The Order 1886 - Antevisão de um dos mais esperados jogos PS4

#Prévia Publicado por guiguiwars, em .

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The Order 1886 era sem sombra de dúvidas um dos títulos que mais ansiava ver na Gamescom. É verdade que nem sequer tinha muitos motivos para isso, afinal, tudo que a Ready at Dawn tinha mostrado até aqui eram cinemáticas que de gameplay não revelavam nada, mas aquela estética passada numa versão fantasiosa de Londres na era Vitoriana tornavam-no num dos títulos que mais curiosidade me suscitava.

O estúdio em si é respeitável, contendo antigos membros da Naughty Dog, que foram os seus fundadores em 2003, ou Blizzard Entertainment. São também os responsáveis pelos God of War da PSP e Dexter na mesma consola, mas The Order 1886 será a sua primeira propriedade intelectual original, e por isso terá um valor especial. Utiliza o seu próprio motor de jogo, o ProFX, que segundo eles, é um motor centrado no desenvolvimento para consola, e conta com a colaboração dos estúdios de Santa Mónica, esses que dispensam apresentações.

Foi o próprio Ru Weerasuriya, CEO da Ready at Dawn, que conversou com os jornalistas e nos guiou por uma demo tecnológica que demonstra bem a ambição que este tem para o jogo. Respeito as suas palavras ao dizer que não é Steampunk, nomeadamente porque existe uma conotação muito forte com o estilo e eles não queriam essas amarras para o seu jogo, agora, sem dúvida que tem traços bastante característicos dele, principalmente se nos lembrarmos que a tecnologia parece estar bem avançada para a época que é retratada (1886 claro). Armas poderosas, zepelins todos artilhados a voar sobre a cidade, mesmo a própria narração do jogo que define a época como "um tempo de maravilhas científicas".

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A apresentação foi à porta fechada, estando longe dos olhares do público na feira, o que por si já indicava que o jogo estaria ainda numa fase muito embrionária. Contava ainda sim ver o protagonista em ação, um pouco dos inimigos, e um retrato do cenário a correr em tempo real no jogo. Mostraram primeiro uma demonstração da física dos cenários, depois uma sala criada propositadamente para a equipa de produção "brincar" com as mecânicas, e finalmente um vídeo muito curto que em teoria será o primeiro nível do jogo.

Perderam imenso tempo para explicar o tempo de pré produção passado em Londres a retirar fotografias, identificar o estilo arquitetónico, mas principalmente o tipo de materiais utilizados na época Vitoriana, um total de 154 GB de dados retirados desse trabalho de pesquisa. Isto pode parecer não ter grande importância, mas foi central no desenvolvimento do motor, já que cada tipo de objeto e material terá direito às suas propriedades específicas, como foi demonstrado na tal primeira sessão de demonstração da física.

As propriedades de cada elemento têm a sua própria elasticidade, deformação e corrente, e não existe nada nos cenários que não responda correspondentemente à interação. O objetivo é criar um ambiente credível, onde as bandeiras abanam com o vento, onde as folhas de papel viajam ao sabor do vento e onde os destroços ficam no cenário e não desaparecem do ecrã. Vimos exemplos de disparos contra a parede, contra copos de vidro, contra madeira, e até uma mesa a rodar com os nossos disparos.

Claro que foi inevitável saber a pouco, por muito surpreendente que seja o motor, por muitos pormenores que estejam nos cenários, nós queremos é ver gameplay. Nos dois momentos seguintes já pudemos ver mais um pouco mais de ação, com a câmara sobre o ombro do protagonista, mas não muito afastada. Digamos que algures entre Uncharted e Resident Evil 4, retirando inspiração da navegação do jogo da Naughty Dog, e com a câmara mais próxima para aumentar a sensação de claustrofobia como faz o título da Capcom.

O primeiro nível passa-se no que parece ser uma estação de caminhos-de-ferro, com a arquitectura de traço exagerado e cheia de adornos, mas no tom negro que parece mesmo ser a direção do jogo. É provável que entre bastante no campo dos chamados Survival Horror, mas duvido que seja o seu elemento central. Mostraram bastante arte conceptual das armas do jogo, todas com aspeto de ser capazes de fazer grandes estragos, parecem poderosas demais para ser parte de um Survival Horror.

Como já disse, sabemos que se passará numa versão alternativa da história, mas apenas com ligeiras alterações que acabaram por modificar completamente o destino das coisas. Será por isso suficientemente familiar, mas carregado de fantasia ao mesmo tempo, terá inspiração de lendas que conhecemos hoje, por exemplo, a julgar pela citação de Malory que surge no início do trailer retirado do "Le Morte d'Arthur", poderá ter alguma ligação com "Os Cavaleiros da Tábula Redonda", que originalmente era "Lore" Galesa.

O facto de se referirem a ele já como uma propriedade intelectual, e não apenas mais um jogo, revela que têm grandes planos para o futuro, não sei se tencionam abranger mais medias, ou se sabem já que se trata de algo que vai perdurar durante toda a próxima geração tornando-se numa série. Está a ser cuidadosamente produzido, a julgar pela extensa apresentação que fizeram do período de conceptualização, e a ser mostrado a conta-gotas, para minha pena que queria ter visto muito mais.

A minha aposta é que a tal "maravilhosa tecnologia" terá sido algo que surgiu juntamente com aquelas ameaças que apareceram no trailer, e a tal Order será um grupo encarregue de a eliminar, mas claro, com uma riqueza narrativa muito para lá disto. Fica muito por responder, continuamos sem saber o que se passa em Londres exatamente, se acontece o mesmo noutras zonas do mundo, de onde vem aquela tecnologia futurista, o que são aqueles monstros sombrios que surgem no trailer, mais importante ainda, como é que andam assim tranquilos pelas ruas? Que tipo de cavaleiro ou soldado somos nós?

Enfim, vamos ter mesmo que esperar que a Ready at Dawn esteja pronta para mostrar mais de The Order 1886, provavelmente apenas durante o próximo ano. É um título concebido especialmente para a nova geração, e nesses casos sim, podemos esperar um salto qualitativo significante. Será um exclusivo PlayStation 4, e pelas palavras de Ru Weerasuriya, a sua ambição não seria possível nos sistemas atuais, cá estaremos para ver se será um "system seller".

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