Nos últimos cinco anos, fãs e críticos especializados aprovaram e adoraram as peças musicais que o compositor australiano Mick Gordon havia preparado para DOOM (2016) e DOOM Eternal, embora nas últimas semanas tenha sido possível verificar que a relação entre este e o principal estúdio de desenvolvimento, a id Software, não acabou sendo tão bonito quanto gostaríamos.
E tudo indica que não veremos colaborações entre as duas empresas no futuro, de acordo com novas evidências.
Tudo começou com a análise de um fã, quando algumas faixas de música do DOOM Eternal pareciam mais suaves do que Gordon nos acostumava, algo que o próprio artista esclareceu pessoalmente, indicando que "eu não fiz a mix final e também não teria feito dessa maneira".
Muitos internautas que leram a conversa presumiram que Gordon estava chateado com a situação e que ele não tinha intenção de trabalhar com a Bethesda e com a id Software novamente. O artista também falou sobre o assunto no YouTube, sem pêlos na língua:
Mas, logicamente, não podemos entender um problema como esse de uma única perspectiva, então Marty Stratton, produtor executivo da id Software, trouxe ao Reddit um longo tópico esclarecendo a situação, defendendo também o chefe do design de som Chad Mossholder, responsável editar peças musicais de Gordon.
Segundo o texto, a edição, para algumas decepções da obra, está diretamente ligada ao eterno problema das datas de entrega e à necessidade de combinar o material existente com o pingente final no desenvolvimento do jogo.
Mick Gordon teria um contrato semelhante ao que ele tinha em DOOM (2016), com a responsabilidade de entregar pelo menos 12 faixas musicais sobre as quais ele teria total controle criativo. Essas peças seriam incluídas na trilha sonora original digitalmente incluída na DOOM Eternal Collector's Edition, mas o criativo solicitou mais tempo para concluir o trabalho.
Enquanto o tempo acabava, a id Software começou a trabalhar em um "Plano B" editando as faixas de música internamente, para o caso de Gordon não conseguir realizar a tarefa a tempo.
Depois disso, Gordon decidiu colaborar com o Mossholder, combinando ambos os avanços para recriar 9 das 12 faixas prometidas, a maioria das quais eram meramente ambientais. Para corrigir o problema, as partes mais agressivas viriam da edição id Software, e Gordon mais tarde entregou 2 peças de combate que foram adicionadas à coleção posteriormente.
Como resultado do equívoco, a música de Gordon não chegará as DLC's de DOOM Eternal que está sendo produzidas no momento, e provavelmente também não veremos mais colaborações entre as duas partes no futuro.
DOOM Eternal já está disponível para Xbox One, PC e PS4.