Criações no Dreams poderão virar jogos independentes

#Notícia Publicado por Kang-O_Conquistador, em .

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Depois de passar por um período de testes por um bom tempo, na sexta-feira passada (14) a Media Molecule finalmente lançou para o PlayStation 4 aquele que vinha

sendo tratado como o seu projeto mais ambicioso, o Dreams. Podendo ser descrito como um sistema de criação de jogos, com ele o usuário pode desenvolver games ou experiências interativas dos mais variados tipos, com a criatividade sendo o limite.

Tamanha liberdade tem feito com que o título esteja sendo bastante elogiado tanto pela mídia especializada quanto pelo público, fazendo dele um dos principais candidatos a melhor jogo do ano. É natural portanto já começarmos a imaginar o que poderá estar reservado para o futuro deste novo sucesso dos criadores do LittleBigPlanet e sobre isso quem falou foi o cofundador do estúdio, Mark Healey.

Ao conceder uma interessante entrevista ao site Video Games Chronicle, o sujeito que também responde como diretor criativo do Dreams revelou dois desejos em relação a ferramenta, se é que podemos chamá-lo assim: despertar o interesse das pessoas em relação a criação de jogos, assim como o Commodore 64 fez lá na década de 80; e permitir que algumas ideias criadas pelos usuários possam ser vendidas pela loja do PS4.

"Uma das coisas óbvias [quanto às nossas ambições], eu acho - isso seria um pequeno update, se você quiser - uma das coisas óbvias que acho que poderíamos fazer sem muito esforço é escolher alguns dos conteúdos que sejam brilhantes e fazer o possível para lança-los como produtos independentes e colocá-los na PSN Store. Isso daria uma história fantástica e mostraria como a comunidade se desenvolveu num período tão curto de tempo. Acho que já existem coisas lá que estão perto de estarem dignas da PSN, então tenho certeza de que irá acontecer, eu farei acontecer."

Healey afirmou que no momento eles estão conversando com a Sony para saber como poderiam tornar isso realidade, pois como ele explicou, existe toda uma questão legal por trás da ideia. O problema estaria em como eles poderiam remunerar as pessoas que criaram tais jogos usando o Dreams e além disso, a Media Molecule teme que ao envolver dinheiro na brincadeira, ele poderia acabar com a sensação de compartilhar e colaborar sobre a qual o Dreams foi pensado.

Por fim, o game designer ainda defendeu que de certa forma algumas pessoas já estão faturando com o jogo através de vídeos no Youtube, com elas publicando timelapses dos seus processos de criação de jogos completos. Segundo Healey, seria algo parecido com o que Bob Ross fazia na televisão nas décadas de 80 e 90.

Tirando toda essa parte burocrática, acho a ideia muito bacana e se antes eu já acreditava que um título como Dreams tinha o poder de fazer com que muitas pessoas se interessem pela criação de jogos, a possibilidade delas lucrarem com isso poderia servir como um belo incentivo.

É claro que um leigo teria poucas chances de ver seu criação ser escolhida para aparecer na PSN, mas nós já vimos pessoas criarem títulos muitos bons (ou pelo menos com conceitos interessantes) já nas suas primeiras tentativas e mesmo que o idealizador de um bom conceito não saiba como colocá-lo em prática, nada o impediria de contar com a ajuda de outras pessoas para tocar o projeto.

Enfim, pode ser que os planos da Media Molecule de vender o que tem sido criado dentro do Dreams nunca se concretize ou que não seja por causa dele que veremos o surgimento de um novo Shigeru Miyamoto, mas se você quiser ter uma noção de como as pessoas tem utilizado esse sistema de criação de jogos, dê uma olhada no vídeo abaixo:

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Kang-O_Conquistador
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