Especial | Final Fantasy Tactics

Especial | Final Fantasy Tactics

Uma homenagem a esta obra prima do gênero Estratégia
#Artigos Publicado por Akuma, em

Um dos gêneros que infelizmente anda meio esquecido nos dias atuais é o gênero de Estratégia por Turno. A Microsoft parece que ainda dá algum valor para ele, com dois títulos de Halo Wars já lançados, além do Gears Tactics, que chegará dia 28 de Abril de 2020. Também temos Valkyria Chronicles, Disgaea, e talvez o maior expoente dessa época, XCOM (apesar de eu simplesmente não suportar XCOM, para mim ele falha em diversos aspectos importantíssimos do gênero). Porém, não é um tipo de jogo que conta com o mesmo prestígio de outrora. Hoje em dia esses jogos mais “parados” perderam força no cenário. É complicado convencer um jovem mais novo a dar uma chance, ainda mais com tantos títulos frenéticos disponíveis. Porém eu sinto falta da abundância que esse estilo tinha antigamente. E principalmente, sinto falta do meu jogo preferido de toda a minha vida. Eu não sou lá o cara mais decidido do mundo. É muito difícil eu elencar em ordem minhas coisas preferidas. Não consigo decidir minha comida preferida, filme preferido, música, lugar, etc. Porém jogo preferido é relativamente fácil para mim decidir. E hoje eu vou tentar explicar, e convencer quem ainda não jogou, o motivo de Final Fantasy Tacticis ser não apenas o melhor Final Fantasy em minha opinião, como também é o jogo da minha vida. Senhoras e senhores, com vocês, Final Fantasy Tactics.

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Eu devia ter uns 10 ou 11 anos, e tinha acabado de ganhar meu Playstation 1. Na época todo mundo aqui já tinha o Playstation 2 (era 2004 ou 2005) mas eu não importava taaaanto assim. O PS1 me cativava bastante. Eu ia muito na casa de amigos que tinham PS2 ou PC, e um deles tinha um bom PC, mas sempre estava jogando o mesmo jogo. Parecia um “joguinho” de xadrez, com bonecos cabeçudos, que ficavam parados, esperando ser atacados. Não fazia sentido pra mim. Eu sempre pedia pra ele tirar esse jogo e colocar outro pra eu e ele jogar no PC.

Certa vez ele pediu para eu jogar uma partida daquilo, e me explicou o básico. Na altura eu já sabia que era um título da saga Final Fantasy, eu jogava o 7 na época, mas eu não ligava pra ele justamente por achar parado demais. Pois bem, eu simplesmente me apaixonei no jogo, e devo ter jogado umas 6 fases do jogo, cada vez mais encantado com aquilo. Ele jogava FFT por um emulador, e pedi pra ele gravar o CD pra mim jogar no PS1, e combinei de no outro dia eu ir levar o CD pra ele usar o bom e velho Nero Burning (Ou Alcohol 120% kkkk) pra gravar minha cópia (pirataria rolava solta mesmo). Pois bem, eu SONHEI com esse jogo, e eu estava desesperado para o outro dia chegar logo só pra eu poder gravar minha cópia e ir pra casa. Pois bem, fiz isso, e por uns dias eu até sumi da casa dele.

Final Fantasy Tactics foi o jogo que abriu as portas do gênero para mim. Ele funciona como um jogo de tabuleiro, em que cada personagem é uma peça única, com poderes e habilidades completamente diferentes um dos outros. Alie isso com uma das melhores histórias da saga, personagens extremamente carismáticos, trilha sonora épica, sistema de combate extremamente refinado, um sistema de jobs que sinceramente é um dos melhores que já vi, e o resultado é aquele que eu considero o melhor Final Fantasy de todos os tempos.

Sinopse

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Final Fantasy Tactics: War of the Lions é um jogo eletrônico RPG tático desenvolvido e publicado pela SquareSoft para o PlayStation. Foi o primeiro jogo da subsérie Final Fantasy Tactics, sendo lançado no Japão em junho de 1997 e nos Estados Unidos em janeiro de 1998. O jogo combina elementos temáticos da série Final Fantasy com um motor de jogo e sistema de batalha diferente do que havia sido feito anteriormente na franquia. Tactics usa um campo de jogo tridimensional, isométrico e rotacionável.

O jogo conta com trilha sonora composta pelo gênio Hitoshi Sakimoto, compositor de alguns títulos da série Final Fantasy, Tekken, Digimon World, Bloody Roar, e Breath of Fire, além de Masaharu Iwata, compositor de Final Fantasy XII.

O jogo se passa em um reino medieval chamado Ivalice (mesmo mundo em que se passa Final Fantasy XII e Vagrant Story), após a derrota da nação na Guerra dos Cinquenta Anos. O reinado se encontra dividido por linhas de nobreza, onde as grandes famílias nobres como a Casa Beoulve, governam desimpedidas sobre as massas de camponeses. Essas classes aristocráticas detém grande parte do poder real do país, com seus lordes governando diretamente as províncias de Ivalice como se fossem seus feudos enquanto a monarquia é cada vez mais enfraquecida pelas crescentes intrigas.

A verdadeira detentora do poder em Ivalice é a Igreja de Glabados — baseada na divindade do messiânico Santo Ajora Glabados — e seu braço militar: os Cavaleiros Templários. Através de manipulação e conspiração, a Igreja controla a todos por trás das cenas para criar desordem em Ivalice e subjugar os poderes seculares. Contudo, as conspirações da Igreja na verdade tratam-se apenas de uma fachada para um plano muito mais sinistro que ameaça até mesmo a existência de todo o reino.

Dois exércitos independentes, a Ordem Celeste do Norte liderada pelo Duque Bestrald Larg, irmão da rainha Louveria Atkascha, e a Ordem Celeste do Sul liderada pelo duque Druksmald Goltanna, são forças rivais que lutam pelo controle da monarquia; ambas na esperança de obter a posse das crianças sucessoras do Rei Ondoria Atkascha III e usá-las como marionetes para governarem Ivalice. O Rei possui dois sucessores: sua meia-irmã adolescente, a princesa Ovelia, e seu filho recém-nascido, o príncipe Orinus Atkascha. A princesa, refugiada no Mosteiro Orbonne, é o alvo das forças Celestes do Norte.

Ramza, um mercenário sob o comando do ganancioso Goffard Gaffgarion, é contratado para proteger Ovelia em conjunto com os guarda-costas dela, que são liderados por Agrias Oaks. Os mercenários e os guarda-costas derrotam as forças enviadas pelo Céu Setentrional; contudo, a princesa é sequestrada por Delita Heiral, antigo amigo de Ramza. Quando Ramza vê Delita, inicia-se um longo flashback que toma grande parte do primeiro capítulo do jogo.

A partir disso, a história começa a se desenrolar bastante, com tramas políticas dignas de Game of Thrones, além de também ter tons de sobrenaturalidade, com artefatos mágicos baseados no zodíaco que transforma o seu usuário em verdadeiros monstros.

Jogabilidade

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O jogo é por turnos, e as batalhas ocorrem em cenários limitados, sendo delimitados por quadrados. Cada personagem tem uma movimentação única baseada em sua classe. Algumas classes podem andar mais quadrados por turno, tendo uma movimentação maior na batalha, enquanto outras possuem uma mobilidade menor. No seu turno você tem direito a dois movimentos: Andar (escolhendo pra onde no mapa você quer ir), e alguma Ação (Atacar, Defender, Usar Item, etc). A ordem dos turnos é baseada na Velocidade que cada personagem possui. Lembrando que tanto faz a ordem. Você pode primeiro atacar alguém do seu lado e depois sair de perto dele, ou o inverso. Lembrando que cada ação tem uma consequência quase que imediata. Ficar com um personagem isolado ao redor de vários inimigos é pedir para aquele personagem servir de saco de pancada para IA do jogo, que por sinal, é excelente. Quando um personagem cai em batalha, você tem somente 3 turnos para poder ressuscitar ele, caso contrário ele morre para sempre, e todo o trabalho que você investiu nele será perdido.

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Jobs

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O jogo contém um amplo sistema de classes, que no jogo é chamado de Jobs. Isso nada mais é do que a classe que aquele personagem irá exercer na batalha. Elas não são fixas, e você é livre para mudar o Job dos seus personagens a qualquer momento entre as batalhas. Os Jobs vão evoluindo, desbloqueando habilidades dentro da árvore de skill relativo a ele, e conforme você pega level em cada job, outros Jobs vão sendo desbloqueados. Por exemplo, um personagem que é ninja nível 3 e já foi um alquimista nível 5, libera um outro job, etc. Esse sistema é muito dinâmico, e você vai se flagrar testando inúmeras combinações distintas. As classes disponíveis são: Recruta, Alquimista, Cavaleiro, Arqueiro, Lanceiro, Geomancer, Mago Branco, Mago Negro, Mago do Tempo, Monge, Ladino, Orador, Summoner, Ninja, Calculista, Bardo, Mímico, Cavaleiro Negro, Onion Knight, Cavaleiro Sagrado, Engenheiro, Cavaleiro Celestial, Cavaleiro Infernal, Cavaleiro Divino, Cavaleiro Templário, Cavaleiro Santo, Soldado (sendo ele o Cloud de FF 7), Pirata do Céu e Caçador. Por aí já dá para ter uma pequena noção do tamanho do jogo. Além de todos esses, existem outros que não são jogáveis.

Além de tudo isso, o jogo é difícil, e conta com uma grande dose de desafio. Seus movimentos errados ou impensados serão punidos facilmente. Por isso é muito importante pensar bem em cada movimento. Cada inimigo tem forças e fraquezas em relação a você de acordo com seu Job e também seu signo. Sim, isso mesmo. É necessário no início do jogo que você escolha a data de nascimento do seu personagem principal. Certas classes e poderes possuem vantagens e desvantagens de acordo com o signo, e o mesmo vale para seus outros personagens e inimigos. É comum antes de começar a batalha você ver cada inimigo humano, olhar os detalhes dele tais como level, signo, velocidade etc. Além disso, praticamente sempre você estará em desvantagem numérica. Isso é ótimo, e é normal cada batalha durar entre 10 minutos até mesmo 40 minutos. É necessário ser cuidadoso.

Legado

Final Fantasy Tactics gerou uma legião de fãs que até hoje clamam por uma sequência. O jogo recebeu uma versão melhorada e expandida para o PSP chamada de Final Fantasy Tactics Advance, com sua sequência Final Fantasy Tactics A2: Grimoire of the Rift sendo lançada em 2007 para o Nintendo DS.

Final Fantasy Tactics vendeu quase 825.000 cópias no Japão no primeiro semestre de 1997 e terminou o ano com quase 1,24 milhão de cópias vendidas. Desde então, o número total de cópias vendidas no Japão atingiu aproximadamente 1,35 milhão. Nos Estados Unidos, chegou a uma venda estimada de 750.000 unidades a partir do ano de 2004. Em 31 de março de 2003, o jogo havia enviado 2,27 milhões de cópias em todo o mundo, sendo 1,36 milhão dessas cópias no Japão e 910.000 no exterior. Desde então, eu sonho com um novo jogo inteiramente feito para os consoles de mesa.

Por enquanto, para matar a saudade do gênero, eu indico fortemente Tactics Ogre, Stella Deus, Valkyrie Profile e Disgaea.

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Então é isso pessoal. Depois de uma pequena pausa na escrita e colaboração, decidi voltar com esse mini artigo desse jogo que mora em meu coração. Não quis fazer com que ele fosse muito extenso, a intenção aqui é somente apresentar ele para quem nunca jogou, e também matar a saudade daqueles que jogaram essa obra prima. O jogo está disponível para dispositivos móveis hoje em dia, portanto é bem facinho jogar ele, plataforma disponível é o que não falta. Obrigado a todos que leram até aqui, boa semana para todos, e melhoras também, essa crise vai passar =)

Akuma
Akuma #TelaBrancaDoAkuma

Jogador desde criancinha, e assim será até a velhice.

Colaborador do Site, Curitiba
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