Square Enix diz que era "muito caro manter seus estúdios Ocidentais para si", e por isso preferiu vende-los

#Games | Mas empresa está disposta a se arriscar em joint-ventures onde possa ser dona minoritária de outros estúdios
Billy Butcherem

Em 4 de agosto, foi completado a venda dos estúdios Crystal Dynamics (incluindo Crystal Northwest e Crystal Southwest), Eidos-Montréal (incluindo Eidos-Shanghai e Eidos-Sherbrooke) e Square Enix Montréal, subsidiárias do Square Enix Europe (SEE) para o Embracer Group por US$ 300 milhões.

Um dos negócios mais inusitados em toda a indústria dos jogos eletrônicos, foi no mínimo estranho ver franquias como Tomb Raider e Deus Ex serem vendidas a um preço menor que US$ 500 milhões, e no entanto, a Square Enix Holdings, matriz principal da empresa no Japão, apenas citou que eles procuraram o melhor acordo que trouxesse benefícios para ambas as partes.

Não é novidade que a divisão Ocidental da empresa veio dando prejuízos nos últimos anos, com a editora reportando baixas vendas e subquentes fracassos comerciais para vários títulos da Crystal Dynamics e Eidos, incluindo a recente trilogia Tomb Raider reboot, Deus Ex: Mankind Divided, bem como os jogos da Marvel (Avengers e Guardians of the Galaxy).

Na época que a compra foi concluída, não havia sido divulgada a declaração completa da Square Enix sobre os motivos que levaram a venda de quase toda a divisão Square Enix Europe para a Embracer, mas hoje, através de Stephen Totilo da Axios, foi divulgado o relatório completo.

Segundo o CEO da Square Enix, é muito caro pagar despezas e manter grandes estúdios de outra divisão em conjunto com o financiamento dos jogos desses estúdios. Lembramos que jogos como Marvel's Avengers e Shadow of the Tomb Raider custaram US$ 175 milhões e US$ 200 milhões respectivamente, com ambos não gerando lucros e apenas o último conseguindo pagar seus custos de produção.

No entanto, apesar disso, o CEO diz estar disposto a acordos de joint-venture, onde a Square Enix pode se tornar dona minoritária de uma porcentagem de estúdios que ela vá investir futuramente, mas não os adqurindo totalmente. Isso permite que ela não precise sustentar esses estúdios com seu próprio dinheiro, mas ao mesmo tempo garante que a editora possa lucrar (em parte) com os projetos desenvolvidos por esses estúdios, podendo até mesmo ser a publicadora/distribuidora destes.

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