Epic para de exibir comerciais no YouTube após escândalo envolvendo crianças
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A Epic Games suspendeu temporariamente a exibição de anúncios no YouTube, decisão tomada após notícias que seus vídeos estavam sendo vinculados a vídeos que gente mal intencionada utilizava para atrair crianças.
De acordo com o The Verge a Epic está parando com os pre-roll ads (aqueles comerciais que passam antes do início do vídeo) e contatou a sua empresa mãe, a Google, "para que tomasse ações cabíveis para eliminar esse tipo de conteúdo dos seu serviços."
A polêmica está girando em torno do algoritmo de recomendação do YouTube que aparentemente está facilitando este tipo de comunicação entre predadores, seja através de contas "fantasmas" ou por meio das seções de comentários de vídeos voltados ao público infantil. Este problema foi destacado por Matt Watson no início desta semana na rede social, Reddit, e foi explorado mais profundamente pelo The Verge.
"O algoritmo de recomendação do YouTube está facilitando que pedófilos tenham a habilidade de se conectarem uns aos outros, trocando informações de contato, e linkando material explícito infantil real nos comentários," explica o post original de Watson. "Consigo obter acesso de forma consistente a partir do vanilla, a contas nunca utilizadas em vídeos inocentes em menos de dez minutos, em alguns casos em menos de cinco clicks."
Por exemplo, esses vídeos apresentavam comentários de predadores que compartilham marcadores de tempo destinados a sexualizar uma criança em um vídeo, que por sua vez não é considerado conteúdo impróprio por si só. Como esses vídeos são triviais e, além do resultado dado pelos predadores comentados, apropriados para publicidade nos requisitos do AdSense do YouTube, anúncios de coisas como o Fortnite são veiculados antes do início do vídeo.
"Qualquer conteúdo - incluindo comentários - que ponham em risco menores é repugnante e temos políticas claras que proíbem isso," disse um porta-voz do YouTube ao The Verge. "Há muito a ser feito, e continuaremos a trabalhar para melhorar e detectar esses tipos de abuso mais rapidamente."
Confira a matéria completa no The Verge
