Após financiamento fracassado, CEO diz que Meizu Zero foi uma "pegadinha"

#Notícia Publicado por macmi, em .

Segundo o CEO da companhia, financiamento coletivo do Meizu Zero, o celular sem entradas foi lançado por uma "bagunça" do Marketing

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O Meizu Zero, o smartphone que não teria nenhum tipo de entrada física nem nasceu e já MÓR-REU: após sua campanha de financiamento coletivo ter fracassado de modo espetacular, o CEO da fabricante chinesa afirmou que o lançamento do gadget para o consumidor final nunca foi considerado a sério.

Apresentado no fim de janeiro, o Meizu Zero seria o suposto resultado de dois anos de desenvolvimento da Meizu, culminando num aparelho sem nenhum tipo de porta ou entrada.

Os botões Power e os controles de volume foram substituídos por sensores capacitivos; o som seria transmitido pela tela, eliminando as saídas do alto-falante; o sensor biométrico estaria sob a tela; e ele contaria com carregamento por indução de modo a eliminar a porta USB-C (transferência de arquivo? Apenas pela web, Bluetooth ou outros meios).

A entrada para cartões microSD também fora eliminada, contando apenas com armazenamento interno, e ele também usaria um cartão de operadora eSIM virtual, no lugar dos SIM tradicionais. Os quatro únicos e minúsculos furos, presentes na parte inferior e superior seriam dedicados aos microfones do Meizu Zero.

Por dentro, o Meizu Zero contaria com um Snapdragon 845 e memória RAM LPDDR4X, sem informar a quantidade.

A Meizu abriu uma campanha de financiamento coletivo no site IndieGoGo, pedindo a exorbitante quantia de US$ 1.299 por aparelho, ou US$ 3 mil por uma versão exclusiva e limitada; considerando que não foram dados maiores detalhes sobre suas especificações, e por trazer um processador de 2017, tal valor é um tanto alto, mesmo considerando o fator novidade.

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A campanha, cuja meta era de US$ 100 mil foi aberta no dia 30 de janeiro, e recentemente chegou ao fim; foram arrecadados apenas US$ 45 mil, e apenas 29 curiosos endinheirados compraram o Meizu Zero. Um fracasso retumbante.

Como a situação ficou ridícula, o CEO da Meizu Jack Wong veio a público tentar explicar a situação. Em uma postagem (em chinês) no fórum da empresa, o executivo disse que tudo não passou de uma grande confusão causada pelo departamento de Marketing, que teria metido os pés pelas mãos ao anunciar um projeto de P&D como produto final, quando ainda não o é, ou nem viria a ser um dia.

Nas palavras dele:

"O smartphone sem entradas é apenas um projeto em desenvolvimento do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, e nós nunca tivemos a intenção de produzi-lo em massa (...). O financiamento coletivo foi apenas nosso departamento de Marketing bagunçando tudo."

A questão é que não dá para saber saber qual é a verdade. A divulgação e lançamento da campanha de financiamento coletivo do Meizu Zero ter sido uma trapalhada gigantesca é possível, ainda que tremendamente improvável, mas o mais plausível é que Wong tenha acionado o modo Controle de Danos, mandando um "foi brinks, galera!" e jogando na culpa no Marketing, de modo disfarçar o hilário fracasso da campanha de crowfunding.

Afinal, apenas 29 compradores é ridículo até perto dos absurdos US$ 32 milhões que a Canonical, que não é exatamente uma ONG, pediu para financiar o Ubuntu Edge.

Bully Maguire
Bully Maguire #macmi

E quem disse que isso é problema meu?

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