Riot Games é processada por discriminação de gênero

#Notícia Publicado por Catos, em .

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A Riot Games, responsável pelo popular MOBA League of Legends, está sendo processada em ação coletiva por uma funcionária e ex-funcionária, que acusam a empresa de ter uma cultura de discriminação de gênero endêmica e um ambiente que prioriza o avanço de carreira de homens.

A ação coletiva acusa a companhia de violar o Equal Pay Act da Califórnia, lei que garante pagamento igual para homens e mulheres, e a lei contra discriminação por gênero. No passado, a Riot já foi acusada de priorizar a carreira de funcionários homens, e de uma cultura de discriminação contra mulheres

De acordo com o processo (via Kotaku): "como muitas das funcionárias da Riot Games, as queixosas foram negadas salários equivalentes e tiveram suas carreiras sufocadas por serem mulheres. Ainda mais, as queixosas também tiveram suas condições de trabalho afetadas negativamente pelo constante assédio sexual, má conduta e viés que predominam o ambiente de trabalho sexualmente hostil na Riot Games."

Uma das responsáveis pela abertura do processo é Jessica Negron, uma ex-funcionária da Riot que relata que logo após assumir um cargo na empresa, seu gerente se demitiu, forçando-a a assumir mais responsabilidades sem a devida compensação.

Mesmo pedindo a superiores que seu novo cargo fosse oficializado, Negron diz que a empresa preferiu contratar três novos gerentes homens, e após a saída do terceiro retomar estas funções, ainda sem mudança de título ou aumento de salário.

Ela também declarou que um destes supervisores declarou, em certo momento, que "diversidade não deveria ser foco dos produtos da Riot Games, porque a cultura de games é o último refúgio para meninos adolescentes brancos."

Melanie McCracken, a outra queixosa, trabalha atualmente para a Riot, e acusa a companhia de discriminação contra funcionárias, tendo negado promoções e sido punida pela liderança da empresa, composta por homens.

McCracken relata que um de seus supervisores "não contratava mulheres para preencher vagas em posições de emprego sênior", e que "se sentiria esquisito tendo um homem" como assistente.

Outro episódio, em 2017, refere-se a um vídeo que recebeu de dois colegas de trabalho - incluindo o COO Scott Gelb, que já foi acusado de outros episódios de assédio - em uma danceteria de Xangai com mulheres de poucas roupa.

Em resposta ao processo, a Riot enviou o seguinte pronunciamento para o Kotaku: "Embora não discutimos detalhes de ações legais em curso, podemos dizer que levamos cada alegação desta natureza com seriedade e investigá-los cuidadosamente. Continuamos com o compromisso de uma evolução profunda e completa de nossa cultura para garantir que a Riot seja um lugar onde todos os Rioters possam prosperar."

Catos
Catos
, Goiânia
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