Sem dúvidas o Xbox Game Pass tem sido o foco principal das estratégias comerciais da Microsoft no campo dos jogos. O serviço provou ser um grande sucesso, possui vários milhões de assinantes e é constantemente atualizado, sempre oferecendo novas surpresas aos seus jogadores.
No entanto, no início, a estrada demorou para ser construída. Conforme explica refazendo os destaques da carreira de Phil Spencer, o CEO de Xbox se esforçou para impor a ideia na época ainda totalmente nova de criar um serviço como o Xbox Game Pass, mas teria lutado muito para convencer os executivos da divisão Xbox sobre a efetividade do projeto, chegando ao ponto de não aceitar um "não" como resposta.
Em 2017, a Microsoft ainda estava muito relutante em aplicar um modelo baseado em nuvem para serviços. Segundo Spencer, com o novo modelo que desenvolveu ele (Game Pass) estava "apenas arranhando a superfície", insistindo que ele ficaria cada vez maior a medida que avançasse junto do tempo.
Spencer começou a interagir com cada vez mais frequência com Satya Nadella, CEO da Microsoft, para explicar em detalhes todos os seus planos relacionados ao Xbox Game Pass. Mesmo assim, os demais executivos da Xbox Division continuaram intrigados com sua proposta.
Conforme relatado pelo ex-membro de diretoria do Xbox, Richard Irving, durante as reuniões a equipe "apresentava continuamente argumentos para provar que o Xbox Game Pass nunca poderia funcionar, dado o baixo interesse das editoras e a possibilidade de perda de lucros por vender um jogo a menos de US$ 60 em seu lançamento".
Esses motivos poderiam ter cortado o projeto pela raiz, no entanto Irving ressalta que Spencer "sempre encontrou alguma maneira de fazer as coisas funcionarem" e, com muita determinação e paciência, finalmente conseguiu convencer toda a gerência a dar uma chance ao Xbox Game Pass.