Bolsa de criptomoedas japonesa diz que hackers roubaram R$ 250 milhões deles
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Empresa fechou acordo para obter injeção de US$ 44,5 milhões e retomar as atividades. Este é o terceiro grande roubo a atingir plataformas japonesas.
A plataforma de negociação de criptomoedas japonesa Zaif anunciou que hackers obtiveram acesso não autorizado às "hot wallets" (carteiras on-line) da empresa, transferindo recursos que pertenciam aos clientes e ativos dela própria. No total, o roubo foi o equivalente a 7 bilhões de ienes em criptomoedas (cerca de R$ 250 milhões).
De acordo com um comunicado da companhia publicado na sexta-feira (21), os hackers roubaram 5.966 Bitcoin, 42.327 Bitcoin Cash e 6.236.810 MonaCoin. Pela cotação da própria plataforma, o valor total dessas moedas é de pouco mais de 7 bilhões e 30 milhões de ienes.
Para ressarcir seus consumidores e retomar as atividades, a Tech Bureau Corp, controladora da Zaif, entrou em um acordo com a Fisco, uma empresa japonesa que vai adquirir o controle majoritário da companhia com uma injeção de recursos de US$ 44,5 milhões.
Esta é o terceiro grande roubo de criptomoedas a atingir centros de negociação japoneses. A Mt. Gox, sediada em Tóquio, entrou com pedido de falência em 2014 após sucessivos problemas de segurança. No início de 2018, a Coincheck perdeu o equivalente a US$ 534 milhões em criptomoedas NEM.
A Agência de Serviços Financeiros, responsável por fiscalizar o mercado no Japão, fez em março uma recomendação para que a Tech Bureau e outras empresas licenciadas melhorassem suas práticas de segurança. Na época, duas outras plataformas receberam um mês de suspensão.
O Japão tem se situado na vanguarda da regulamentação das criptomoedas, aceitando-as como forma de pagamento e estabelecendo critérios para as operações.