Horizon Zero Dawn | Conversamos com Hermen Hulst, diretor geral da Guerrilla Games

#Notícia Publicado por Anônimo, em .

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Falta menos de um mês para o lançamento de Horizon Zero Dawn, mas ainda há muitas perguntas para serem respondidas sobre o mundo pós-apocalíptico do jogo, a protagonista Aloy e as máquinas que dominaram o planeta.

Participamos de uma mesa redonda com o diretor geral da Guerrilla Games, Hermen Hulst, para sanar algumas das questões que ainda permeiam o título. Durante o bate-papo, ele falou sobre o desenvolvimento, o conteúdo que encontraremos no vasto mundo aberto e até mesmo sobre a parceria do estúdio com a Kojima Productions, que utilizará o motor gráfico Decima Engine, da Guerrilla, no jogo Death Stranding.

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O jogo terá um mundo aberto único ou ele é separado em várias seções?

Hermen Hulst: É um mundo aberto a princípio, mas, de um ponto de vista de design, fomos cuidadosos para não colocar o jogador em uma situação onde há muitos inimigos de alto nível o atacando. Nós começamos o jogo em uma área protegida chamada The Embrace. Esta área é cercada por uma grande muralha onde acontecem as primeiras missões e isto em si já é um mundo aberto. Mas quando abrimos o Embrace e você pode ir para onde quiser no mapa e quando quiser, você pode entrar e sair do Embrace e o vasto mundo se torna seu parque.

Aloy é uma forte protagonista feminina. Isso é algo que está em falta nos jogos em geral, mesmo hoje em dia. Ela foi feita para suprir esta necessidade ou foi algo feito naturalmente durante o desenvolvimento?

HH: Aloy faz parte de Horizon desde o começo, então nunca houve um conceito do jogo sem ela. Na verdade, os pilares originais de Horizon consistiam em três elementos: uma linda natureza em um mundo exuberante e vibrante, um mundo povoado por uma nova forma de vida, que no caso as máquinas, e Aloy como protagonista caçadora das máquinas. E estes três pilares sempre estiveram presentes desde o primeiro dia.

Então não é como se estivéssemos procurando por uma personagem, um mercado ou tendências para ver o que é popular ou o que está faltando. Na minha mente, o conceito precisava de uma personagem como Aloy, então nunca concebemos o jogo sem que ela estivesse nele.

O que você pode falar sobre as missões paralelas? Quantas horas o jogador precisará para terminar o jogo 100%?

HH: 100%? Boa sorte com isso! (Risos) Eu não sei quantas horas. É difícil definir um número, porque as pessoas jogam de formas tão diferentes. Primeiro me deixe começar dizendo que, em eventos para mostrar o jogo, por exemplo, quando os jogadores vão para o mundo aberto, eu os vi jogando de formas muito diferentes um do outro. Eles vão para lados diferentes, pegam tarefas e missões diferentes.

Quando a Sony estava preparando para revisar o jogo, senti que as pessoas em uma semana já conseguiam jogar de forma confiante. Eu não sei quantas horas elas jogaram, mas este não é o tipo de jogo que você pode terminar em um fim de semana. Mesmo o caminho principal já exige dezenas de horas e as pessoas precisarão de muito tempo não apenas com o conteúdo paralelo, mas também com as atividades do mundo.

E há uma grande diferença. Tem pessoas que não apenas querem as medalhas de bronze ou prata, mas também querem a medalha de ouro porque abre coisas legais em certas partes do mapa. Então, realmente, são dezenas e dezenas de horas em um jogo como este.

Os jogadores poderão aproveitar a história completa apenas jogando a campanha principal ou será necessário jogar DLCs, por exemplo, ou talvez até uma sequência?

HH: Horizon conta a história de Aloy. Você poderá terminar a missão principal e ter um começo e um fim para a história. E isso é muito importante, porque escolhemos, por exemplo, não ter um RPG de mundo aberto com diversos personagens. Não, nós contaremos a história de Aloy e sua busca por seu passado, de onde ela vem, quem sua mãe é etc. Isso coloca você no curso de colisão, como nós chamamos, para saber sobre os mistérios deste mundo, como o motivo das máquinas agora serem a espécie dominante deste mundo, de onde elas vêm, o que estão prestes a fazer. E esta é a história deste jogo.

No entanto, é muito cedo para falar sobre novos conteúdos no universo de Horizon. O jogo nem foi lançado ainda, então não posso comentar sobre isso no momento, mas posso confirmar que é uma história completa com um final incrível para as pessoas que concluírem a campanha principal.

As missões paralelas são conectadas de alguma forma à história principal?

HH: Sim, tem uma grande variedade nas missões paralelas. Mas, se for dividir, eu diria que, predominantemente, a campanha principal é a história de Aloy e as missões paralelas são grandes oportunidades para que os jogadores conheçam todas as diferentes tribos e áreas. Você provavelmente já conheceu Nora, de onde Aloy foi exilada, mas encontrará algumas tribos muito legais e diferentes também, com diferentes arquiteturas, sistemas políticos e crenças religiosas. E através das missões paralelas você poderá conhecer suas terras, o que os motivas, como eles lidam com a ameaça das máquinas etc.

Quais foram as principais inspirações da equipe da Guerrilla para desenvolver Horizon?

HH: Nós pegamos inspiração de um monte de áreas diferentes. Tem diversos jogos, pode vir de livros. "O Mundo Sem Nós", por exemplo, pesquisar sobre o que aconteceria com a Terra se os humanos não mais comandassem o mundo, foi uma grande inspiração.

Do lado artístico, talvez documentários sobre natureza, aquele olhar dramático de como a Mãe Terra e toda sua beleza poderia ficar. Eu diria "Guerra dos Thronos" como série de televisão. A ideia de ter um tipo de fantasia histórica com um visual bem diferente, diversos tipos de sociedades, grandes personagens, como Ygritte, por exemplo, então isso foi uma inspiração, apesar de Horizon ter sido conceituado antes de vermos o primeiro episódio da série. Mas, durante o desenvolvimento, eu diria que foi uma inspiração ou talvez uma confirmação.

Há uma citação famosa de Albert Einstein. Uma vez ele disse: "Eu não sei com quais armas a Terceira Guerra Mundial vai ser lutada, mas eu sei que a Quarta Guerra Mundial será lutada com paus e pedras". É a ideia dele de que no pós-apocalípse todo o conhecimento básico da humanidade será dizimado e seremos reduzidos a um estado primitivo e este é exatamente o mundo de Horizon.

Horizon tem um visual incrível. Me pergunto se, em algum momento do desenvolvimento, ele foi feito com o PlayStation 4 Pro em mente e depois simplificado para o PS4 comum.

HH: Não. É importante saber que, desde o primeiro dia, Horizon foi desenvolvido para o PS4 e quando começamos o projeto nós nem sabíamos do PS4 Pro. E era muito importante para o time de desenvolvimento que todo mundo com um PlayStation 4 pudesse ter uma grande experiência com este jogo. Estamos tentando fazer o mundo mais belo possível que é vasto, exuberante e vibrante, então precisa ser assim para todo mundo.

Então conversamos com os arquitetos do PS4 Pro e percebemos rapidamente que poderíamos fazer algo extra para ele. Este mundo que temos, a visão artística de Horizon, ficaria muito legal em 4K e HDR, porque isso adiciona ainda mais realismo para o mundo. Mas eu diria que esta é uma melhoria gráfica para entusiastas, para pessoas que se importam com este tipo de coisa, e realmente demos um passo extra para fazer ele ficar o mais bonito possível para pessoas que pegassem um PS4 Pro.

Hideo Kojima utilizará a Decima Engine, para fazer Death Stranding. Você pode falar mais sobre as conversas com a Kojima Productions?

HH: Sim, certamente. Você sabe que Kojima [e sua equipe] se encontraram em uma… Vamos chamar de "reviravolta da indústria". Eles tinham um time, mas sem tecnologia. Hideo e eu temos um bom amigo em comum, Mark Cerny, e Mark é muito bem conectado com os negócios do PlayStation, com estúdios de todo mundo, ele conhece todos os times muito bem. Então ele levou Kojima e sua equipe para visitar diversas equipes first-party. E a última parada foi em Amsterdã, na Holanda, onde ele nos visitou.

E nós estávamos bastante abertos sobre a ideia de compartilharmos nossa tecnologia, porque já fizemos isso no passado. Então gostamos de fazer isso, gostamos da ideia de que há uma equipe de alto calibre lá fora que realmente precisa de uma boa tecnologia, então estávamos abertos a compartilhar. Eles rapidamente gostaram das nossas coisas e perguntaram se podiam usar, nós aceitamos e este foi o começo de tudo.

Mas então, muito rapidamente, o compartilhamento do motor gráfico virou uma verdadeira colaboração, onde agora o pessoal de Kojima em Tóquio é capaz de propor soluções para que possamos checá-las. Então, mudou de simplesmente liberarmos nossas coisas, para eles na verdade contribuírem com a gente, o que é muito divertido.

Horizon Zero Dawn será lançado em 28 de fevereiro de 2017 e é exclusivo do PlayStation 4.

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