A CEO interina do TikTok, Vanessa Pappas, pede que o Facebook e o Instagram “publicamente se juntem a nossa causa e ajudem em nosso processo judicial," com a nova ordem executiva do Trump que irá impedir as pessoas de baixar o aplicativo em 20 de setembro.
A nova ordem foi publicada pelo Departamento de Comércio nesta sexta de manhã, e ele praticamente afirma que as pessoas não poderão mais efetuar o download do TikTok ou WeChat a partir do dia 20 deste mês. O TikTok continuará funcionando nos Estados Unidos para aqueles que já possuem o app instalado, mas downloads futuros serão proibidos.
O pedido de Pappas veio como uma forma de resposta a um Tweet feito por Adam Mosseri, o diretor do Instagram, que disse que o “banimento do TikTok nos EUA poderia ser ruim para o Instagram, Facebook e a internet de forma mais ampla." Pappas acrescentou que esse é o momento de “colocar a competição de lado e focar nos princípios básicos como liberdade de expressão e o devido processo legal.” A solicitação de Pappas chega em um momento em que existem rumores de que o cofundador do Instagram, Kevin Systrom, está em negociações para substituir o CEO da TikTok, Kevin Mayer.
O governo de Trump já havia pedido que o TikTok fosse banido no início deste ano por problemas de segurança. O governo exigiu que a ByteDance vendesse a sua operação nos Estados Unidos para uma empresa americana até 15 de Setembro ou o aplicativo seria banido por completo. Atualmente, o governo e a ByteDance estão supostamente trabalhando com a Oracle para garantir um acordo seguro. TikTok também moveu uma ação judicial contra o presidente Trump em agosto, alegando que a ordem primária de Trump não possuía evidências que o TikTok é de fato uma ameaça a segurança nacional dos Estados Unidos, entre outras coisas.
TikTok publicou uma declaração após a ordem do Departamento de Comércio, destacando que a empresa já “se comprometeu com níveis sem precedentes de transparência adicional e responsabilidade, muito além do que outros aplicativos estão dispostos a fazer." A declaração acrescenta que o TikTok já está planejando trabalhar com uma empresa de serviços tecnológicos americana, a qual "seria responsável por fazer a manutenção e a operar a rede do TikTok nos EUA, o qual inclui todos os serviços e dados gerados pelos consumidores americanos."
"Continuaremos a desafiar essa lei injusta, a qual foi promulgada sem o devido processo e ameaça privar o povo americano e as pequenas empresas em todos os EUA de uma plataforma importante para comunicação e meios de vida."