Electronic Arts diz estar preparada para "rivalizar com Amazon e Netflix" pela guerra de conteúdo nos jogos

#Games | COO da empresa diz estar confiante no futuro dos jogos moldados via streaming
Billy Butcherem

Laura Miele, que foi nomeada diretor de operações (COO) da gigante de jogos Electronic Arts em setembro de 2021, diz que os videogames estão tendo seu maior "auge tecnológico" no momento, e com tantas aquisições de empresas acontecendo a todo instante, a COO também sabe que novos concorrentes (Amazon, Google e Meta) estão prontos para entrar na indústria de jogos, que está se tornando cada vez mais como as principais indústrias de Hollywood (Cinema e Música).

No último episódio do podcast da Variety “Strictly Business”, Miele diz que a EA está fortalecida para a concorrência acirrada de plataformas de streaming por sua história de 40 anos de franquias de jogos que vão de Battlefield a The Sims, de FIFA a Madden NFL, e sua parceria com a Lucasfilm em títulos de Star Wars.

Na verdade, a EA vem se preparando há algum tempo para que as gigantes do streaming e tecnologia se aprofundem no mercado de jogos de forma voraz (com a EA citando Amazon e Netflix sendo os primeiros "grandes tigres" a se abocanharem dos jogos), que Miele considera um negócio de US$ 180 bilhões em todo o mundo. A Netflix, por exemplo, está tomando medidas para integrar as ofertas de jogos em sua assinatura básica.

“Vamos competir com empresas como Netflix e Amazon pelo tempo e engajamento das pessoas. Eu amo a nossa posição que os jogos têm – é incrivelmente envolvente. É interativo. E é muito social”, diz ela.

“Acredito genuinamente que, embora sejamos a maior forma de entretenimento, ainda temos uma pista significativa pela frente.”

Miele, que anteriormente administrou a unidade da EA Worldwide Studios que abriga suas muitas equipes de desenvolvimento de jogos First-Party, enfatiza que fazer um jogo de sucesso não é tarefa fácil, mesmo para criadores de conteúdo experientes.

“Fazemos jogos há 40 anos”, diz ela. “E eu vi muitas empresas de tecnologia muito grandes gastarem muito dinheiro e tentarem estar nos jogos. Nossa história está repleta de grandes empresas de tecnologia tentando fazer isso funcionar. Continuaremos em uma posição muito forte para competir nessa área."

"Gastamos bilhões de dólares em tecnologia e aperfeiçoando e melhorando, de forma incremental, como criamos jogos. É provavelmente uma das formas de mídia mais sofisticadas e complicadas de se criar. E não deve ser subestimado.”

Na conversa, a Miele também detalha como a era da disrupção digital beneficiou os jogos e a EA em particular através de seus produtos de assinatura. Ela observa com orgulho que, apesar do desafio das condições da pandemia, a empresa lançou 13 novos títulos em 2021 e cerca de 400 atualizações de Live-Service para seus Jogos como Serviço e adicionou novos jogos para seu serviço de assinatura, EA Play.

"Esse futuro de jogos via streaming, ele é o grande foco atual do mercado de videogames, e todos esses avanços corporativos recentes (como as aquisições da Bungie pela PlayStation e Activision Blizzard pelo Xbox) são só uma pequena parte disso", finaliza a executiva.

Maia recentemente, a EA comentou sobre a compra de sua maior rival, Activision Blizzard, citando que ao contrário da dona de Call of Duty, a emrpesa não está pensando em se vender, mas sim ir atrás de adquirir novos estúdios e/ou editoras para sua crescente rede de subsidiárias internas.

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