Análise | Evil Genius 2: World Domination

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Viniciusem

Ser um super-vilão não é uma tarefa fácil, ainda mais com os supostos heróis tentando a cada momento atrapalhar seus planos malignos. No entanto, Evil Genius 2: World Domination te dá uma chance de tentar. Agora, após uma longa espera de 17 anos, essa clássica série de estratégia e simulação está finalmente de volta.

Ambientada nos anos 60, o jogo se passa em um mundo que mais parece ser uma sátira de James Bond. Vilões tentam dominar o mundo através de planos mirabolantes e espiões secretos buscam impedi-los. Só que aqui, tudo é feito com um bom toque de humor. O humor costuma acertar em cheio, oferecendo momentos engraçados e divertidos, fazendo paródia aos clichês de espiões e super-vilões.

O jogo funciona de forma similar ao primeiro, você começa com uma base simples tendo que expandi-la com o passar do tempo. A base dessa vez fica localizada em uma ilha tropical, disfarçada como uma área para turistas. No entanto, você também tem opção de escolher outras bases.

Além de Maximilian, um dos vilões do primeiro jogo que faz seu retorno, os jogadores também têm acesso a outros três personagens para escolher no início. Cada um deles possui habilidades únicas e sua própria campanha, trazendo uma maior diversidade.

Usando a ferramenta básica, você pode remover blocos de terra ou então preencher espaços vazios para criar paredes. Cada cômodo apresenta itens diferentes disponíveis para serem colocados, os quais possuem suas respectivas funções dentro da base.

O gerenciamento é fundamental para ter uma base de sucesso. O espaço é limitado, então você precisa ter controle de onde construir cada ambiente. Uma adição interessante foi a possibilidade de criar mais de um andar para sua base, abrindo novas possibilidades.

Cada um dos itens construídos necessita de uma certa quantidade de energia para funcionar. Passe do limite de energia disponível e sua base ficará na escuridão. Além de poder construir mais geradores para aumentar o limite de energia, é possível desligar os equipamentos que não estão em uso no momento, adicionando um elemento a mais de gerenciamento ao jogo.

Com superespiões a todo momento planejando te derrubar, a disposição da sua base é de extrema importância. É necessário construir as partes mais importantes da base em um local seguro, enquanto espalha as armadilhas de forma apropriada para evitar que seus segredos sejam descobertos.

Construir sua base é divertido, e conforme você vai completando as missões iniciais, o ritmo do jogo vai acelerando, se tornando cada vez mais desafiador manter tudo funcionando e ainda se proteger de invasores. No entanto, o jogo conta com um vasto e complexo número de mecânicas que vão sendo liberadas aos poucos, tornando o jogo sempre interessante.

Saindo da parte de construção de base, temos as Operações Globais, um mapa mapa-múndi onde você pode enviar seus lacaios para vários locais do mundo, podendo montar bases em diferentes países. Através dessas instalações, é possível realizar missões especiais, as quais trazem dinheiro, novos lacaios ou ajudam a tirar os guardas da sua cola.

Por falar em lacaios, para ser um vilão de respeito, você precisará ter soldados bem treinados. É possível especializar seus lacaios em diferentes categorias, como cientista ou músculo, os quais irão cumprir funções diferentes dentro da base. Você também pode interrogar os inimigos capturados, ganhando novas informações.

Embora eu não seja muito familiarizado com esse tipo de jogo, me senti em casa com Evil Genius 2. Algumas mecânicas ficaram confusas de início, mas o tutorial e as missões iniciais demonstram muito bem como funciona todos os seus sistemas. No entanto, para os mais habilidosos nesse gênero, pode parecer que o jogo está carregando demais o jogador pela mão, te guiando a cada passo.

Em grande parte do jogo, você precisa seguir exatamente o rumo que os desenvolvedores pretendiam, com as missões te falando o que construir e quando construir. Isso acaba limitando um pouco o jogador, forçando ele a seguir um padrão pré-determinado.

Já para aqueles que preferem jogar em seu próprio ritmo, existe o novo modo sandbox, onde você pode jogar livremente, construindo sua base sem se preocupar com as missões principais ou ter que ir desbloqueando os itens aos poucos. Além de oferecer um excelente fator replay para o título, esse modo é ótimo para aqueles que só querem passar o tempo.

A falta de controle sobre os lacaios também pode fazer falta de vez em quando. Muitas vezes certos maquinários estão sofrendo problema ou você deseja interceptar um inimigo, mas infelizmente o jogo não permite que você dê ordens diretas para os lacaios. Se ao menos eles fossem mais inteligentes, isso não seria um problema tão grande, mas a IA muitas vezes acaba te deixando na mão.

Graficamente o jogo é muito competente. Além de trazer visuais bonitos, o jogo conta com um estilo artístico bem característico, parecendo até um quadrinho, tudo com uma temática vibrante e charmosa dos anos 60. As animações também são muito bem feitas, é até divertido observar de perto os lacaios trabalhando. As cutscenes são simples, mas bem-feitos e engraçadas.

O jogo é divertido, caprichado e extremamente divertido. Mesmo tendo terminado a campanha, consigo me ver jogando muito mais, especialmente no modo sandbox. Além de ser um ótimo jogo é um excelente passatempo, especialmente em tempos que muitos andam trabalhando de casa.

Evil Genius 2: World Domination foi analisado no PC com código fornecido pela editora Rebellion Developments.

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