Em um vídeo publicado nas redes sociais Ken Paxton, o procurador-geral do Texas, anunciou que irá abrir um processo em conjunto com outros 9 estados americanos contra o Google por condutas anticompetitivas.
Paxton disse que a empresa "usou o seu poder de monopólio para controlar preços" no mercado de publicidade digital, e ainda segundo ele "Esse Golias da internet usou seu poder para manipular o mercado, destruir a competição e lesar você, o consumidor".
Para Paxton, o Google faz uso de informações privilegiadas para negociar anúncios porque atua em todas pontas do negocio, como um time de beisebol, o google seria estaria arremessando e recebendo a bola ao mesmo tempo, pois em seu modelo de negocio o Google serve a consumidores e aos anunciantes ao mesmo tempo.
Ele ainda afirmou que o Google "abusa de seu poder monopolizador" a ponto de "induzir" executivos do Facebook a aceitarem um esquema contratual que mina a essência do processo competitivo no segmento. Segundo ele, o Facebook chegou a planejar, em 2017, entrar na competição com o Google pelos anúncios on-line, mas a rival teria fechado um acordo com o Facebook para manter seu monopólio em troca de vantagens em relação a outras plataformas sociais.
Para os representantes do Google as acusações de Paxton não têm mérito e que os preços dos anúncios digitais vem caindo desde a década passada, assim como as comissões das empresas de tecnologia.
O Google ainda afirma que sua comissão está abaixo da média da indústria, mas é fato que o mercado de publicidade digital é a principal fonte de receitas da empresa que somente nesse negócio gerou US$ 37,1 bilhões para a companhia no 3º trimestre de 2020.
O caso será atribuído a um juiz da corte do Texas, que começará a definir um cronograma da ação. Além do Texas o google enfrenta processo contra 11 estados que se juntaram outubro passado ao Departamento de Justiça dos EUA em processo aberto numa ação, onde a companhia é acusada de abusar de seu poder para privilegiar seu sistema de busca e deter o monopólio no mercado de anúncios nessas páginas. Além disso, nos últimos quatro anos, a União Europeia já condenou o Google três vezes por condutas anticompetitivas, forçando a empresas a pagar multas bilionárias.