Retro Sonic Spinball

#Artigo Publicado por DemonSonic, em .

IMAGEaHR0cDovL2Jsc3RiLm1zbi5jb20vaS8xQy8yQTI3N0VGODlFNkJGQjQ4Qzc2RDIyRDQzNzdDQy5qcGc=

O delírio americano de transformar o Sonic em um personagem de pinball

Tão óbvio quanto uma noite escura é o fato de Sonic ter ganhado um game de pinball, bem no auge do seu sucesso. O simpático ouriço virava uma bola azul quando executava um "spin dash" para ganhar velocidade e, desde o primeiro game, existem fases temáticas sobre o tema, como "Spring Yard Zone" e "Casino Night Zone". Este é "Sonic Spinball", lançado sob resenhas favoráveis no já longínquo ano de 1993.

Assumir o controle de Sonic em uma espécie de labirinto com formas de pinball é uma das tarefas mais intuitivas. Basta correr em direção às palhetas e a missão está dada: para enfrentar o Dr. Robotnik é necessário coletar as três esmeraldas espalhadas pela fase (nos últimos estágios são cinco). A ação começa em "Toxic Caves", provavelmente a única tela que realmente se assemelha ao design padrão de um pinball de verdade.

Os primeiros contatos com "Spinball" podem ser dos mais irritantes. A jogabilidade é bastante capenga e dificulta a curva de aprendizado. Mirar e acertar os alvos é uma missão que exige bastante treino e se prova crucial para o termino do game, pois em alguns momentos errar a mira pode ser fatal. Outro erro está na configuração dos controles, é muito desajeitado controlar as palhetas somente com mão direita. Games da época, como "Crue Ball", da Electronic Arts, adotaram a seta direita do joystick para controlar a palheta direita, enquanto o botão "B", controlava a esquerda, num método de controle bem mais eficaz.

IMAGEaHR0cDovL2Jsc3RiLm1zbi5jb20vaS83My80NkUxNjBFNTQ5REQ0NTc5MUREQTUzNkM4Qjg2QzkuanBn

Naqueles tempos em que não contávamos com internet para ficarmos bem informados, era comum que rumores ganhassem força e, até mesmo, assumissem condição de verdade. Quando "Sonic Spinball" chegou às prateleiras, muitos temeram que este se tratasse da sequência de "Sonic 2", fato que provavelmente geraria o caos: o game era bom, mas não tinha consistência suficiente para seguir o cânon " na época vitorioso " da série definitiva da Sega.

O enredo é muito simples, pois Dr. Robotnik (ou Eggman, segundo os ianques), arquirrival sônico, aprontou mais uma de suas megalomanias ao transformar o Monte Mobius em uma fortaleza mecânica. O cientista de QI 300 desenvolveu uma eficiente máquina que operava com magma extraído de dentro de um vulcão. Como sempre o maquiavélico vilão objetivava capturar e transformar animais em seus escravos robôs.

Sonic, herói dos animais, foi abatido e capturado enquanto sobrevoava a fortaleza ao lado de seu fiel companheiro, Tails. Aprisionado, o ouriço deve escapar das armadilhas preparadas por Robotnik para salvar os inocentes e coloridos bichinhos da eterna servidão. O game é extremamente curto, contendo somente quatro leveis. Com (muita) prática é possível terminar o título em torno de 15 minutos, em média.

Colocar Sonic em uma mesa de pinball é um fetiche estritamente americano e, nada mais natural que a equipe por trás de "Sonic Spinball" seja a Sega Technical Institute, time de desenvolvedores da primeira linha da então poderosa Sega of America. Neste game não estão envolvidos nenhum dos criadores originais da série, nem mesmo Yuki Naja, que na época trocava farpas com a matriz japonesa da empresa.

IMAGEaHR0cDovL2Jsc3RiLm1zbi5jb20vaS8zQS8zRURFNjVBRDVCQTIyNzlCNDNEMzYyRTFDODM2OTMuanBn

"Spinball" se difere bastante da temática e interpretação do universo do ouriço presente em todos os outros games da franquia. Com um pouco de observação é possível notar essas sutilezas até mesmo na trilha sonora, assinada por Howard Dressin, o mesmo que assumiu as composições do terceiro título da série, assim que Michael Jackson abandonou o projeto.

Mesmo com as diferenças e alguns problemas técnicos, "Sonic Spinball" conseguiu boas vendas e se garantiu como um game divertido, que explora os bons aspectos da franquia como a velocidade de raciocínio e as telas sempre em movimentos ligeiros. Outra vantagem é que neste título, Sonic encara a bronca sozinho, como sempre foi, como sempre deveria ter sido.

Claro que é divertido poder jogar com Knuckles ou Tails, ou até mesmo salvar a Amy Rose das garras do Metal Sonic, mas nada supera a emoção individualista e quase sempre nostálgica de enfrentar o Dr. Robotnik com seus próprios méritos. Afinal, como dito no começo do texto, controlar Sonic é algo já enraizado e intuitivo na natureza gamer. E "Sonic Spinball" é um daqueles títulos que proporcionam isso de maneira certeira!

Giovane De
Giovane De #DemonSonic

Eu sou mais EU

, Macatuba
Publicações em Destaque
#Mundo, Por VSDias55,
#Games, Por VSDias55,
#Games, Por coca,