Análise | The Ascent

#Análises | Um novo futuro distópico o espera.
Viniciusem

The Ascent é um novo RPG de ação sueco desenvolvido pela Neon Giant, sendo o jogo de estreia do estúdio. Com uma temática cyberpunk, o título traz um futuro distópico, onde humanos e aliens vivem lado a lado em uma sociedade caótica.

Na história, as pessoas se vendem para corporações, virando contratadas pelo resto de suas vidas. Uma dessas grandes empresas é o Grupo Ascent, mas quando ela acaba entrando em falência, a comunidade inteira se transforma em um caos, dando o ponta pé inicial para o jogo.

De início os jogadores irão notar o aspecto mais impressionante do jogo: sua ambientação. A cidade parece um lugar realmente vivo, com diversas raças, com aspectos bem diferentes, convivendo juntos como uma comunidade.

A atenção aos detalhes por parte dos produtores para os cenários é algo realmente louvável, conseguindo transmitir uma sensação real da situação que os habitantes desse mundo vivem, um lugar onde a vida não tem tanto valor.

Tanto a cidade quanto as diversas áreas de combate por onde o jogador passa, são todas repletas de detalhes, seja trabalhadores ao fundo, um enxame de cabos cobrindo o local ou apenas NPCs vivendo suas vidas, os quais até mesmo reagem aos tiroteios iniciados no meio da cidade, saindo correndo e até mesmo tropeçando durante a fuga.

O mundo do jogo é extremamente rico. Para os mais aficionados, o jogo traz um Codex similar a Mass Effec, o qual conta com muita informação, desde detalhes sobre os personagens que você encontra durante a jornada como as diversas raças, empresas e classes sociais. Isso tudo acrescenta muito a esse universo, ajudando o jogador a se imergir mais.

Outro grande trunfo do jogo é o seu combate. Já vimos muitos jogos com um gameplay semelhante, mas The Ascent consegue trazer algumas cartas novas para a mesa, dando uma variedade maior para os jogadores.

O combate do jogo conta com uma verticalidade bem interessante. Segurar o botão de mirar, permite que o jogador atire mais alto, uma mecânica essencial do jogo. Com isso, você consegue acertar inimigos mesmo quando estiver abaixado atrás de cobertura ou quando deseja acertar um inimigo maior quando há um pequeno na frente.

Essa mecânica de tiro mais alto se torna de extrema importância quanto mais você avança no jogo. The Ascent está longe de ser um jogo fácil, e é normal você se ver cercado por diversos inimigos, muitas vezes níveis acima do seu, fazendo das coberturas algo fundamental.

No entanto, The Ascent ainda é um RPG em essência, e seu nível e equipamento podem ser o diferencial de uma grande vitória ou um massacre horrível. O jogo traz um bom nível de equipamentos e armas para o jogador se equipar, com formas e funções diferenciadas.

Você irá encontrar diversas armas, tanto espalhadas pelo mapa quanto derrubada dos corpos dos inimigos. Como você pode melhorar suas armas no ferreiro, o jogo facilita a vida dos jogadores onde ao melhorar um tipo de arma, cada vez que você pegar uma igual, ela automaticamente já estará melhorada.

Os chefes do jogo também se mostram um desafio bem interessante, muitos dos quais exigem reflexo rápido por parte do jogador, graças a seus ataques em áreas. Muitos deles também apresentam visuais bem interessantes, sendo muito maiores que os inimigos comuns.

Embora, como já mencionado antes, a cidade seja algo realmente muito bem trabalhada, ela acaba também sendo um tanto quanto confusa. Localizar onde se encontra uma missão secundária ou seu próximo objetivo pode ser bem confuso, necessitando do uso do rastreador, o qual te guia com luzes no chão. O mapa também não ajuda muito, apresentando um visual complicado de entender onde fica a parte superior e a inferior.

Embora seu universo seja tão rico em detalhes, a história e os personagens principais não apresentam o mesmo nível de cuidado, não chegando a serem tão memoráveis quanto o resto das partes que compõem esse mundo.

Como já dissemos, esse não é um jogo fácil, principalmente próximo ao final. Pessoalmente não é algo que me incomode, mas alguns jogadores podem não gostar desses picos de dificuldade, forçando muitas vezes eles a várias tentativas ou a tirarem um tempo para subir de nível antes de conseguirem passar.

Conclusão

Para aqueles que estavam à espera de um gameplay divertido e frenético, The Ascent é um prato cheio, entregando isso com maestria. Seja jogando sozinho ou em coop com os amigos, com certeza será diversão garantida.

O jogo ainda consegue entregar um mundo extremamente bem construído, que consegue apresentar tanto a beleza quanto a feiura de uma distopia Cyberpunk com maestria. Uma lore mais profunda também está presente para aqueles que desejarem mergulhar mais fundo.

Já para aqueles que procuram uma narrativa bem construída ou personagens memoráveis na narrativa, é bom saberem de antemão que esse não é o foco do jogo.

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