depois, Capelli, agora casado com uma mulher chamada Susan Farley, vive com uma comunidade de sobreviventes em Haven, Oklahoma.

Apesar de seus melhores esforços, eles são descobertos pelas forças Quimerianas, que lançaram um genocídio em larga escala contra a raça humana, agora que seu vírus pode ser curado. Capelli e sua companhia de milícias lutam contra os atacantes, mas não antes de convocar uma enorme plataforma de terra em formação para destruir a cidade. Enquanto se prepara para a evacuação, Capelli encontra o Dr. Fyoder Malikov, que explica que os quimeras abriram um buraco de minhoca no meio de Nova York como parte de seu plano de congelar permanentemente o planeta e torna-lo inabitável para a humanidade. Capelli se recusa a ajuda-lo, mas sua esposa pede que ele reconsidere, pois o filho deles é fraco demais para sobreviver a um ambiente tão severo.

Esse clima de impotência, densidade do terror, misturados com os elementos de Ficção científica e cenários Steampunk dão ao Resistance 3 uma imersão que até então a franquia nunca conseguiu entregar completamente, exceto em Fall of Man. Seu desenvolvimento de personagens e construção do mundo foram muito bem aproveitados, com momentos de cinematografia bem colocados, e uma ação que não é desenfreada, não sendo estratégica, mas de forma como um Survival Horror mais aberto ao público, com cenas brutais e bem colocadas como os jogos de reboot da franquia Wolfenstein em 2014 e 2017, por exemplo.

Sua trilha sonora foi composta Boris Salchow, que compôs muito das músicas de Killzone 2, Gears of War 2 e Call of Duty: Black Ops Zombies, com faixas de música que escalam desde tons mais baixos e assustadores com piano e violão, até músicas mais eletrizantes com guitarra e bateria, dando um misto de sentimentos que se encaixam perfeitamente ao longo de sua trama, e também dão mais contexto ao Multiplayer do jogo, que é mais atípico e com mais adrenalina que o de Resistance 2.

No fim, Resistance 3 foi considerado pela crítica e mídia no geral como o melhor jogo da franquia, com apenas algumas quedas perante o grandioso Resistance: Fall of Man. O novo motor gráfico da Insomniac Games usado no jogo deu um contexto e imersão únicos, com física e destruição de cenário avançados, além de expressões faciais ótimas, com uma Gunplay pesada e mais realista para o jogo. Com uma média de 85 pela crítica, Resistance 3 acabou não emplacando nas vendas, que muito devido a desastrosa recepção dos fãs com R2, acabou obtendo apenas 1.7 milhões de unidades.

Outro fator que acarretou as vendas do jogo, é que assim como Resistance 2, foi lançado na mesma data de sua franquia rival, Gears of War, com R3 lançando na mesma semana de Gears 3 dessa vez, uma data que, segundo Ted Price, CEO da Insomniac, foi pedida pra ser alterada, mas a Sony preferiu não alterar para não atrapalhar o lançamento de Uncharted 3, que era o maior título da empresa para 2011, tornando o título não muito conhecido pela comunidade, mesmo com sua qualidade excelente.

2012 - Resistance: Burning Skies

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O capítulo mais fraco da franquia, felizmente esquecido por muitos. Resistance: Burning Skies foi anunciado durante a Conferência da Sony durante a Gamescom 2011 como título exclusivo para o PS Vita, uma experiência única da franquia em FPS para portáteis, que diferente de Retribution no PSP, foi um TPS. Este título foi desenvolvido pela Nihilistic Games, e publicado pela SCE, sendo o primeiro título da franquia sem envolvimento nenhum da Insomniac, e último título da franquia até hoje.

A trama do jogo inicia com Tom Riley, juntamente com o Engine 174, dirigindo por Staten Island. Eles chegam a uma usina elétrica em chamas. Eles entram na estação e Tom é separado de seus colegas bombeiros depois de cair acidentalmente nos níveis mais baixos da estação através de um piso quebrado. Enquanto Tom volta, ele vê um dos bombeiros sendo atacado e morto por Longlegs. Tom é forçado a sair da estação e resgatar um de seus colegas bombeiros.

Uma vez lá fora, Tom descobre que a invasão quimera está em pleno andamento. Riley, em seguida, percorre a cidade, eventualmente recebendo uma transmissão pedindo para ajuda-lo na evacuação. Tom segue as instruções dadas pela transmissão, eventualmente encontrando uma mulher chamada Ellie Martinez, a líder do auto-intitulado Minutemen. Com o apoio de Ellie e seu aliado Mac, Tom abre caminho para uma ponte na estrada, onde Tom se reúne com sua esposa, Natalie, e sua filha Rachel.

Sua trama é bastante criticada pela generalidade apresentada em mais um título de First Person Shooter (FPS), muito assimilada a títulos mais fracos de guerra moderna ou guerra pós-apocalíptica, sem dar muito embasamento aos fatos com o passar que eles vão acontecendo, tornando os personagens sem vida e não bem aproveitados.

A gameplay no entanto, é boa de se jogar, traz o de melhor de Resistance 2 que é variedade de armas e escolhas de alterações nos equipamentos, de maneira complexa e bem ajustada. Mas voltamos ao território sórdido, onde apesar da qualidade desse segmento, é algo que os fãs da franquia não gostaram e até hoje não gostam, então por mais que nesta parte o jogo tenha sido bem construído, não conseguiu agradar a massa comunidade da franquia.

Quanto a Trilha Sonora, podemos dizer que Burning Skies contém músicas muito bem colocadas, principalmente graças ao compositor Jason Graves, com faixas de orquestra e de musicais, expressando o grande trabalho que o compositor contém no título, que apesar de mediano, apresenta músicas memoráveis como a Quimera's Divinity.

Burning Skies obteve uma média de 60 pelos críticos, criticando principalmente sua trama não agradável e ser um título um tanto curto comparado com Resistance: Retribution no PSP. Também foram relatados grandes problemas de otimização e performance do jogo, onde foi observado que faltou tempo para dar mais polimento ao jogo. Suas vendas foram estimadas em 400.000 unidades até o final de 2012, sem mais dados revelados pela Sony.

Uma coleção com os 3 jogos da franquia para PS3 foram lançadas em maio do mesmo ano de Burning Skies, incluindo DLC's, Skins adicionais e Conteúdos adicionais, sendo desenvolvida pela SIE Santa Monica e lançadas em Maio de 2012 para o PS3, e após este lançamento, a Sony Computer Entertainment veio anunciar que a franquia estava oficialmente em hiato.

Motivos que levaram a pausa na franquia

Sendo uma franquia de primeiro escalão do PlayStation 3, como citei no início do artigo, Resistance veio com a missão de ser a franquia de FPS definitiva do PlayStation, com vários títulos principais destinados aos consoles de mesa, além de Spin-offs para os portáteis. Grande parte disso aconteceu, com os 3 títulos para PS3 e os 2 para PSP e Vita, mas eram estimados muito mais jogos além destes, e anteriormente, Resistance ganharia um filme com adaptação própria para um jogo no PS4, planos da Insomniac que acabaram sendo frustrados após os problemas de Resistance 2.

Muitos dos fãs da franquia ainda pedem pelo seu retorno, com uma Coleção para PS4, um Remake de Fall of Man, ou um Resistance 4, mas até agora nada foi dito pela Sony sobre um possível retorno da franquia, principalmente após a criadora original dos jogos da franquia ter perdido os Diretores Criativos e criadores da franquia alguns anos depois de Resistance 3.

No entanto, a Insomniac Games foi adquirida pela Sony em 2018, sendo agora parte fundamental da Worldwide Studios, e como a Sony é dona da IP, resta torcer para uma das partes voltar a ter interesse na produção desses jogos, e claro, se os fãs ávidos da série também pedirem muito pelo seu retorno, de certo que eles poderão falar algo a respeito.

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E este foi o segundo episódio de Franquias Desaparecidas galera. Quando tive a ideia de falar sobre a franquia Resistance, quis re-entrar inteiramente no mundo da IP, que é uma das minhas trilogias favoritas do PS3, perdendo somente para Uncharted que é meu queridinho. É uma saga com muito potencial, e pessoalmente, considero ela com um universo e capacidades maiores de crescer do que Killzone, também FPS, porém futurista. Ainda torço para um dia ela retornar, e por ser um apreciador dos jogos da Insomniac, espero que ela tenha vontade de retornar a este mundo.

Espero que tenham gostado, e já sabem, fiquem bem e seguros em casa, e Até a Próxima.

-Billy.

Billy Butcher
Billy Butcher #BillyButcher

Um grande fã de jogos e filmes dos gêneros Stealth e Ficção-Científica.

Tenho uma paixão imensa pela franquia Metal Gear Solid, na qual considero a minha favorita, porém também sou um grande amante das sagas Halo e StarCraft.

Moderador do Site, Volta Redonda, Rio de Janeiro
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