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Uma das coisas que mais me agradam em jogos de mundos abertos é a possibilidade que eles nos dão de simplesmente explorar os cenários. Andar de um lado para o outro apenas admirando aquilo que os estúdios criaram sempre me fascinou e não foram poucas as vezes em que deixei toda a aventura de lado apenas para conhecer os mundos virtuais em que entrei.
Sempre tive a noção de que outras pessoas deviam fazer o mesmo, mas confesso ter ficado surpreso ao conhecer a página Game Tourism, de JP LeBreton. Tendo trabalhado como game designer nos dois primeiros BioShocks, o sujeito certamente conhece uma coisa ou outra sobre cenários e decidiu reunir por lá diversos jogos em que podemos encará-los apenas como turistas.
O detalhe aqui é que os títulos listados por ele estão longe de serem pacíficos, então o sujeito tratou de desenvolver modificações para remover todas (ou quase todas) as ameaças que poderiam prejudicar o nosso turismo. São jogos como o Half-Life 2, Dark Forces, Alien: Isolation, Assassin's Creed: Origins, Fallout 4, Quake e Doom, todos devidamente adaptados para nos preocuparmos apenas em admirar as belas paisagens.
Para quem busca os jogos eletrônicos principalmente pela ação que eles proporcionam, encarar algo desta maneira certamente deve parecer bastante entediante, mas ao escrever sobre o No Man's Sky, creio que Jeff Minter foi brilhante ao explicar como os turistas virtuais se sentem em alguns títulos.
Acho que aquilo serviu como uma transição para mim, transformando o ambiente de um lugar onde a ação acontecia para… bem, o tipo de lugar em que você gostaria apenas de parar e olhar por um tempo por ser lindo. De alguma forma essa nova apreciação da beleza de um mundo num game me fez sentir mais como se estivesse lá.
O que considero bacana em ter achado (obrigado Rock, Paper, Shotgun!) os relatos dessas pessoas é que eles me fizeram perceber que, mesmo de forma inconsciente sempre fui uma espécie de turista virtual, pois mesmo sempre tentado imergir o máximo possível nos games, nunca tinha reparado em como o simples ato de admirar uma paisagem me ajudava a sentir que eu realmente fazia parte daquele mundo.
O bom é que agora sei que posso fazer isso mesmo em jogos menos abertos, onde o frenesi das explosões e confrontos "desviavam minha atenção".