Jogos Subestimados - Parte 1

#Artigo Publicado por Dex_K.O.R, em .

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Anos de produção, várias pessoas focadas em um objetivo, dedicação e no fim por melhor que seja o resultado final, o retorno financeiro e reconhecimento por parte do público não atende as expectativas. Frustrante não?

Trago hoje uma lista com alguns jogos que passaram por essa situação. Jogos de qualidade mas que por escolha de janela de lançamento equivocada ou falta de uma boa divulgação, não tenham alcançado o topo dentro do mundo dos games. Muitas vezes vemos produtoras enterrando franquias alegando que o projeto não atendeu as expectativas.

Mas convenhamos, pra isso, elas deveriam levar expectativas até o público, não é?

Subestimados e desconhecidos, pérolas perdidas que merecem uma chance do público.

Shadow of the Damned

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Goichi Suda (Suda 51) e Shinji Mikami junto em uma produção, o que poderia dar errado? Criativamente falando? Nada. Mas o jogo figura na lista de jogos subestimados e que não alcançaram a merecida visibilidade, muito devido a falta de uma grande divulgação. Na pele de um caçador de demônios mexicano, com um toque de "Punk Rock", ação psicodélica e uma ambientação tenebrosa, Shadow of the Damned é um prato cheio pra quem está afim de experimentar um shooter fora do mainstream. Numa caçada a um demônio que seqüestrou sua amada prometendo matá-la repetidas vezes, Garcia Hostpur parte no resgate acompanhado de Johnson, uma espécie de espingarda falante que pode virar uma moto e aumentar de tamanho quando colocado pra ouvir um Telesex (é isso mesmo que você ta pensando). Demônios e inimigos grotescos, trilha sonora impecável, um verdadeiro inferno te espera num dos jogos mais subestimados da 7ª geração.

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Shadow of Rome

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Mais um jogo de um nome renomado. Com Keiji Inafune no comando e com participação de outro grande nome, Yoshinori Ono, a equipe saiu do Japão com Onimusha pra se arriscar na Roma antiga. Com uma jogabilidade bastante parecida com Onimusha, o jogador participará de uma trama que traz eventos reais da história Romana, misturando personagens reais e fictícios. Sob a perspectiva de Agripa, o jogador irá presenciar a mudança de ser um Centurião até se transformar em um Gladiador. Vivendo nos dias que se passam logo após a morte de Julio César, o jogador irá buscar o direito de ser o responsável pela execução do assassino do Imperador. Passando entre batalhas dos romanos contra bárbaros, entre as arenas de gladiadores, empunhando de uma gládio a uma scimitar, o jogador irá mergulhar numa história cheia de reviravoltas e com um belo toque histórico. Talvez a Capcom tenha pecado pela pouca divulgação, mas o grande fator foi o jogo ter saído apenas 12 dias antes de GOD OF WAR.

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The Evil Within 2

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O primeiro The Evil Within conseguiu de certa forma seu lugar ao Sol. Sendo um jogo de primeiro ano da 8ª geração e hypado por ser de Shinji Mikami, o jogo agradou boa parte do público e deu um certo retorno. Como esperado, o jogo ganhou uma sequência, dessa vez sem o gênio do Survival Horror no comando, alguns até questionaram se o resultado final seria bom. Porém, basta ler comentários dos jogadores que jogaram o game, que você entenderá o motivo de ele estar presente na lista. The Evil Within 2 pegou a base do primeiro jogo e evoluiu, corrigindo também os pontos fracos. O que poderia ser um problema, acabou sendo uma surpresa bastante agradável, que foi o seu mundo aberto. Enquanto muitos torciam o nariz achando que não funcionaria o Open World num jogo de terror, The Evil Within 2 prova que não necessário um jogo do gênero se sustentar na estrutura de corredores claustrofóbicos.

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Blue Dragon

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Blue Dragon ganhou vida através de Hironobu Sakaguchi, nada mais nada menos que o criador de Final Fantasy, ajudou na criação de Chrono Trigger, Super Mario RPG, Parasite Eve entre outros grandes jogos da história. Sem dúvidas, um dos melhores jogos exclusivos que já fez parte do catálogo da Microsoft. Lançado exclusivamente para o Xbox 360, Blue Dragon é um dos jogos mais subestimados que conheço. Um autêntico J-RPG Old School. Embora o jogo não tenha revolucionado o gênero e nem possua uma história absurdamente profunda, ele se sai bem em todos os quesitos principais necessários para dar vida a um grande J-RPG. Talvez, com a investida da Microsoft em conquistar o território japonês, tenhamos uma chance de rever a série, seja através de um Remake ou um novo jogo.

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Enslaved: Odyssey to the West

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Hellblade, Devil May Cry, Heavenly Sword, são excelentes jogos produzidos pela Ninja Theory. Porém, um outro jogo, que pelo menos na minha opinião é o melhor jogo já feito pelo estúdio, não obteve nem de longe o reconhecimento merecido. Enslaved: Odyssey to the West, inspirado na lenda Chinesa do Rei Macaco, é um jogo que cravou seu lugar de forma positiva em qualquer jogador que tenha dado uma chance ao game. Com uma história fascinante, excelentes personagens, uma jogabilidade refinada, uma beleza visual indiscutível, Enslaved: Odyssey to the West é um jogo obrigatório pra qualquer um que diz amar o Hobby de jogar vídeo game. Sem dúvidas, é mais um jogo que pagou pelo preço do mal planejamento, sendo lançado no final de 2010, um ano absurdamente concorrido, além da divulgação quase amadora.

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Nier

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A série Drakengard e o mais recente Nier: Automata são jogos conhecidos nesse universo compartilhado e que fizeram certo sucesso, principalmente o último. Porém, infelizmente não é o caso do Nier original. Quantos jogos você já jogou com múltiplos finais que reescrevem completamente a história comparada a primeira "walktrough? Quais jogos deletam o seu save game quando você consegue chegar ao verdadeiro final?? Um jogo aparamente pobre, sem profundidade, mas que na verdade tem passagens na história e na gameplay que fará o jogador se lembrar por anos da experiência ali vivida. Embora não seja um jogo com gráficos de cair o queijo e tem lá seus problemas com o combate, Nier é simplesmente um jogo que merecia muito mais do que recebeu por parte da comunidade que o ignorou. Se você gostou de Nier Automata, é quase obrigação jogar o primeiro.

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Alice Madness Returns

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American McGee's Alice trouxe uma visão pro lado sombria, violenta e sanguinária em cima do conto de Lewis Carroll. Embora o primeiro tenha feito um bom sucesso, o espaço para o lançamento da sequência foi bastante amplo, 11 anos pra ser mais preciso. Uma Alice mais consciente, que consegue perambular pelo mundo real e pelo país das maravilhas, com uma bela direção de arte e uma história mais profunda com um belo plot twist no final, consegue superar alguns problemas como a repetição um pouco exagerada além de um level design que em certos pontos parece ter sido feito de forma corrida. Alice Madness Returns é um jogo que merece o lugar na lista, e quem sabe, tenhamos a chance de ver um 3° episódio dessa série muitas vezes esquecida.

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Splatterhouse

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Splatterhouse poderá incomodar jogadores mais sensíveis. É para aqueles jogadores que amaram os jogos e filmes de Evil Dead, filmes de Tarantino e que cresceram imaginando como seria um jogo da Bolha Assassina. Sua trilha sonora vai ganhar um espaço pros fãs de metal e de bandas como Lamb of God, Mastodon e Five Finger Death Punch. Muito Gore e humor "pesado" tudo em sintonia com o Metal batendo no ouvido. Aliás, já disse que Rick Taylor, protagonista do jogo é tipo um Jason de Sexta Feira 13 numa versão bem mais porradeira?

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Spec Ops: The Line

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É de se estranhar que um jogo espetacular como esse tenha passado despercebido pela grande maioria dos jogadores. Pra muitos jogadores, inclusive pra mim, Spec Ops: The Line possui a melhor narrativa dentro do gênero de jogos de guerra, esqueça Call of Duty Black Ops, Battlefied: Bad Company, Medal Of Honor ou Hidden & Dangerous, ESTE É O JOGO em termos de como se escrever uma história de guerra, numa Dubai caótica e ao mesmo tempo linda. Spec Ops: The Line é pesado não pelo excesso de violência ou a sua crítica política-social, mas porque mergulha profundamente na mente dos membros do esquadrão, que mergulham na loucura de uma guerra e pouco a pouco vão tomando decisões e executando ações que refletem o total sumiço de humanidade. Algumas escolhas a ponto de fazer com que o jogador se sinta mal. Tudo isso em um jogo tecnicamente impecável, dos visuais e jogabilidade aos efeitos sonoros.

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Pathologic 2

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O erro da publicidade em cima do jogo começa logo pelo nome. Pra quem não for procurar informações, Pathologic 2 parece ser uma sequência, quando na verdade é um remake do jogo original. Pense quantos jogadores simplesmente não deram atenção ao jogo por não ter jogado o original, logo não faria muito sentido jogar a sequência.

Pathologic 2 cumpre muito bem sua tarefa em melhorar o já ótimo jogo que era o original. Conta a história de um médico encarregado de salvar uma cidade fictícia de uma praga misteriosa. É um survival horror no qual os inimigos não são zumbis, mas os percalços naturais pelo caminho do jogador ao tentar sobreviver em uma cidade mergulhada em pobreza e consumida por vários tipos de doenças. Pathologic 2 é um jogo desafiador. Seus recursos são limitados e tudo é mortal. Não é difícil sucumbir diante de alguma peste ou ser abatido pela fome. Apesar de uma recepção mista por parte da mídia, o jogo teve uma ótima recepção por parte dos poucos jogadores que se entregaram ao jogo. Nnão é surpresa alguma que Pathologic 2 tenha conquistado o carinho dos jogadores que lhe deram uma chance.

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Semana que vem posto a Parte 2, deixem nos comentários dicas de jogos pra aparecer nas partes seguintes.

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