EUA podem impedir fusão do Instagram, WhatsApp e Facebook Messenger

Enviado por macmi, em

FTC, agência dos EUA, quer pedir liminar contra Facebook para impedir integração entre WhatsApp, Messenger e Instagram Direct

A FTC (Comissão Federal de Comércio), agência do governo dos EUA, quer pedir uma liminar contra o Facebook para impedir a integração entre WhatsApp, Messenger e Instagram. O plano de Mark Zuckerberg é permitir que mensagens possam ser enviadas de forma criptografada entre um aplicativo e outro. Críticos dizem que isso prejudica a concorrência e dificulta uma possível divisão da empresa no futuro.

Segundo o New York Times, uma liminar desse tipo seria algo incomum para a FTC, porque ela raramente considera desfazer fusões que já foram aprovadas e realizadas. No entanto, essa é uma possibilidade para o Facebook: a agência teme que a integração entre os apps do Facebook pode atrapalhar uma divisão da empresa em um caso antitruste, diz o Wall Street Journal.

Na prática, a infraestrutura de back-end do Facebook, Instagram e WhatsApp é compartilhada há algum tempo - é por isso que os serviços costumam cair ao mesmo tempo quando há algum problema. O sistema usado para gerenciar propagandas no Facebook e Instagram também é unificado.

Zuckerberg planeja ir além, permitindo que uma mensagem do WhatsApp seja enviada para um contato do Instagram Direct ou do Facebook Messenger. Os apps teriam seus recursos próprios - o Instagram manteria o feed e os stories, por exemplo - mas ganhariam essa interoperabilidade para 2,7 bilhões de usuários.

A FTC discutiu uma liminar para barrar esse plano desde que ele foi anunciado por Zuckerberg no início de 2019, segundo o NYT. O órgão pode entrar com a ação judicial em janeiro de 2020.

Facebook comprou 90 empresas em 15 anos

O Facebook já estava sendo investigado pela FTC para descobrir possíveis práticas anticompetitivas; a empresa também é alvo do Departamento de Justiça dos EUA, do Congresso e dos procuradores-gerais de estados americanos.

O Facebook adquiriu cerca de 90 empresas nos últimos 15 anos, incluindo o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014. A rede social é acusada de comprar rivais para se defender da concorrência. Em depoimento ao Congresso, ela disse que essas startups "tiveram mais oportunidade de inovar como parte do Facebook do que teriam por conta própria".

Nos últimos meses, o Instagram e o WhatsApp foram atualizados para incluir o aviso de que eles são "do FACEBOOK".

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