Xenogears 2 não existe porque a Square estava dedicada a Final Fantasy: The Spirits Within

#Games | Não quis financiar a sequência.
Caelumem

Xenogears foi lançado em 1998 para o PlayStation e ainda hoje figura como um dos mais aclamados títulos da Squaresoft e representa um dos mais estranhos casos de jogos que não tiveram sequência.

A sua história é tão fascinante quanto o jogo em si pois foi o primeiro jogo imaginado por Tetsuya Takahashi, criador de Xenosaga e Xenoblade Chronicles, como uma proposta para Final Fantasy 7, que acabaria por se tornar numa propriedade diferente devido às suas temáticas.

Se já jogou algum jogo de Takahashi, certamente estás familiarizado com as temáticas que explora, como simbologia religiosa, psicologia analítica e ficção científica, mas tudo começou neste clássico de culto que jamais teve uma sequência.

Segundo revelado por Sugiura Hirohide, fundador e presidente da Monolith Soft que está a comemorar o lançamento de Xenoblade Chronicles: Definitive Edition, a sequência de Xenogears não existiu devido ao filme Final Fantasy: The Spirits Within.

A Square tentou conseguir um lugar na indústria do cinema com o filme cinemático Final Fantasy: The Spirits Within, que estreou em 2001, foi um desastre e deu um prejuízo de mais de US$ 94 milhões.

Takahashi e Sugiura deixaram a Squaresoft em 1999 para formar a Monolith Soft porque a companhia estava focada na série Final Fantasy e não tinha dinheiro para financiar o seu projeto. Estava totalmente empenhada na série Final Fantasy e em Final Fantasy: The Spirits Within, que estreou em 2001.

Impedido de desenvolver Xenogears 2, Takahashi desenvolveu Xenosaga como uma sequência espiritual, lançado em 2002 com a ajuda da Bandai Namco, que ainda permanece como a detentora da propriedade, enquanto a Squaresoft viu The Spirits Within fracassar e ameaçar a sua existência.

No final das contas, o primeiro jogo no qual a Monolith Soft trabalhou foi Xenogasa Episode I, mas problemas com o gerenciamento da receita e despesas forçaram-nos a fazer “decisões difíceis” com o Episode II.

Já no caso de Xenoblade Chronicles, Sugiura o descreve como um “protótipo” para alcançarem seu objetivo, que possui apenas uma pequena porção do universo, tempo e mundo de Takahashi (criador de Xenogears) que poderia ser chamado de parte do trabalho de sua vida.

Fonte: Eurogamer
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