Falando no GI Live: Online no mês passado, o CEO da Take-Two Interactive reiterou suas opiniões sobre o modelo de negócios, mas diz que pode ser eficaz para jogos de catálogo. Ele sente que para a maioria dos jogadores, as assinaturas simplesmente não fazem sentido da mesma forma que fazem na música e na TV.
A Take-Two suporta regularmente serviços como o Xbox Game Pass com títulos legados, incluindo Grand Theft Auto e NBA. No ano passado, em torno do lançamento de seu Grand Theft Auto: The Trilogy Definitive Edition, a editora colocou um dos jogos da coleção no Game Pass (GTA San Andreas) e PlayStation Now (GTA Vice City).
E voltando a 2019, o braço editorial da Divisão Privada da Take-Two lançou The Outer Worlds no Game Pass no mesmo dia em que foi lançado no varejo (seguiu a aquisição da desenvolvedora do jogo Obsidian pela Microsoft).
"Nosso ceticismo tem sido em relação à disponibilização de produtos do topo de linha em seu lançamento nos serviços de assinatura. Isso não faz sentido para nós, porque economicamente falando, não achamos que os consumidores estejam dispostos a pagar por isso. E não podemos pagar para virar nosso negócio de cabeça para baixo de uma forma que não faz sentido economicamente."
"Sempre tem que haver uma interseção entre o que o consumidor quer e o que o editor pode fazer. E você sabe, não faz sentido fazer isso para nossas propriedades. Essa é a nossa opinião, e acho que a Sony concorda conosco, porque assim o disse."
"Pode ser ótimo para propriedades de catálogo, vendas de propriedades que estão no mercado há algum tempo e seu preço foi reduzido. Pode fazer sentido econômico oferecê-las por assinatura."
Fora da economia, Zelnick não está convencido de que os serviços de assinatura atraem além de um certo subconjunto de jogadores.
"Mas o entretenimento interativo é consumido em um nível diferente, cerca de 45 horas por mês e de uma maneira diferente. Talvez duas ou três ou quatro propriedades em um mês. Certamente não são mais de 100 propriedades. Portanto, não está claro que seu público amplo quer ter acesso a muitas centenas de jogos em um mês e está disposto a pagar por eles. É possível que um pequeno subconjunto do público queira isso, mas não acho que seja uma base ampla, porque não é assim que as pessoas tendem a consumir interativo entretenimento."
"Aliás, posso estar completamente errado sobre isso, o que é totalmente bom. Esta empresa não opera com base na opinião de uma pessoa, incluindo a minha. E quando faz sentido, apoiamos serviços de assinatura e se é aí que o consumidor quer estar, é onde estaremos."
Os comentários de Zelnick vieram como parte de uma palestra sobre o futuro dos jogos no GI Live: Online. O executivo discutiu consolidação, streaming e metaverso durante a sessão de 20 minutos. Em termos de metaverso, é um conceito em que a Take-Two acredita, mas Zelnick critica a quantidade de investimento colocada na palavra da moda.
"Então, acredito piamente que as pessoas vão para os mundos digitais para se divertir, e se você oferecer uma experiência super divertida, acho que as pessoas vão migrar para ela. Onde mora meu ceticismo é cada empresa de repente acreditando que ao dizer a palavra 'metaverso', adjacente à estratégia de negócios de sua empresa, isso significará riqueza instantânea."