Tim Sweeney confessou que não tem certeza do impacto que uma vitória da Epic Games teria em aplicativos que não são de jogos.
Isso vem de uma linha de questionamento durante o processo judicial de ontem, durante o qual o CEO da Epic admitiu que não está familiarizado com o negócio de aplicativos que não sejam de jogos.
A Epic quer que a juíza Yyvonne Gonzalez Rogers ordene que a Apple permita que software de terceiros entre em seu ecossistema, para fornecer aos usuários métodos de transação mais convenientes. No entanto, essa mudança afetaria todos os aplicativos, não apenas o Fortnite.
A Reuters relata que Sweeney foi questionado se ele tinha ou não uma compreensão de como os aplicativos que não são de jogos funcionam, como aplicativos de namoro, saúde ou mensagens, e também como essa mudança os afetaria.
"Eu, pessoalmente, não", respondeu Sweeney.
Gonzales Rogers já havia alertado que o resultado deste caso poderia ter algumas "ramificações sérias" para outras plataformas de jogos, incluindo aquelas operadas pela Sony, Nintendo e Microsoft.
Essa linha de questionamento implica que as consequências podem ser muito mais amplas do que isso.
A Epic Games é um membro notável da Coalition for App Fairness, uma iniciativa criada para impor práticas justas em todas as lojas de aplicativos. O primeiro princípio da Coalition é que nenhum desenvolvedor deve ser obrigado a usar uma app store exclusivamente, como a Apple faz.
A Coalition também busca desafiar o corte de 30% que a Apple recebe de cada compra feita na App Store, algo que a Epic está empenhada em abolir.
A loja de jogos da Epic fica com apenas 12%, dando aos desenvolvedores 88% de cada venda. A lucratividade dessa história foi questionada antes do julgamento, embora Sweeney afirme que a vitrine se tornará lucrativa " dentro de três ou quatro anos".