Ciberpiratas: Como os derrotar?

#Notícia Publicado por Stanley_ipikis, em .

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A pirataria nos videojogos é um flagelo. A pirataria nos videojogos é má. A pirataria nos videojogos prejudica os consumidores. Verdade, verdade e verdade. Não devemos piratear jogos? Verdade. Mas não penso que seja assim tão simples. A pirataria informática atingiu proporções muito grandes, e faz-se muita coisa para a prevenir ou atenuar, mas mesmo assim a luta é bastante desigual. Logo para começar, apesar de muitos serem prejudicados por este fenómeno, há muitos outros que beneficiam, e não é pouco. E não falo daqueles que, infamemente, vendem jogos piratas.

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Pensem um bocadinho e digam-me se tenho ou não tenho razão. Os jogos mais pirateados são, de uma forma geral, aqueles que mais são publicitados. Normalmente, os jogos mais publicitados são aqueles que requerem melhores máquinas para serem jogados. Essas máquinas, apesar de poderem ser contrafeitas, nunca são pirateadas. Ou seja, os produtores de hardware beneficiam em muito com a pirataria, porque sem ela haveria menos pessoas a jogar jogos de topo, e menos pessoas comprariam hardware. Ã claro que se perguntarem a uma empresa de hardware eles vão dizer muito mal da pirataria, mas o que lhes vai na mente deve ser bem diferente.

Este conflito de interesses entre a indústria do hardware e a do software tem atrasado o combate à pirataria. Falou-se há uns tempos de um chip anti-pirata a incluir nas placas mãe, mas não passou disso. Para além disso, quem compraria? Era o mesmo que comprarmos um sistema para o nosso carro que ligasse para a brigada de trânsito sempre que cometêssemos uma infracção. Mesmo aqueles que não cometem infracções não iriam comprar. A razão é mais que óbvia.

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Portanto a indústria dos jogos fica mais ou menos sozinha no combate contra os piratas. No último mês assistiu-se a medidas drásticas feitas no sentido de impedir as pessoas de piratear jogos. O título do GamePolitics lia «UK Game Publishers Get Medieval on File-Sharers» e com razão. Prender piratas não é a solução, pelo menos não o foi nas outras indústrias. E apesar de tudo o que se diz sobre os jogos serem diferentes do cinema ou da música, não há muitas diferenças suficientemente relevantes que impeçam a aplicação das medidas anti-pirataria aplicadas nos outros meios. O cinema gera dinheiro através das salas de cinema, os jogos não podem fazer isso. Mas a existência das salas de cinema não impede que as pessoas piratêem os filmes. Na música acontece algo semelhante, com os concertos, e o interessante é que há cada vez mais artistas que apoiam a partilha da sua música, porque, ao fim e ao cabo, é uma maneira de dar a conhecero seu trabalho às pessoas, e acaba por lhes dar mais dinheiro, pois os concertos vão vender mais bilhetes.

Era bom que os jogos seguissem o exemplo da indústria musical, não no sentido de fazer "concertos" de jogos, mas antes no sentido de se preocuparem em vender mais, ao invés de se preocuparem com serem menos pirateados. Algumas produtoras e editoras estão a ter grandes sucessos nesse sentido. Lembro-me de BioShock que vendeu estupidamente bem, graças a uma conjugação de marketing viral e boa relação com os fãs. Mais ou menos o mesmo aconteceu com The Witcher lançado mais ou menos na mesma altura, e que agora vai receber uma espécie de expansão, gratuita para quem já tem o jogo. E apesar de tudo, ambos os jogos foram extensivamente pirateados, e isso não os impediu de serem sucessos e venderem bem.

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Outras editoras olham para a maneira como vendem os seus jogos como a resposta ao problema. A distribuição online tem obtido resultados impressionantes. A Valve, por exemplo, para além do seu serviço de distribuição online Steam, tem também o seu pacote Orange Box, que inclui cinco jogos numa só compra, com preço abaixo da média. Tudo isto são boas maneiras de promoverem os seus produtos, e aumentarem as vendas.

O que não são boas maneiras (literalmente) é incluir software anti-cópia que incomoda mais os compradores legítimos que os piratas. Isso mesmo. Porque um comprador legítimo tem que instalar o jogo juntamente com todo o software em anexo, enquanto que um pirata descarrega o jogo sem ele, permitindo-o jogar o jogo em sossego e em paz. As chaves de activação funcionam muito bem para os jogos online, mas para os jogos offline já não. São investidos milhões de euros em software anti-cópia quando podiam ser investidos em fazer um jogo bom. Porque a melhor maneira de vender um jogo é fazê-lo bem.

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Bom galera é um tópico interessante já que o Governo Françês já começou a combater a pirataria por lá, Então temos que ficar informados no que se diz respeito a Cyberpirataria. Cada um pode dar sua opnião, mais sem agressões aos membros e as regras do site! falou galera!

Stanley_ipikis
Stanley_ipikis
, Salvador, Bahia, Brasil
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