Game para cegos estimula interação e valoriza sentido da audição

#Notícia Publicado por _Belmont, em .

Madri, 5 ago (EFE).- Um videogame de aventuras permite que

pessoas cegas joguem "quase" em igualdade de condições com outras

sem problemas de visão e, inclusive, transforma este sentido, dentro

deste mundo fantástico, em uma armadilha para a resolução do jogo.

"Onae, a aventura de Zoe" é um jogo de aventura - em cinco

idiomas: castelhano, catalão, galego, basco e inglês - produzido

pela Vector Animado.

Em relação aos outros jogos desenvolvidos para cegos, é o

primeiro em que qualquer pessoa, possuindo ou não o sentido da

visão, pode competir, graças à tecnologia tridimensional utilizada,

diz à Efe Eugenio Pérez, diretor do departamento de Pesquisa e

Desenvolvimento da Cidat-ONCE (Organização Nacional de Cegos

Espanhóis).

"O jogo permite que vários irmãos, com ou sem visão, joguem", diz

Paco Vázquez, um dos criadores do game e que destaca o elemento

integrador como uma vantagem para romper o isolamento com o qual uma

pessoa cega costuma conviver.

Segundo Vázquez, até agora havia muitos jogos para cegos em duas

dimensões, os quais, além disso, fazia essas pessoas se "fecharem em

suas fantasias".

No game, a personagem Zoe é uma jovem estudante de geologia que

trabalha em uma mina recolhendo amostras e que, no meio de um

terremoto, vai parar em um mundo povoado por uma civilização

desconhecida.

Ela, então, é obrigada a cumprir várias provas para sair desse

outro mundo.

O novo jogo é o primeiro em terceira dimensão disponível no

mercado. Além disso, sua tecnologia permite que uma pessoa cega

jogue "quase nas mesmas condições que uma que enxerga". Para isso,

os efeitos sonoros são potencializados ao máximo, diz o diretor do

Cidat.

"Com o sistema, uma pessoa cega, através da audição, tem mais

informação que uma que enxerga, já que o elemento sonoro o ajuda a

ter certas vantagens e a avançar dentro do jogo", afirma.

"O jogo se passa em um formigueiro praticamente às escuras, no

qual é preciso se movimentar superando obstáculos como paredes e

portas e resolvendo situações", diz Pérez.

Nesse mundo de galerias com pouca luz, "a pessoa que enxerga tem

dificuldade de se movimentar com agilidade", e por isso, os sons são

a pista fundamental.

"Trata-se de implantar rotas de som. Os jogadores cegos ouvem um

apitinho e, pela freqüência e a velocidade, sabem onde um objeto

está", afirma o criador.

Além disso, existem teclas de apoio que dão pistas para saber

onde o jogador se encontra, e, muitas vezes, o cenário "não

representa vantagem alguma".

"Pelo contrário, há situações nas quais enxergar atrapalha",

acrescenta.

"Há situações nas quais é preciso escolher um som e, se o jogador

se guia pela visão, vai se enganar", diz o diretor da Vector

Animado.

A ONCE já expôs o jogo em caráter experimental e deve começar a

comercializá-lo no segundo semestre.

_Belmont
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