Após críticas, Amazon pede transparência no uso de reconhecimento facial por governos
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Empresa se posicionou sobre a tecnologia depois de ser pressionada por ativistas para parar de vender software de reconhecimento facial a governos.
A Amazon aderiu nesta quinta-feira (7) a pedidos por transparência no uso de tecnologia de reconhecimento facial por agências governamentais e afirmou que apoia um conjunto "apropriado" de regras que proteja direitos civis.
No mais detalhado comunicado emitido pela companhia até agora sobre o assunto, Michael Punke, vice-presidente de políticas públicas da Amazon Web Services (AWS), unidade de computação em nuvem da varejista, afirmou que deve haver um aviso sobre quando a vigilância por vídeo e a tecnologia de reconhecimento facial são usadas em conjunto em locais públicos ou comerciais.
No mês passado, a Microsoft anunciou princípios similares para o uso de sua tecnologia de reconhecimento facial, afirmando que vai recomendar barrar o uso do sistema em atos de discriminação e incentivar clientes a serem transparentes quando usarem tais serviços.
Desde maio de 2018, vários grupos de direitos civis têm pressionado a Amazon para interromper a venda do Rekognition, poderoso software de reconhecimento facial revelado pela AWS em 2016, a governos.
Os grupos citaram o uso do Rekognition por autoridades nos Estados norte-americanos de Oregon e Florida e alertaram que a ferramenta será usada contra imigrantes e minorias raciais.
"Novas tecnologias não deveriam ser proibidas ou condenadas por causa de seu potencial uso indevido. Em vez disso, deveria haver um diálogo aberto, honesto e franco entre todas as partes envolvidas que assegure que a tecnologia seja usada apropriadamente", escreveu Punke.
A AWS disse que está em contato com o instituto dos EUA que testa e compara fornecedores de tecnologias de reconhecimento facial e que ainda não é possível "fazer download" de algoritmos do sistema para testes fora da nuvem da Amazon.